terça-feira, 24 de maio de 2022

Ascensão e queda de Doria.



Doria sucumbiu a pressão e abandonou a corrida presidencial por duas razões básicas.
A primeira foi que não conseguiu agregar força politica dentro de seu partido PSDB, para que dessem sustentação em sua jornada de candidato.
Certamente por ter agido sem ética para chegar a governador e desprestigiando Alckmin que foi quem o levou a ser prefeito da cidade de São Paulo.
A segunda, que foi fundamental, foi sua alta taxa de rejeição como candidato.
Essa rejeição foi construída em razão da rivalidade entre Doria e Bolsonaro, nutrida durante a pandemia.
Os influenciadores de Bolsonaro agiram com sucesso para tornar Doria como o responsável pela derrocada econômica do pais por ter implantado o necessário afastamento social.
É verdade que essa pratica trouxe uma queda da atividade econômica com consequências desastrosas para empregados e empresários.
Mas, era a unica opção naquele momento.
Opção que foi igualmente utilizada em vários outros estados brasileiros e em diversos países pelo mundo.
Muito embora Doria tenha agido com responsabilidade e prontamente no combate a pandemia, trazendo uma opção de vacinação a tempo e hora, essa ação foi obscurecida pela  falta de entendimento da população do necessário afastamento social praticado pelo governo dele, que evitou, sim, um maior numero de mortes pela covid.
O governo Doria é elogiável, sim.
O estado de São Paulo reorganizou suas finanças com reformas estruturantes.
Implementou as obras de recuperação dos rios Tiete e Pinheiros que cortam a cidade de São Paulo, que estão em processo acelerado de recuperação, com redução drástica de ligações de esgoto clandestinas.
Entre outras importantes obras pelo estado.
Mas, como disse, mesmo tendo feito um bom governo, faltou-lhe articulação politica habilidosa para neutralizar todos as ações negativas que se voltaram contra ele.




terça-feira, 17 de maio de 2022

"Não me deixam trabalhar". Verdade ou mentira?

 



Toda vez que ouço alguém repetir o argumento de Bolsonaro "não me deixam trabalhar", para justificar as não realizações que ele pretendia fazer fico aqui pesando.
Mesmo que hoje a pessoa hoje esteja aposentada, um dia já trabalhou.
Certamente no trabalho dela enfrentou dificuldades!
Sempre tem gente querendo atrapalhar ou impedir o desenvolvimento do seu trabalho. 
Quando não são pessoas é a conjuntura que de alguma forma atrapalha.
Apesar de termos total liberdade de fazer tudo quanto gostaríamos, com exceção do que a Lei impeça, está sempre presente a adversidade, que pode nos impedir de fazer o que queremos.
Já o governante, diferente de nós, só pode fazer o que determina a Lei.
Não pode agir impulsivamente fazendo no governo aquilo que ao acordar sentiu vontade de fazer.
Por isso é importante que um governante tenha um plano de governo robusto que considere tudo quanto ele acredita ser bom para a população.
Com base nesse plano ele encaminha ao Congresso um projeto de Lei para cada item de seu plano.
Após discussão pelo Congresso, se aprovado, ai sim o governante poderá executar o que gostaria dentro do que determina a Lei.
Simples assim.
Em tese!
Na pratica sabemos o quanto é difícil aprovar um projeto de Lei exatamente como o governante gostaria!
Democracia é assim mesmo.
Não prevalece a vontade de um, seja ele que for, mas a vontade da maioria!
Então, quando Bolsonaro é impedido de fazer o que gostaria sem amparo legal é, corretamente, impedido pelo sistema de contrapesos da democracia.
E ai vem com esse argumento que foi impedido de trabalhar.
Não foi.
Foi impedido, isto sim, de cometer uma ilegalidade.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

A formula secreta para abaixar o preço dos combustiveis!

 




Essa discussão sobre o preço dos combustíveis cansou.
Fica-se rodando no mesmo circulo e não se avança para uma boa solução.
Está pacifico que a política de preços praticada pela Petrobrás, utilizando o preço internacional do petróleo, não se pode mexer.
Óbvio.
É uma empresa mista com ações nas bolsas de valores do Brasil e USA.
Portanto, seu foco é obter o maior lucro e propiciar os mais altos dividendos a seus acionistas.
Qualquer alteração nessa política será judicializada e os acionistas vencerão essa batalha.
Como já ocorreu, por ocasião do Petrolão, quando a Petrobrás foi levada a justiça americana e foi obrigada a indenizar seus acionistas minoritários que demandaram.
Só há uma maneira legal de fazer com que a Petrobras mude essa política e passe a cobrar o preço dos combustíveis pelo custo real mais um lucro que agrade seus investidores.
Chama-se concorrência!!!!
Para isso é preciso que se quebre o monopólio da Petrobrás.
Isso aconteceu com a telefonia.
Quem vivenciou a compra de linha telefônica, que era inclusive declarada como patrimônio na declaração de imposto de renda, lembra que quando FHC acabou com o monopólio da telefonia o acesso ao telefone foi universalizado.
Hoje qualquer cidadão adquire facilmente uma linha de celular a preços acessíveis.
Vai na loja e sai com uma linha.
Telefone fixo, então, é so pedir e no dia seguinte está instalado.
Então o caminho da privatização da Petrobrás, que pode ate ser trilhado, deve antes ter a quebra do monopólio realizada.
Caso contrário, sai-se de um monopólio publico e cai-se num monopólio privado.
Aliás essa formula de quebra de monopólio deveria ser adotada como regra para todas as estatais, como por exemplo, os Correios.
Feita a quebra do monopólio a Petrobrás, tendo concorrentes, será fatalmente obrigada a ajustar seus preços para o preço de mercado praticado internamente pelos concorrentes e sua privatização perde relevância.

sábado, 14 de maio de 2022

As pesquisas e a eleição.



As pesquisas eleitorais continuam apontando Lula como vencedor das eleições.
Como Bolsonaro não aparece no topo dessas pesquisas seus idolatras denunciam que as pesquisas são compradas.
Não acredito que sejam compradas para assegurar a vantagem de Lula.
Acho que representam, sim, a intenção dos entrevistados na data da pesquisa.
Quanto a eventuais erros de pesquisa confrontada com a realidade é natural que ocorram.
A vontade do eleitor varia em função de vários fatores imponderáveis entre o momento da consulta feita pela pesquisa e a data da eleição.
Diferentemente de 2018, quando havia um anti petismo presente, diante da constatação dos roubos apurados no Petrolão, inclusive com a prisão de Lula, neste momento novamente o que é determinante para a escolha do eleitor é a situação econômica do país.
Sempre foi assim.
Desde o retorno das eleições presidenciais, FHC foi eleito graças ao bem sucedido Plano Real do governo Itamar.
Assim como Lula foi eleito em 2002 em razão da crise econômica do 2º mandato de FHC.
Lula foi reeleito em 2006, mesmo com a denuncia do mensalão, porque a economia estava a todo vapor.  
Acho que esse argumento de pesquisas compradas faz parte do contexto adotado por Bolsonaro, somado a critica da lisura da urnas, para tumultuar o resultado da eleição, caso saia perdedor.
Evidentemente que os fatores que levaram a economia brasileira a viver a alta inflação e continuar com alto desemprego estão mais intimamente ligadas a pandemia, que afetou a economia mundial, causando inflação e desemprego em todo mundo.
Agora com a invasão da Russia na Ucrânia, a economia mundial sofreu novo baque.
Mas, o povo de uma maneira geral não tem essa visão sistêmica.
Enxerga apenas como esta seu próprio bolso.
Entretanto, caso apareçam razões que motivem o eleitor a mudar de opinião sobre o atual governo ou sobre Lula é factível que também mudem seu voto.
Assim como se surgir uma terceira via que se viabilize, quem sabe o eleito seja outro diferente dessa polarização.

domingo, 8 de maio de 2022

O lançamento da candidatura Lula




Lula no lançamento de sua candidatura, ao invés de apresentar suas propostas de governo, muito mais útil para o eleitor, exaltou seu governo passado, como se o  que fez fosse exemplar.
Esqueceu-se de comentar que o Programa “Mais Médicos”, que utilizou a contratação de médicos cubanos com salários indignos, na verdade tinha como objetivo transferir a maior parte do valor pago para o bolso dos meliantes cubanos e brasileiros que administravam o programa.
Assim como de sua Política Externa que remeteu, através do BNDES, vultosos empréstimos a países amigos de Lula, sem a devida cautela de garantias de pagamento, para obras superfaturadas e que serviu para encher os bolsos dos que administravam essa conta.
Assim como da tentativa frustrada de regulação da mídia para sufocar a verdade que a imprensa livre possibilita.
Assim como da política tributaria que tentou ressuscitar a CPMF e dos aumentos das alíquotas de impostos, aumentando de 32% para 34% a mordida do fisco.
Assim como a falsa promessa de acabar com o imposto sindical obrigatório, que só foi extinto no governo Temer.
Assim como a questão do afrouxamento da segurança publica, pois o PT enxerga que o criminoso é uma vitima da sociedade e a policia como um instrumento da elite contra a periferia.
Assim como sua política fiscal, que enxerga o teto de gastos como equivocada e que acabou levando o governo Dilma ao descalabro culminando com seu impeachment.
Esqueceu-se também de falar de suas duas maiores obras:
A Grande Corrupção praticada no Mensalão e no Petrolão.
E o maior assalto aos cofres públicos e na Petrobrás praticados pelo PT e pelos partidos que apoiavam seu governo.

sábado, 7 de maio de 2022

Bomba fiscal armada!

 


Já dizia meu avo:
 “Por onde passa um boi, passa a boiada”.
Depois do estouro do teto do orçamento o equilíbrio fiscal perdeu razão de ser e a gastança tem o céu como limite.
Não é só Bolsonaro que é contra o teto, não.
Lula também já afirmou que, se eleito, acabara com esse rigor fiscal para poder gastar a vontade.
O problema do gasto indiscriminado e além das possibilidades é que  tem como consequência o aumento da divida interna ate o limite da falência.
Como o estado não tem a prerrogativa de falir a única saída será no futuro aumentar os impostos, dar calote e cair em descrédito internacional, para finalmente se ajoelhar ao FMI, como já ocorreu no passado.
Como acessório haverá mais uma vez a postergação do desenvolvimento do país.
Impressionante como nossos governantes não aprenderam com seus próprios erros, nem com os da vizinha Argentina, que passou por algo semelhante.
Por outro lado, o Congresso, ao invés de conter os ímpetos irresponsáveis de gastança, também resolveu entrar na folia aprovando o fura teto.
Assanhados com o gasto sem limite, agora armaram uma bomba fiscal em recentes aprovações de leis.
Ignoram a razão e a responsabilidade, porque acreditam que com seus atos poderão se aproveitar das benesses concedidas para que obtenham vitorias em suas reeleições.
Vamos continuar votando nesse tipo de gente?