domingo, 12 de maio de 2024

Temos liberdade de expressão?




Vivemos, nos últimos vinte, trinta anos, momentos de insensatez.
Se por um lado aumentou a sensação de termos mais liberdade de expressão, de outro sofremos uma restrição, cada vez maior, que nos impede de falar o que pensamos.
Se o fizermos na plenitude, pode ate nos levar ao cometimento de um crime, que introduziram nas recentes Leis.
Os construtores do politicamente correto criaram rígidas regras, que nos impões uma censura, que nos cerceia mais a liberdade de expressão do que tínhamos antes.
Que liberdade de expressão é essa?
Hoje abordarei a liberdade de expressão sob o ponto de vista da questão de gênero e do racismo.
A questão de gênero está influenciada pelo fato de muitos acreditarem que a humanidade sofreu uma evolução genética instantânea, que permitiu a criação de outro tipo de sexo além do tradicional macho e fêmea.
Isso é mundial!
O que de fato houve foi uma libertação das pessoas em poder declarar em publico suas escolhas de como quer realizar suas atividades sexuais e com quem.
Coisa que no passado se fazia entre quatro paredes, em absoluta privacidade.
Hoje falamos abertamente sobre isso, mas desde que respeitemos as regras do politicamente correto.
O fato é que, independente de como se queira fazer sexo, continuarão a existir a próstata e testículos assim como o útero e ovário.
Aqueles que tiveram mutilações em todo ou parte de seus órgãos genitais, seja em razão de tratamento contra o câncer, seja por decisão própria, continuarão sendo machos ou fêmeas.
Podem ate perder a capacidade reprodutiva, mas isso não muda nada.
Mesmo aquele que se utiliza de hormônios para uma pretendida mudança sexual e tomou hormônio masculino ou feminino, a depender do sexo originário e para qual quer migrar, continua macho ou fêmea, ainda que não modificados geneticamente.
Não há um terceiro hormônio de um sexo que não existe.
Com essa liberdade de se expor ao mundo as taras sexuais que cada um tem tudo virou melindre contra esses libertados.
Como se precisassem ser protegidos contra a “fúria” daqueles que continuam restritos a fazer sexo do jeito que querem, mas mantendo o assunto em privado.
Obvio que não se pode julgar ninguém por suas escolhas sexuais e muito menos exigir que façam da maneira como, se acredita, tradicionalmente era feito.
Obvio que se tem que coibir nos termos da Lei, quem comete crimes contra as pessoas por sua maneira de pensar diferente da maioria.
Ninguém tem o direito de ser o dono da verdade e querer impô-la aos outros.
Quanto à questão do racismo, objetivando reparar ações, que ocorreram no passado mais distante, contra negros e indígena, criou-se o conceito, equivocado, de buscar reparação aos ancestrais que sofreram as consequências do pensamento daquela época.
Aqueles que cometeram as ações que hoje entendemos, corretamente, como não aceitáveis, nem os que sofreram as consequências dessas ações, não estão mais vivos.
E nós não somos responsáveis pelos atos perversos cometidos por nossos ancestrais.
Cada um viveu e vive sua época.
Não há como reescrever a historia.
O que é possível é escrever a historia futura sob a nova perspectiva de como devemos tratar os seres humanos com mais respeito e dignidade.
Não importa raça, sexo ou o que for.
Somos todos iguais.
Mas, não.
Da mesma forma que é tratada a questão do gênero, hoje tudo ofende aqueles descendentes de negros e índios.
Uma coisa é tratar o assunto com normalidade, como sempre foi.
Outra é tudo aquilo que o politicamente correto estabeleceu como verdades absolutas e que se ditas, sem intenção de ofender ninguém, apenas pelo uso e costumes, que vem de gerações, podem gerar ao que falou a imputação de crime de racismo.
Obvio que se tem que coibir nos termos da Lei, quem comete crimes de ofensa e injuria pessoal contra alguém.
Não se pode atribuir crime de ofensa e injuria de forma genérica, só porque penso diferente.
Esses criadores do politicamente correto me lembram dos soviéticos comunistas que, a partir da criação da URSS, proibiram as religiões no país, por quase 90 anos.
Assim que ruíram a URSS todas as religiões, que eram praticadas às escondidas, voltaram com força total.
Não se muda o uso e costumes, que esta impregnada na sociedade, por decreto!
Para mudar conceitos enraizados na sociedade é preciso um longo processo de educação cultural, que vai aos poucos alterando esses conceitos, quando bem feito.
Isso me remete a alunas do colégio Vera Cruz, que falaram impropérios para uma aluna de origem negra e agora correm o risco de serem expulsas.
Como assim?
Escola não é tribunal.
Ainda mais porque as alunas são menores de idade.
O papel da escola é educar.
Entre outras atribuições cabe à escola participar do processo de educação cultural, que conscientize os alunos a tratarem negros e índios com respeito, sem ofensas pessoais, mas também com liberdade de pensarem e falarem o que bem entenderem.
Quem se sentir ofendido que procure os tribunais e busque a reparação que tiver direito.
Isso é liberdade de expressão.

sábado, 20 de abril de 2024

Malafaia e sua liderança politica

 




Malafaia usa da Assembleia de Deus Vitoria em Cristo, da qual é o dono, para, em nome dos que integram aquela comunidade religiosa, se apresentar como um líder religioso blindado perante a Lei.
De fato ele detêm uma liderança, não natural, mas construída, ao longo dos anos, pela sua capacidade oratória de convencer pessoas a seguirem sua doutrina religiosa.
Contudo, isso não o legitima para ser intocável perante a Lei!
O problema é que a partir dessa liderança ele afirma que o "povo" reagirá espontaneamente com manifestações, que ele classifica como feias, caso o Supremo determine a prisão de Bolsonaro ou dele mesmo.
O fato é que não existe espontaneidade nenhuma.
Nem ele é o catalizador da vontade popular.
O povo age como manada.
Segue o boiadeiro.
O que acontece é que o boiadeiro Malafaia tem certeza que consegue manipular, facilmente, a cabeça dos integrantes de sua comunidade e bota-los na rua para manifestações, quando e como ele quiser.
Malafaia, com seu pensamento presunçoso, contribui para a violação da democracia.
Aliás, essa maneira de pensar é usual em governos fascistas, que através de seus lideres, tomam a si a representatividade do povo para engana-los e exercerem suas vontades próprias dentro de um regime totalitário.
A situação piora quando a religião integra o poder politico, pois se promove uma confusão proposital para parecer que as decisões politicas foram determinadas por Deus.
Sendo assim, fica legitimado, na pessoa de seus lideres, a autoridade divina que pediu a interferência deles para implementar aquilo que, na verdade, foram frutos de suas imaginações férteis e no interesse pessoal próprio.
De grão em grão vai surgindo, a cada dia, mais um integrante da teoria do domínio do poder pela supremacia totalitária e fingimento de uma democracia irreal, como acontece em países pelo mundo, como a Venezuela,Irã, Russia.  






segunda-feira, 15 de abril de 2024

Queremos ou não mudar? A escolha é nossa!


A irresponsabilidade fiscal não é culpa apenas de Lula, como muitos acreditam
Sim, é verdade, Lula e o PT gostam de gastar, porque acreditam, ilusoriamente que não há limites para isso.
São irresponsáveis por natureza.
Mas, os congressistas, em especial aqueles que estão em postos de comando das casas legislativas, demonstram que, independente do partido politico que estão, agem como PTistas.
Gostam de gastar!
Como todo salafrário, sorrateiramente, por estes dias, os congressistas aprovaram uma ampliação de gastos, no montante de R$15,7 bilhões, no orçamento deste ano.
Não existe nem dentro do Congresso, nem do Executivo e muito menos no Judiciário qualquer defesa na revisão dos gastos públicos, para adequá-los a realidade orçamentaria e ajustar as despesas em função do interesse publico.
Todos só pensam em gastar!
Para um ajuste é preciso uma reforma administrativa, com um novo planejamento do papel do estado e de  toda sua estrutura funcional e salarial.  
Quanto aos cortes no atual orçamento, haverá cortes, sim.
Mas, como os cortes não são qualificados atingira a educação e saúde publica sem nenhuma analise criteriosa.
Puro corte.
Com isso irá piorar ainda mais os serviços à população, que delas precisa.
Onde realmente deveria haver cortes, como por exemplo, nos gastos de campanhas eleitorais e nos fundo perdidos para os partidos, não haverá corte nenhum!
Ao contrario.
Só houve aumento neste ano!
Não basta ficar falar mal de Lula, acreditando que isso resolve o problema.
Temos que ter maturidade para enxergar que a atual politica brasileira, em toda sua extensão, não presta!
O que vemos é uma sucessão hereditária de políticos, como nas cortes reais, ou de seus familiares e amigos próximos, todos de péssima qualidade politica, alem do ingresso de oportunistas que se tornaram celebridades em suas áreas originarias de atuação, mas que não tem nenhum comprometimento e conhecimento para serem representantes políticos.   
Ou reagimos a isso deixando de votar no menos pior e buscando novos nomes na politica, que não façam parte da corriola que domina a politica ha décadas, ou nos conformamos em ser tratados como idiotas.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Prisioneiros recapturados....por que isso aconteceu?


Parabéns pelo excelente trabalho das forças policiais federais que conseguiram recapturar os fugitivos de Mossoró.
Só a eles meus parabéns.
Aos governantes não.
Quem faz funcionar o aparelho estatal são os funcionários públicos, como bem fizeram as forças policiais que participaram da operação.
A ação ou omissão do funcionalismo independe de quem é o politico governante.
Por isso, faço minhas criticas duras ao restante do funcionalismo publico, que, em sua maioria, não age com a vontade de fazer bem o seu serviço.
Fazem o feijão com o arroz, quando fazem, e acreditam que cumpriram com sua obrigação.
Como aconteceu no presidio de Mossoró, ha uma expressiva parcela do funcionalismo que age no dia a dia com negligencia.
Se todos os funcionários do presidio tivessem vontade de fazer sua função corretamente, esses fugitivos nunca seriam manchetes.
Não teriam fugido.
Ah! Mas, os equipamentos estavam com defeitos ou quebrados.
Como foi dito pelas autoridades, parece que sim.
Então, que cada funcionário responsável pelo seu uso comunicasse  a seu superior imediato e estes a seus superiores ate que chegasse ao conhecimento das autoridade competentes a necessidade de manutenção.
Mas, não basta comunicar que os equipamentos estão com problemas.
Enquanto não for atendido, tem que exigir dos superiores e das autoridades, com afinco, os reparos.
Cobrar faz parte do trabalho, sim.
Tem que, diariamente, cobrar ate sua solução.
Por outro lado, ha os protocolos de vistorias e outros mais, que se tivessem sido exercidos, impediria a fuga.
Não o foram por que?
Desleixo.
Ah! Esta tudo normal, não precisamos vistoriar nada.
Não!!
Vocês foram contratados para exercer sua função e não para decidir se devem ou não cumpri-las. 
O fato é que a grande maioria do funcionalismo publico age assim. 
Se acham donos do cargo e agem como bem entendem e quando querem.
A situação do serviço publico só não esta pior porque ainda restam aqueles preciosos que procuram agir dentro das regras funcionais, que merecem aplausos.
Mas, também, ha outro fator ignorado.
Pensar.
Compete a direção dos serviços a obrigação de pensar.
Pensar no sentido de avaliar se os protocolos existentes são suficientes e se os disponíveis estão surtindo os efeitos desejados. 
Quando não, deveriam propor novas soluções e mudanças nos atuais.
Essa questão, infelizmente, é deficitária no Brasil.
Pouquíssimos dirigentes são os que pensam.
Inclusive os políticos que nos representam não pensam.
Ou melhor, só pensam em se manter no poder e auferir o máximo de privilégios para si, seus familiares e restrito rol de amigos próximos. 
Ha uma acomodação geral. 


quinta-feira, 28 de março de 2024

Bolsonaro e seus planos


A ida à embaixada da Hungria foi mais uma para a coleção de planos mal elaborados de Bolsonaro.
Depois, fica reclamando que é perseguido.
Primeiro foi sua denuncia infundada de fraude nas urnas eletrônicas.
De sucesso, sua tese só conseguiu arrebatar algumas pessoas, que já tinham um forte dom de acreditar em teorias conspiratórias.
Mas, também conseguiu criar uma discórdia com o Supremo e o TSE, que só lhe trouxeram problemas com o judiciário.
Depois, seu posicionamento contra o combate à COVID, culminou na elaboração de um falso atestado de vacinação, que também só esta lhe trazendo problema na Justiça.
Não satisfeito com seus anteriores planos mal elaborados, antevendo sua derrota eleitoral, elaborou o fracassado plano de um golpe de estado envolvendo as Forças Armadas, que felizmente se esquivaram de apoia-lo, apesar de insistente assedio. 
Ainda assim, numa jogada janista foi para a Florida, aguardando que o povo saísse às ruas e o conduzisse ao Palácio do Planalto novamente.
Como aconteceu com Jânio, o plano não funcionou.
De fato, militantes bolsonaristas saíram às ruas e foram para as portas dos quarteis clamando que os militares tomassem o poder.
Mas, os militares, mais uma vez, decidiram não apoiar o clamor por um golpe de estado.
Finalmente, Bolsonaro motivou os militantes bolsonaristas a irem a Brasilia e tomassem os prédios das instituições de poder, numa ultima tentativa de um golpe militar.
Mas estes militantes, sem uma liderança pujante presente, que comandasse a operação com exito, acabaram por depredar o patrimônio publico e, por isso, foram presos.
Se Bolsonaro tinha como plano obter asilo em uma embaixada, caso fosse decretada sua prisão, ele queimou sua pretensão com essa inexplicável estadia por duas noites na embaixada da Hungria. 
Deu as cartas antes do jogo.
Realmente Bolsonaro é um incapaz.
Se tivesse um minimo de inteligencia politica teria sido reeleito tranquilamente, sem precisar utilizar dos subterfúgios fracassados, que utilizou.  

domingo, 24 de março de 2024

Para o desenvolvimento é preciso conhecimento técnico



O desenvolvimento da humanidade só foi possível através da busca de conhecimento, que proporcionou a expansão da criatividade de estudiosos, com suas invenções cientificas.
Sem isso, ainda estaríamos na Idade da Pedra Lascada.  
Por isso, os países que tem alto índice de escolaridade, estão na vanguarda do mundo, enquanto aqueles de baixa escolaridade vivem em precárias condições.
Aqui no Brasil, a educação nunca foi tratada, universalmente, com a dedicação que necessita.
Enquanto era focada na elite, as escolas publicas conseguiram formar profissionais habilidosos.
Dessa forma, para citar alguns notórios casos, o Brasil mostrou seu potencial de desenvolvimento. 
Foi graças a fundação do ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, em 1950, que objetivava formar engenheiros aeronáuticos, que, anos mais tarde, com o conhecimento adquirido, foi possível a criação da estatal EMBRAER, para construção de aviões brasileiros.
Da mesma forma, foi graças a fundação da EMPRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em 1973, que ao longo de anos desenvolveu pesquisas que culminaram no aumento fabuloso da produtividade do agronegócio e o tornou uma das força motriz da economia brasileira, com suas grandiosas exportações.
Outro exemplo é o CIN-UFPE, Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, que foi idealizado em 1985, para ser um centro de referência e excelência em Informática da América Latina e com suas pesquisas deu origem a diversas empresas de sucesso, que começaram como startups no Centro. Depois, em parcerias com o setor privado, o CIN-UFPE também se destacou como importante parceiro para empresas que buscam inovar em seus produtos e serviços.
Entretanto, o que os políticos brasileiros, nos últimos 30 anos, fizeram para que fossem criados mais centros de pesquisas?
Bolsonaro, sem nenhum conhecimento cientifico, ao invés de fornecer recursos para pesquisa de vacinas ou de remédios, afirmava que a cloroquina era o melhor remédio contra a COVID.
Lula despreza o conhecimento técnico da economia perturbando, com seus achismos, a busca do equilíbrio fiscal.
Recusa-se a fazer uma necessária e profunda analise e reestruturação dos gastos públicos, incluindo ai uma reforma administrativa, para torna-los mais eficientes em seus objetivos.
Quer intervir na Petrobrás, na Vale, afirmando que os empresários deveriam seguir o pensamento do governo.
Mas, que pensamento?
Não ha nenhuma politica definida para ser implementada, alem de arroubos aqui e acola, que só interessam aos apadrinhados.
Mas, não é só ele.
O Congresso nacional e o próprio Judiciário não estão alinhados na busca do que é melhor para o Brasil.
Preocupam-se apenas em resolver seus mesquinhos interesse pessoais e paroquiais para manterem-se eternamente no poder. 
Ainda que, no passado, os políticos não fossem os melhores que poderíamos ter, mas, mesmo assim, com os exemplos acima, contribuíram para o desenvolvimento do Brasil. 

terça-feira, 19 de março de 2024

Putin e a nova ordem mundial


A reeleição de Putin na Russia com 88% do votos é a prova infalível de que não existe democracia por la.
Ah! Mas, houve eleição livre.
Ninguém foi votar debaixo de um fuzil.
É verdade.
Mas o que motivou essa expressiva votação foi pior.
Foram votar sob o domínio do medo!!!
Votaram em Putin, dando-lhe consagradora vitoria, pois se não o fizessem sofreriam consequências terríveis.
Exatamente como acontece com a população da Coreia do Norte, da China, da Venezuela e de Cuba, apenas para citar as ditaduras mais conhecidas.
Que aliás foram as primeiras a aplaudir o resultado dessa eleição.
Nesses países, quem for de oposição à ditadura não tem a minima chance de florescer.
São presos ou morrem antes.
Por outro lado, os países democráticos, que impuseram sanções econômicas à Russia pela invasão da Ucrânia, como forma de enfraquecer o governo de Putin e ate, supostamente, como forma de leva-lo a queda, estão vendo que de nada adiantou.
Putin continua firme e forte.
A economia russa continua pujante.
Como aconteceu com Coreia do Norte, Cuba e Venezuela que sofreram sanções econômicas, mas suas ditaduras continuam firmes e fortes.   
A omissão de uma reação eficaz dos países democráticos contra essas ditaduras, como foi a demolição do governo nazista na Alemanha, no final, acabará por permitir que essas ditaduras infames imponham uma nova ordem mundial, semelhante ao que queria Hitler.
Com mais opressão, mais violência e menos direitos humanos.
Seja por falta de união firme, capacidade e determinação politica, seja por temor de uma reação nuclear dessas ditaduras, o fato é que a omissão existe.
E a tão desejada paz mundial, harmonia e prosperidade mundial ficara na lembrança daqueles que um dia tiveram esse sonho.
Não estamos preparados para isso.

quinta-feira, 14 de março de 2024

Criminalização das drogas




Continuamos firmes no retrocesso civilizatório.
Talvez voltemos a Idade Media antes que possamos imaginar!
Cada dia mais vejo serem buscados e encontrados caminhos legais para aumentar a interferência do estado na vida do cidadão em suas decisões de foro intimo.
Atuam nesse sentido os políticos, que se intitulam liberais, mas não o são, assim como as pessoas, que votam massivamente neles, e aceitam passivamente serem submetidas a esse controle, exatamente como aconteceu na Idade Media.
Ha inúmeros fatos que demonstram isso, mas o do momento é votação no Congresso que quer da enfase na criminalização das drogas.
Não defendo o uso de drogas.
Ao contrario, não uso e não tolero drogas.
Mas, dai eu querer que minha vontade seja a vontade dos outros é outra estoria.
Acho que as drogas deveriam ser totalmente liberadas e cobrado impostos, como se faz com o cigarro e o álcool, que a meu ver, pelo potencial do mal que podem causar aos usuários, no limite da intolerância e seguindo o mesmo raciocínio, deveriam ser também proibidos.
A proibição é sem sentido.
Não impede absolutamente nada.
Aqueles que querem usar o fazem descaradamente, comprando com facilidade nas ruas.
Semelhante a Lei Seca americana que proibiu o uso de álcool, mas nunca impediu efetivamente o americano, que quisesse beber, de faze-lo.
Mas, criou a mafia, que vendia as drogas livremente, e a corrupção na Policia, no Judiciário e na Politica.
Aqueles anos foram um dos mais terríveis na historia americana, atingindo alarmantes índices de criminalidade.
Transportando o cenário para o Brasil, na proibição das drogas, vemos a mesma coisa.
Os narcotraficantes tomaram o controle do crime organizado, corromperam a Policia, os membros do Judiciário e os Políticos.
E pior, infiltraram membros em todo o sistema institucional.
Isso para não falar do quanto se gasta no aparato de combate às drogas.
Dinheiro jogado no lixo.
Enquanto isso, a criminalidade cresce e o uso de drogas cresce junto.
É como enxugar gelo no deserto.
Sejamos racionais.
A quem interessa a criminalização das drogas?
Se você não consegue enxergar, pelo que foi dito, então de vivas a Idade Media e aproveite o obscurantismo..
Quanto a mim, acho que no futuro serei submetido a Inquisição e queimado em publico na fogueira!



 

segunda-feira, 11 de março de 2024

O crescimento desejado, mas não praticado.





O PIB de uma nação não cresce mais ou menos apenas pela vontade do governante.Como bem ensinam nossos economistas, para um maior crescimento do PIB é preciso a combinação de alguns fatores como investimentos privados, investimentos públicos e superavit nas exportações.
Fatores esses que fizeram com que a China crescesse números fabulosos e invejados por diversas nações.
Nações que só olhavam o resultado do crescimento, mas não enxergavam como faze-lo.
Nos últimos tempos, graças ao superavit nas exportações, proporcionados pela exportação de minérios e alimentos, o Brasil experimentou PIB maiores.
No passado distante tivemos essa mesma experiencia graças a fabulosos investimentos públicos em infraestrutura, além de, em menor escala, de investimentos privados.
Hoje todos os recursos públicos que poderiam ser destinados a investimentos que gerassem aumento do PIB são empregados para atender o clientelismo politico dos congressistas, em investimentos pulverizados, que nada contribuem para o aumento do PIB.
Outro desperdício publico praticado, que absorve os recursos destinados a investimentos é a maquina publica com altos salários da casta privilegiada que a cada dia mais avança no patrimonialismo do estado.
Além da corrupção, que é outro ralo de recursos públicos que engorda o "PIB" apenas de seus beneficiários.
O nosso problema não é econômico.
É moral!
Nenhum economista, por melhor que seja, conseguira ditar as melhores praticas para crescermos enquanto perdurar esse modelo de sociedade.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

A "saidinha" que saiu de cena

 


Toda inovação, para funcionar a contento, precisa ser bem planejada.
No Brasil essa condição é difícil de materializar-se.
Daí que, infelizmente, poucas são as inovações que prosperam por aqui.
Quando os legisladores, no passado, entenderam que as “saidinhas” de presidiários era uma condição importante no processo de ressocialização dos mesmos, não enxergaram que não bastava a “saidinha” para se atingir esse objetivo.
Todo o sistema prisional precisaria de uma revisão geral para adequação a um projeto de ressocialização.
Que não houve.
Tudo é feito pela metade.
Depois, na aplicação do beneficio, não foram cumpridos, com rigor, os requisitos técnicos para contemplar os beneficiados.
O resultado foi que as “saidinhas” se prestavam a novas investidas criminais de alguns detentos contemplados.
Aquilo que seria um avanço humanitário acabou por tornar-se motivo de criticas da sociedade, que passou a ver a “saidinha” como um mal que deveria ser extinto.
Isso fez com que o Congresso reagisse, no sentido contrario ao que foi aprovado anteriormente, e votasse o fim da “saidinha”.
Como sempre, parecemos caranguejos.
Vamos para frente e vamos para trás.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Na corda bamba

 


Nós brasileiros temos uma característica marcante.
Vamos do 8 ao 80 com uma rapidez inacreditável.
Esse nosso voluntarismo, na politica, mostrou-nos que num momento idolatramos um mito, outra característica nossa, de criar mitos, e depois o defenestramos.
Como fizemos com Lula.
Votamos nele por duas vezes, elegemos sua sucessora Dilma, por duas vezes, ate atingirmos repugnância contra Lula, Dilma e ao PT, pela descoberta de mensalão e petrolão.
Ai, graças a Lava Jato, Lula foi processado, julgado e preso, como aconteceu com vários corruptos políticos e empresários.
Sentimos uma satisfação por isso, com exceção dos petistas e aliados ao PT.
Ate o momento em que Lula foi reabilitado pelo Supremo.
Ai, como num passe de magica, esquecemos tudo que ele fez e elegemos Lula presidente.
Agora acontece o mesmo com Bolsonaro, semelhante ao que aconteceu com Lula na Lava-Jato.
Tudo começou pelo fato de que Bolsonaro fez um governo cheio de desacertos, que demonstraram um certo amadorismo.
Isso, para alguns, era esperado.
Afinal Bolsonaro nunca teve uma carreira idealizada para ser presidente, como aconteceu com Lula, que desde 1989 tentou se eleger presidente, conseguindo só em 2002.
Além do fato de Lula ter um partido politico leal a ele desde sempre.
Já Bolsonaro, para começar, nunca teve um partido que o apoiasse e servisse para o eleger.
Ele que se servia do partido para poder se eleger como deputado. 
Depois descartava e trocava de partido.
Bolsonaro vivia no limbo da politica nacional. 
De repente, graças a repugnância que adquirimos contra Lula e o PT, ele surgiu como a alternativa contra Lula e o PT e conseguiu se eleger presidente.
Na presidência, Bolsonaro mostrou-se mais interessado em se manter no poder do que governar.
Afinal, Bolsonaro nunca teve um programa de governo.
Usava a imagem de Paulo Guedes, que vendia como o resolvedor de todos os problemas do governo. 
O resultado é que não conseguiu ser reeleito.
Parte dos eleitores que votaram nele contra o PT na eleição que o elegeu, agora estavam contra ele.
Ainda que a margem de diferença entre ele e Lula tenha sido pequena, foi o suficiente para eleger Lula.
Com Bolsonaro fora do poder, começaram a surgir indícios de uma trama que envolvia Bolsonaro numa tentativa de um golpe de estado.
Houve a invasão dos vândalos, que depredaram as instituições em Brasilia, que pretendiam dar suporte a um golpe de estado pelos militares.
O Supremo assumiu a defesa da democracia e agiu rapidamente contra os vândalos, prendendo um grande numero de adeptos.
Na sequencia começou o cerco a Bolsonaro, começando com a descoberta de posses de bens, que pertenciam a união, que estavam na posse dele.
Além de um suposto uso de documento falso, relativo a atestado de vacinação.
Em seguida, o TSE julgou Bolsonaro inelegível por cometer abuso de poder politico e uso indevido dos meios de comunicação.
Com a
 delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o processo de investigação, pelo Supremo, contra Bolsonaro, a cada dia, foi descobrindo fatos que procuram caracterizar que ele tenha cometido o crime de abolição violenta do Estado democrático de direito e tentativa de golpe de Estado.
Muitos simpatizantes de Bolsonaro entendem que se trata de mais uma perseguição contra o ex-presidente.
Os que ficaram contra Bolsonaro estão sentindo uma satisfação com tudo isso.
Ai surge uma reação contra o Supremo, que ate então, agradava por sua determinação de defender a democracia.
Independentemente de ser a favor ou contra Bolsonaro, as pessoas passaram a ter a percepção de que o Supremo esta agindo além do que determina a Constituição para aquela instituição.  
Muitos congressistas, que se elegeram na esteira do bolsonarismo, começam a se movimentar na tentativa de frear as investidas do Supremo.
Podem não conseguir nada, pois o comando da Senado, no final, é quem decidira que medidas tomar.
O Supremo esta numa corda bamba.
Se prender Bolsonaro, confirmará, para muitos, um abuso de poder.
Se não prender, poderá demonstrar, como no caso da extinção dos processos contra Lula, uma remissão.











segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Bolsonaro sera o novo Tiradentes?


Se é crime ou não, tenho minha duvidas.
Entendo que é uma questão que precisa ser analisada com prudencia e imparcialidade.
O fato é que eu, por vários momentos ao longo de 22, temi por um golpe de estado.
O que mais me marcou foi o 7 de setembro.
Havia por todo o Brasil brasileiros enrolados com a bandeira nacional, manifestando apoio a Bolsonaro.
O que mais me marcou foi o da Avenida Paulista, em São Paulo.
Acompanhando pela TV vi as imagens de uma imensa concentração de apoiadores de Bolsonaro, em grande parte da extensão da avenida, todos ávidos pela iminente chegada de Bolsonaro.
Ali todos estavam prontos para apoiar um golpe de estado.
Naquele momento senti um frio na barriga.
Acreditei que seria dado o golpe.
Bolsonaro subiu o palanque e fez um discurso agressivo.
Fiquei apreensivo ate o final do ato, quando ele se retirou, voltou a Brasilia e tudo continuou normal.
Como de outras vezes, não houve golpe nenhum.
Desta vez, porém, talvez frustado pela falta de coragem em dar o golpe e temeroso de um contragolpe, supostamente pelo Supremo com ordem de prisão contra ele, no dia seguinte, Bolsonaro ligou para o ex-presidente Temer.
Pediu a ele que o mesmo o ajudasse a escrever uma "Declaração à Nação", que foi divulgada no dia 9 de setembro.
Essa declaração dizia que Bolsonaro não tinha tido "intenção de agredir" os poderes da republica.
Para mim, foi sua rendição.
A partir daquele momento, ao contrario de que seus fanáticos seguidores ainda acreditavam, Bolsonaro não teria mais condições de efetivar qualquer golpe.
Apenas como comparação, a Inconfidência Mineira também não chegou a vias de fato com sua revolução.
A Lei da época previa pena de morte contra quem se insurgisse contra a coroa.
Entretanto a rainha de Portugal, Maria I, perdoou todos os inconfidentes, aplicando penas brandas.
A exceção foi para Tiradentes, que nem era o "cabeça" da insurreição, que,
supostamente, metido a herói, não se rendeu aos termos do perdão, e foi morto.
Pela reação de Bolsonaro com sua carta de rendição, parece que não pretende entrar para a historia como o novo Tiradentes.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A novela do golpe



Que Bolsonaro tramou tornar-se um ditador, não resta a menor duvida.
Mas, não basta querer.
Tem que ter competência.
O que ele demonstrou não ter.
Como ficou evidenciado nas investigações, Bolsonaro criou o fantasma das urnas fraudadas para ter um inimigo imaginário para combatê-lo e arregimentar adeptos à sua conspiração.
Técnica conhecida de todo candidato a ditador.
A partir dai com o apoio de uma rede de influenciadores difundiu mentiras, desinformação tudo com o objetivo de criar condições para uma grande indignação da população.
Entretanto, o planejamento não contava com ardilosos estrategistas.
Conseguiu, sim, a simpatia de muitos, mas não a ponto de torna-los revoltosos. 
Nem o próprio Bolsonaro conseguiu o apoio da grande maioria da cúpula das forças armadas.
Um ou outro general, pela proximidade a ele, aceitou participar da insurreição.
A maioria, por conhecer o histórico inábil de Bolsonaro, quando foi militar atuante, não teve suficiente confiança nele quanto ele saber agir corretamente para virar um ditador.
Tiveram prudência para não cair numa cilada.
O fato é que não houve nem tentativa de golpe.
Não houve nenhuma ação deliberadamente tentada, que resultou num fracasso.
Simplesmente ficou na ilação.
Ainda que tenham surgido pequenos exércitos de fanáticos, espalhados pelo Brasil, que acreditavam que Bolsonaro daria um golpe antes das eleições.
Mesmo após elas acontecerem e Bolsonaro não ter sido reeleito, eles continuaram acreditando num golpe.
Mesmo depois que Bolsonaro se auto exilou na Florida, esses fanáticos continuaram acreditando no golpe.
Foram e ficaram às portas dos quartéis, clamando para que as forças armadas participassem de um golpe.
Lula foi empossado e o exercito de fanáticos continuava acreditando que se invadissem os prédios do Congresso, do Supremo e o Palácio do Planalto, as forças armadas se mobilizariam para apoia-los.
O que eles não sabiam é que a maioria dos comandos militares não tinha aderido e nem participariam de um pretenso golpe.
Mesmo assim, sem uma liderança à frente da invasão, comandando um plano de ação pré-estabelecido, que não existia, sem armas para enfrentar uma resistência institucional, sem sequestro de nenhuma autoridade para demonstrara a tomada de poder, acreditaram que dariam um golpe.
Era apenas um grupo de fanáticos imprudentes.
Ali também não houve golpe.
Houve vandalismo e depredação, como fazem todos aqueles revolucionários durante a conquista de poder, para demonstrar a quebra dos valores contestados.
Mas, só isso.
O resultado é que muitos foram presos no ato, alguns já condenados, mas não ficou só nos vândalos.
O Estado decidiu ir atrás daqueles que incitaram os revoltosos.
A novela, que se arrasta há mais de um ano, ontem teve mais um capítulo emocionante, com a apresentação de uma lista de militares, que estão sob investigação.
Por mais que Bolsonaro insista na tese de perseguição politica, o fato é que ele deu causa para essa perseguição. 
Se tivesse agido dentro da legalidade, nada disso teria acontecido.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Os ineficazes linchamentos políticos


Não sou bolsonarista, como sabem, portanto estou a vontade para comentar sobre a perseguição politica a Bolsonaro e sua família.
Todo dia ha uma ação policial contra ele ou familiares, como a ultima contra seu filho Carlos.
Não estou aqui para julgar se ele cometeu ou não um crime.
Isso cabe a Justiça faze-lo.
O assunto foi tema principal em toda mídia e prato cheio para os analistas.
Em sua grande maioria, sem conhecer os detalhes do caso, os analistas condenaram Carlos, por absoluto prejulgamento.
Afinal, ha suspeitas de que tenha sido o chefe da articulação do gabinete do ódio.
Mas, não foi julgado por isso nos Tribunais, portanto é inocente como preceitua a Constituição.
Houve alguns comentaristas mais equilibrados, que não viram motivo para tanto alarde. 
Afinal uma simples troca de mensagens, seja com quem for, não é crime.
Quando Lula assumiu o governo, afirmou que acabariam as espetaculares ações midiáticas da Policia Federal.
No que estava certo.
Um julgamento será mais isento e justo quanto mais discreto for o processo de judicialização, que começa na investigação policial.
A espetacularização lembra mais as decisões do Imperador no Coliseu, quando a influencia da vontade popular sobressaia sobre a Justiça.
O povo é um péssimo juiz.
Sua decisão é apaixonada e surda ao direito de defesa.
Dai que todo linchamento é injusto.
Bolsonaro é um politico que deveria ser esquecido.
Sua atuação como presidente foi cheia de erros e omissões, que, inclusive, foi motivo para não se reeleger.
Com essa espetacularização Bolsonaro, ao final, Bolsonaro sairá fortalecido.
Assim como o povo julga mal antes, depois fica com pena da vitima que ele mesmo atacou.
Aconteceu com Lula algo semelhante.
Todo o processo a que foi submetido foi espetacularizado.
Chegou ate a ser preso por mais de uma ano.
Ao final de tudo, teve seu processo anulado e pode se candidatar a presidente, como a vitima resgatada da injustiça.
Resultado?
Se elegeu pela terceira vez, a contragosto de muitos. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

O mal cheiro da ditadura




Putin, embora se intitule presidente eleito, como de fato o é, dentro da democracia de mentira, na verdade é um implacável  ditador da Russia.
Esta no poder desde 1.999.
Utilizou-se da verdadeira democracia para atingir seu alvo, quando elegeu-se presidente pela primeira vez.
Depois, empregando formulas conhecidas e utilizadas por vários ditadores iguais a ele, firmou-se no poder.
Iniciou esse processo comprando a confiança das forças policiais e militares, através da melhoria de seus salários e benefícios.
O suporte armado é imprescindível para prender quem for contra o governo. 
O medo de ser preso mantem a população temerosa de se insurgir.
Mas, não é suficiente.
Pois, sempre surgirá opositores que se consideram fortes o suficiente para contestar o governo.
Concomitantemente, colocou na cúpula do Poder Judiciário pessoas que demonstram lealdade e submissão, para que as prisões dos adversários fossem mantidas e não se criasse embaraços na gestão ditatorial.
Para um bom resultado, novamente, melhorou-se os salários e benefícios da alta Corte Judicial.
A corrupção com bons salários é infalível!
Já no mundo politico, os parlamentares também foram contemplados com bons salários e benefícios, com nomeações do compadrio, verbas publicas para atender seu reduto eleitoral, desde que fossem amigáveis.
Os adversários políticos foram intimidados.
Prenderam alvos de destaque, sem uma justa causa, para que servissem de exemplo aos demais.
O processo criminal teve amparo no Judiciário complacente, que interpretando a legislação como bem entendessem e lhes conviessem, mantiveram as prisões como se fossem legais.
Quanto a oligarquia produtiva da industria, agronegócio e comercio, para torna-la parceira leal, foram criadas proteções do governo, através de incentivos fiscais e outros benefícios, que facilitaram seus ganhos e consequente dependência interesseira.
As chamadas empresas queridas do governo deram todo apoio ao ditador, pois, primeiro, não quiseram perder a oportunidade de ganhar dinheiro e ampliação de seus negócios, com mais facilidade.
Como um deles se insurgiu, sofreu a mesma intimidação do povo.
Ele foi preso por sonegação fiscal.
Finalmente, a mídia tradicional foi controlada, com a dosagem de verbas de publicidade, contratação de jornalistas influentes, que falavam bem do governo, e criada uma estatal de comunicação potente, para divulgar o que fosse de interesse do ditador.
Nas mídias sociais foram arregimentados hackers para criarem e divulgarem fake news, mentiras e desinformação.
Mais recentemente, utilizou-se da deep fake, com o objetivo de destruir nomes de possíveis adversários.
Mas, na Russia ainda foi pior.
Os inimigos do governo foram mortos.
Dentro e fora do pais, quando se exilaram.
Mataram políticos, jornalistas e ate um militar da alto patente e um empresário que pertencia a oligarquia amiga.
Mas, a policia nunca desvendou quem cometeu o crime, nem o mandante.
E ficou por isso mesmo.
Isso aconteceu e continua acontecendo na Russia.
Putin tem cada dia mais poder.
Com todo esse amparado, a corrupção permeia toda a estrutura governamental, tornando a sociedade conivente com a corrupção.  
Agora olhemos para o Brasil.
Quais semelhanças encontramos nos nossos últimos e atual governante?

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

O retorno de Jedi brasileiro


                                              Lula visita a Refinaria Abreu e Lima


Da serie o "Retorno de Jedi", na versão tropical brasileira chama-se de "Volta a cena do crime".
O maior assalto aos cofres públicos, praticada durante o governo Lula e Dilma, que gerou o Petrolão e a Lava Jato, com condenações inimagináveis de figuras da cena politica nacional, deu comichão em Lula III.
Em visita à Refinaria Abreu e Lima anunciou que a obra será retomada!
Sob o ponto de vista politico me causa apreensão.
O roubo pode retornar, com mais vigor, uma vez que todos os criminosos, condenados no passado, tiveram suas penas comutadas, que lhes garantiram uma tardia e irresponsável impunidade.
Sob o ponto de vista econômico conclui-la é de bom senso.
Uma vez que grande parte da obra esta pronta, conclui-la para que a produção de refino atenda toda demanda nacional  de óleo diesel, é aproveitar, racionalmente, o investimento anteriormente realizado.
Certamente custará menos do que iniciar a construção de uma nova refinaria com o mesmo objetivo..
Entretanto fica no ar uma pergunta:
Diante de um futuro próximo de mudança da matriz energética, com a redução do uso de combustível fóssil, esse investimento se pagará?
O tempo dirá.   

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

A chantagem dos evangélicos!!!



A premissa de um estado laico foi fundamental para impossibilitar a ingerência da religião na politica, como ocorria, em especial, com o catolicismo na Idade Media. Infelizmente, no Brasil, perdemos essa condição.
Não porque os católicos exerceram poder para voltar a ter poder politico.
Desta vez foi a comunidade evangélica, com enfase nos neo pentecostais, que entrou com tudo na politica nacional.
Sua trajetória começou quando conseguiram abocanhar parte da comunidade católica, com suas promessas de sucesso na vida dos fiéis agora, coisa que o catolicismo prometia no pós morte.
O sucesso aconteceu porque obtiveram um resultado econômico financeiro fabuloso, com seu infalível marketing de prometer a ajuda divina, desde que paguem regularmente o imposto divino, conhecido como dizimo.
Com essa rápida aceleração financeira, eles incorporaram a seu patrimônio diversas empresas, como radio e TV, que são utilizadas para arrebanhar ainda mais fiéis.
Sentiram-se, então, fortalecidos para conquistar mais.
Viram a politica como meio de enriquecerem-se mais do que já obtinham junto a seus fiéis.
O objetivo de sugar o estado começou com as conquistas de isenções fiscais.
Religião é uma prestação de serviço como qualquer outra atividade e deve pagar os impostos como todos pagam.
Se você não paga impostos, a concorrência desleal possibilita sua ascensão econômica financeira com maior velocidade que os demais.
Ao ingressar no poder politico, começaram a realizar nomeações de seus fieis em toda a estrutura estatal.
Se fossem pessoas qualificadas para a função, sem problemas.
Mas, não são.
Suas indicações são para agradar membros de diversos templos.
O intuito dessas nomeações é mostrar poder da seita junto aos fiéis e consolidar sua fidelidade no templo.
Utilizam o velho e conhecido marketing de fidelização, conhecido como piramide, que premia alguns para criar entre os demais a sensação de que um dia eles também serão premiados, desde que mantenham-se fieis ao templo.
Como conquistaram um grande numero de congressistas, além de tentarem, algumas vezes com sucesso, que seus dogmas religiosos tornem-se leis, chantageiam o presidente da republica para conquistarem mais isenções em suas atividades.
"Para um governo que diz reconhecer a necessidade de aproximação do segmento, um movimento desses é incompreensível" disse o deputado Silas Câmara, diante da suspensão de isenção de impostos a pastores, instituída por Bolsonaro em 2022, e agora suspensa por Lula.
Vencerão ou Lula conseguirá gradualmente o restabelecimento do estado laico?
É uma briga boa.
Estou do lado do estado laico.
E você?

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O dia do golpe que não houve!




Igualmente aos militares, que comemoram o 31 de março, os PTistas resolveram comemorar o 8 de janeiro.
Só que dia 31/3 houve um golpe, mas o 8/1 não.
Por isso foi patética a comemoração de 8 de janeiro.
Em nada contribuiu para a pacificação nacional.
Ao contrario, tripudiou sobre os descontentes com a eleição de Lula para presidente, acirrando ainda mais a divisão entre os brasileiros.
O que de fato houve foi a comemoração da contenção da alucinação promovida por um grupelho de idiotas depredadores, que ocorreu, facilmente, após as forças policiais incumbidas da segurança publica, que deveriam ter evitado o tumulto,  terem um novo comando atuando. 
Não houve uma tentativa real de um golpe!
Os baderneiros podem ate ter pretendido dar um golpe, já que, de fato, havia pequenos grupos, em frente aos diversos quarteis pelo Brasil, clamando por uma intervenção militar.
Mas, os militares, apesar da tolerância ilegal em aceita-los em suas portas e não afasta-los dessa ocupação, não abraçaram a ideia de um golpe.
Por outro lado, como todo golpe que se preze, não havia lideranças presenciais com comando e competência para conduzir tal intenção.
Foi o estouro da boiada desorientada.
Como todos sabemos, Bolsonaro insuflou os ocupantes das frentes dos quarteis a clamar o golpe.
Mas, covardemente, se escondeu em Orlando.
Sabia que se apresentasse presencialmente no dia 8/1, ao final, seria preso, pois os militares não demonstraram a ele que acataram sua ideia golpista.
Já as lideranças da ocupação das frentes dos quarteis, frustadas pela não reação dos militares a seu clamor, decidiram subir o tom convocando uma ocupação de Brasilia.
Pensaram que seria um estopim para que os militares decidissem dar o pretendido golpe, que só existia na imaginação deles.
O povo brasileiro, em sua maioria, também não demonstrou simpatia com essa ideia.   
O resultado, como vimos, virou uma invasão depredatória, sem uma efetividade de um verdadeiro golpe de estado.



quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A irresponsabilidade financeira



Racionalmente, situações tendentes à falência financeira só deveriam acontecer em imprevistos, a que estamos sujeitos, por mais planejadores que sejamos.
Dentro dessa ideia, a disciplina no equilíbrio financeiro deveria ser o comportamento usual das pessoas.
A regra básica é: se gasta, no máximo, o que se ganha.
Mas, não é assim.
Entre as inúmeras razões do rompimento dessa regra, há aquela ocasionada pela disponibilização do financiamento, que possibilita a gastança além do que se ganha.
Essa facilidade deveria ser apenas para que se pudesse comprar um patrimônio, por exemplo, cujo valor excede o quanto se tem disponível para gastar num determinado momento.
Como alternativa, poderia se poupar ate atingir o valor da compra e ai efetua-la no futuro.
Mas, isso exigiria que se adiasse a compra para um futuro muito distante.
Então, fatalmente opta-se pelo financiamento para que se tenha, hoje, o objeto que se pretende comprar.
A decisão em tomar ou não esse financiamento exige que se analise antes se a amortização e juros desse financiamento se encaixam no seu fluxo de caixa futuro.
Caso não seja possível, não se deveria obter o financiamento.
Entretanto, o impulso de ter o que se deseja é maior e anula qualquer analise.
O problema do endividamento é quando ele serve para compras desnecessárias, apenas pelo prazer de se consumir.
Muitas pessoas sofrem desse consumismo desnecessário e irrefreável.
Não precisam de nada.
Mas, querem comprar, comprar e comprar.
Deveriam buscar tratamento psicológico.
É uma doença.
Acredito que se trata de uma pandemia.
É grande o numero de pessoas endividadas sem que realmente se trate de uma necessidade patrimonial ou de um infortúnio, que a obrigou a um gasto inesperado, e que lhe trouxeram o descontrole financeiro.
O interessante é que não se julgam culpadas.
A culpa sempre é dos outros.
É fácil culpar os outros.
Em geral culpam o banqueiro, dizendo que eles os extorquem com juros altos e impagáveis.
Mas, quem contraiu o empréstimo foi você!
Enquanto não se assumir as responsabilidades pelos seus atos e, ao errar, culpar os outros, nunca seremos uma nação desenvolvida.
Há aqueles que querem o estado sendo seu cuidador.
Abrem mão de sua liberdade de decidir para que não tenham preocupações financeiras.
Para esses, no estado dominador, não haverá financiamentos em abundancia.
Então o problema do endividamento deles, praticamente, não existe.
Mas, há aqueles liberais, que depois que se endividam e perdem sua capacidade de pagar o financiamento, deixam de ser liberais para exigir que o estado resolva seu problema.
Apoiam o estatismo momentaneamente.
Querem anistias e perdões das dividas.
Querem a intervenção do estado na limitação de juros.
Atendidos, querem o restabelecimento do liberalismo para, novamente, entrar num outro ciclo de dividas.