Antes da eleição de Bolsonaro em 2018 já ouvia amigos e conhecidos que manifestavam vontade de que surgisse um candidato a presidente que mudasse o status quo da politica nacional.
Eu mesmo buscava esse candidato, mas nunca encontrei.
Muitos citavam que fora perdido uma oportunidade quando da candidatura de Enéas, que, para estes, era considerado um gênio.
Para mim, era apenas mais um maluco com pretensões a herói nacional.
Como foi Jânio Quadros.
Felizmente o circulo que o adorava não foi suficiente para leva-lo próximo a uma vitoria.
Felizmente o circulo que o adorava não foi suficiente para leva-lo próximo a uma vitoria.
Sempre entendi que essa mudança deveria ser através de um processo de conscientização.
Mas, também, não percebi uma evolução nesse processo, apesar de ter nascido uma esperança quando da instalação da Lava Jato.
Muitos acreditaram, como eu, que o Brasil finalmente entraria num processo de depuração.Afinal vimos políticos e empresários corruptos sendo presos e obrigados a devolver parte do que roubaram.
Mas, pelo que se pode descobrir depois, os integrantes da Lava Jato buscavam algo mais alem da limpeza na politica.
Queriam virar heróis nacionais e trilhar o poder, como aconteceu com Moro, que abandonou sua carreira de juiz para integrar o governo de Bolsonaro, como Ministro.
Mas, sua ascensão foi interrompida com a denuncia da Vaza Jato que, ainda que por provas escusas, demonstrou que havia um conluio entre o juiz e procuradores do Ministério Publico.
Eu mesmo, apesar de ser legalista, o defendia com base na máxima militar que diz:
Na guerra vale tudo.
Tenho convicção de que para você derrotar pessoas corruptas, sem escrúpulo, poderosas e vingativas, a legalidade é insuficiente para derruba-las.
A questão é que ai cometemos os mesmos excessos que os acusados.
Apesar de querermos a limpeza na politica, não tínhamos nenhum outro poder alem do voto.
Foi nesse ambiente que surgiu a candidatura Bolsonaro, que logrou-se vencedor na eleição, sem precisar mostrar nenhuma habilidade de estadista.
Mas, pelo que se pode descobrir depois, os integrantes da Lava Jato buscavam algo mais alem da limpeza na politica.
Queriam virar heróis nacionais e trilhar o poder, como aconteceu com Moro, que abandonou sua carreira de juiz para integrar o governo de Bolsonaro, como Ministro.
Mas, sua ascensão foi interrompida com a denuncia da Vaza Jato que, ainda que por provas escusas, demonstrou que havia um conluio entre o juiz e procuradores do Ministério Publico.
Eu mesmo, apesar de ser legalista, o defendia com base na máxima militar que diz:
Na guerra vale tudo.
Tenho convicção de que para você derrotar pessoas corruptas, sem escrúpulo, poderosas e vingativas, a legalidade é insuficiente para derruba-las.
A questão é que ai cometemos os mesmos excessos que os acusados.
Apesar de querermos a limpeza na politica, não tínhamos nenhum outro poder alem do voto.
Foi nesse ambiente que surgiu a candidatura Bolsonaro, que logrou-se vencedor na eleição, sem precisar mostrar nenhuma habilidade de estadista.
Bastou ser anti PT, que naquele momento era uma onda forte.
Quando de sua posse, ouvi novamente de amigos e conhecidos que estavam certos de que agora Bolsonaro iria fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo postado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho de Bolsonaro disse que bastavam um soldado e um cabo para fechar o STF.
Quando de sua posse, ouvi novamente de amigos e conhecidos que estavam certos de que agora Bolsonaro iria fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo postado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho de Bolsonaro disse que bastavam um soldado e um cabo para fechar o STF.
Havia muita gente acreditando que Bolsonaro iria dar um golpe no inicio de seu governo.
Ouvi isso com frequência.
Mas, não o fez.
Ao longo de seu mandato, Bolsonaro soltou vários balões de ensaio de que um golpe estava na iminência de ser dado.
Mas, também nunca aconteceu.
Bolsonaro no ultimo ano de seu mandato estava na duvida se o golpe de estado seria realmente o melhor caminho.
Preferiu optar pela reeleição e se empenhou para isso.
Chegou quase la.
Por razões próprias, uma parte do grupo que elegeu Bolsonaro em 2018, optou em reconduzir Lula ao poder, engolindo-o com areia e tudo e lhe deram a vitoria apertada nas eleições de 2022.
Alguns decepcionados com a limpeza que não existiu.
Afinal Bolsonaro mostrou-se um desastrado e péssimo faxineiro na politica.
Outros indignados com atos, ações e falas de Bolsonaro durante seu mandato.
Mas, aquela parte do grupo que sempre acreditou em golpe de estado, continuou acreditando na viabilidade de faze-lo.
Reuniram-se nas portas dos quarteis, após o resultado das eleições, por dias a fio, acreditando que com seu apelo, finalmente as forças armadas tomassem o poder, como em 1964.
Tentaram de tudo, inclusive com o uso de uma bomba, que felizmente foi encontrada a tempo de não explodir.
Igual tentativa de militares golpistas, no passado, no Rio Centro, mas que tiveram sorte diferente, com a explosão da bomba no colo de um militar.
Queriam dar razões para que as forças armadas combatessem o "comunismo", que poderia se instalar com Lula no poder, no Brasil.
Como se Lula nunca estivesse no poder no passado e isso não aconteceu.
Finalmente, partiram para a ultima cartada.
Em 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram os prédios dos 3 Poderes da Republica.
Ainda que num primeiro momento tiveram exito, na sequencia houve reação do governo e muitos acabaram presos.
A explicação para que essa tentativa de golpe não ter dado certo foi por falta de uma liderança explicita a frente da invasão.
Bolsonaro, ainda que no ideal desses invasores fosse a pessoa que eles conduziriam ao poder, que pretendiam instalar, estava fora do Brasil.
Por outro lado faltou um planejamento bem elaborado, faltou uma coordenação com excelência e, o principal, não teve respaldo do comando das forças armadas.
O que restou foi a depredação de patrimônio publico, que por si, não derruba nenhum governo.
Como demonstraram revelações de provas encontradas em investigações em curso muitos, que cercavam Bolsonaro, o motivavam para dar um golpe.
Ele, até, ameaçava faze-lo, como por exemplo no evento de 7 de setembro.
Mas, na hora do vamos ver, ele desistia.
Afinal, Bolsonaro queria mesmo dar um golpe?
Ou era apenas um oportunista que viraria um ditador se lhe caísse esse poder no colo?