quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A acefalica politica nacional






A acefalia política brasileira fez surgir um protagonismo de membros do STF, que acabaram por regular a insensatez que domina o cenário político.
De um lado, as lideranças no Congresso, que deixaram de pensar no Brasil como um todo, objetivando se reelegerem, focaram em seus rincões eleitorais, enviando recursos do orçamento secreto para lá.
Agora eleitos, seu foco é manterem-se em seus cargos de poder para continuarem na mesma saga de manter seus currais eleitorais abastecidos de verbas publicas.
Isso quando não se envolvem em atos de corrupção terceirizados.
De outro lado, um presidente, que só pensou em se reeleger desde o primeiro dia da posse.
Para isso construiu a bandeira da fraude nas urnas, adotada por seus admiradores, que acabaram por se fanatizar pela mentira entronizada em suas mentes.
Graças a seu egocentrismo exacerbado Bolsonaro perdeu a oportunidade de fazer um bom governo.
Por puro ciúme do protagonismo momentâneo que tiveram, membros do governo do alto escalão foram enxotados do governo, perdendo este, em sua composição, boas cabeças.
É verdade que não lhe faltaram adversidades, como a pandemia que se estendeu por grande parte do mandato.
Mas, também nesse momento, faltou-lhe perspicácia para conduzir o governo diante do grave problema.
Ao contrario, mostrou sua absoluta falta de sensibilidade com o próximo, em diversos momentos que eram exigidos um mínimo de dignidade.
Por outro lado, demonstrando excesso de sabedoria que não tinha, receitou um medicamento, a cloroquina, que se mostrou ineficaz, imiscuindo-se num assunto que não lhe dizia respeito defender.
Além de falar tolices sobre quem tomasse a vacina viraria jacaré.
Pra que isso?
Acabou por solapar parte do apoio que teve na eleição de 2018.
Indignados com sua fala e ação acabaram por votar em Lula.
Aqueles mesmos que votaram em Bolsonaro contra Lula!
Depois, numa tentativa de imitar o ditador Chavez, da Venezuela que tanto desdenha, Bolsonaro tentou fazer o mesmo por aqui.
Cooptou diversos militares para compor seu governo e obter sustentação militar numa eventual tentativa de impor uma ditadura.
Entretanto, sua patente de Capitão, ainda por cima afastado do exercito por indisciplina, não lhe assegurou submeter Generais a seu comando numa ditadura.
Mas, dentro da perspectiva de se tornar um ditador, conseguiu juntar a fome com a vontade de comer.
Encontrou parte da população em situação semelhante aos alemães do começo do século passado, que buscavam um líder para combater o mesmo fantasma do comunismo.
Por lá, naquela época, encontraram um líder habilidoso no discurso inflamado, que conseguiu dominar um povo fanatizado.
A historia conta o resto.
Por aqui, embora Bolsonaro tentasse, felizmente, não teve a mesma capacidade oratória, nem conseguiu formar um partido político para chamar de seu e que daria suporte político para se estabilizar no poder.
Mesmo tendo apoio político espraiado em diversos partidos.
Faltou uma identidade única.
Mesmo assim, após sua derrota eleitoral, conseguiu que parte do povo fanatizado continuasse com manifestações antidemocráticas.
Pior, fez, subliminarmente, com que se estabelecessem nas portas dos quartéis para clamar por uma intervenção militar.
Felizmente, uma parte importante das forças armadas, cientes de sua atribuição constitucional, não acatou o pedido.
Não pretendem se aventurar numa arriscada batalha, cuja falta de habilidade já haviam demonstrado quando da ditadura de 64.
Apesar da boa lembrança do crescimento do governo Médici, é importante não se esquecer de que quando os militares devolveram o poder aos civis, entregaram com hiperinflação, que fazia com produtos no supermercado fossem remarcados ao longo do dia.
Além de uma divida externa impagável que nos levou ao colo do FMI.
Diante disso, os membros do STF, que não foram eleitos pelo povo, acabaram por exercer uma autoridade que competiria aos políticos eleitos.
É preciso restabelecer a atuação de cada instituição conforme dispõe a Constituição.
Não será com manifestações antidemocráticas, mas com uma cobrança incisiva aos políticos eleitos para que assumam seu papel com dignidade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Divida publica nua e crua.

 


Lula, muito provavelmente você não lera o texto a seguir.
Mas, se, de alguma forma, chegar a seu conhecimento aprenda que:
1) So existe 2 formas de gastar ou investir.
Ou você tem recursos próprios e usa o quanto tiver disponível para atender suas vontades.
Ou você recorre a financiamento, ou seja, se endivida.
Esse recurso de endividamento é a engrenagem do capitalismo.
Sem ele muitas de nossas vontades nunca seriam realizadas quando queremos.
2) Para obter se endividar você precisa ter credito, ou seja, é preciso que acreditem que você vai pagar o financiamento, e encontrar quem tenha recursos e esteja disposto a emprestar a você.
3) O governo federal não tem capacidade de gastar ou investir com o que arrecada.
Por isso tem que se endividar.
Se você quer gastar acima do teto do orçamento publico, para isso será preciso o estado se endividar mais!
4) Esse tal de mercado, que ultimamente você desdenha, é quem financia a divida publica.
Se o mercado não disponibilizar recursos seu governo terá que gastar ou investir absolutamente dentro do orçamento público.
Assim seu governo ficara de mãos atadas e seu governo terá um retumbante insucesso, pois todas suas promessas de campanha nunca poderão ser cumpridas.
5) O mercado é constituído por investidores que tem grandes recursos e, mais do que você imagina, tem muitos trabalhadores brasileiros, como eu e milhares, que vem poupando ao longo do anos em vários produtos financeiros para compor parte da nossa aposentadoria.
Se você estressa o mercado com falas tolas o grande investidor pega seus recursos e leva para o exterior.
O termômetro disso é o dólar aumentando sua cotação.
Já o pequeno investidor fica apavorado e teme em perder tudo o que investiu a vida toda.
Você quer mata-los de infarto?

domingo, 13 de novembro de 2022

O jogo democratico



O exercito de Brancaleone tupiniquim, que continua convocando as FFAAs para uma intervenção militar, mostra-se míope à realidade.
Não ha ambiente favorável a um golpe de estado.
As instituições teriam que ser fechadas para que o golpe se concretizasse.
E elas não acatarão.
Ao contrario, haverá ampla resistência delas e de parte significativa da população.
Usurpar o resultado das urnas, alem de ser anti democrático, trara instabilidade econômica terrível.
Dolar disparando de verdade, queda das ações na bolsa de valores e consequente suspensão de investimentos e aumento de desemprego.
Haverá um descontentamento geral.
Não concordar com a vitoria de Lula nas urnas é um direito de qualquer um.
Aliás a vitoria de Lula não foi por aclamação.
A margem de eleitores que o distanciou de Bolsonaro mostrou claramente que, embora eleito, Lula não teve amplo apoio popular.
Lula não terá uma lua de mel nos primeiros 100 dias de governo.
A mobilização dos contra a vitoria dele continuará atuante.
Isso sim faz parte do jogo democrático.
Quebrar as regras do jogo não.
Trata-se de subversão à ordem democrática.
Dentro dessa ordem, caso Lula, durante seu governo, tente levar o Brasil para uma guinada que não agrade parte da população, terá uma resposta democrática à altura.
É assim que deve ser o jogo democrático!