terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Os ineficazes linchamentos políticos


Não sou bolsonarista, como sabem, portanto estou a vontade para comentar sobre a perseguição politica a Bolsonaro e sua família.
Todo dia ha uma ação policial contra ele ou familiares, como a ultima contra seu filho Carlos.
Não estou aqui para julgar se ele cometeu ou não um crime.
Isso cabe a Justiça faze-lo.
O assunto foi tema principal em toda mídia e prato cheio para os analistas.
Em sua grande maioria, sem conhecer os detalhes do caso, os analistas condenaram Carlos, por absoluto prejulgamento.
Afinal, ha suspeitas de que tenha sido o chefe da articulação do gabinete do ódio.
Mas, não foi julgado por isso nos Tribunais, portanto é inocente como preceitua a Constituição.
Houve alguns comentaristas mais equilibrados, que não viram motivo para tanto alarde. 
Afinal uma simples troca de mensagens, seja com quem for, não é crime.
Quando Lula assumiu o governo, afirmou que acabariam as espetaculares ações midiáticas da Policia Federal.
No que estava certo.
Um julgamento será mais isento e justo quanto mais discreto for o processo de judicialização, que começa na investigação policial.
A espetacularização lembra mais as decisões do Imperador no Coliseu, quando a influencia da vontade popular sobressaia sobre a Justiça.
O povo é um péssimo juiz.
Sua decisão é apaixonada e surda ao direito de defesa.
Dai que todo linchamento é injusto.
Bolsonaro é um politico que deveria ser esquecido.
Sua atuação como presidente foi cheia de erros e omissões, que, inclusive, foi motivo para não se reeleger.
Com essa espetacularização Bolsonaro, ao final, Bolsonaro sairá fortalecido.
Assim como o povo julga mal antes, depois fica com pena da vitima que ele mesmo atacou.
Aconteceu com Lula algo semelhante.
Todo o processo a que foi submetido foi espetacularizado.
Chegou ate a ser preso por mais de uma ano.
Ao final de tudo, teve seu processo anulado e pode se candidatar a presidente, como a vitima resgatada da injustiça.
Resultado?
Se elegeu pela terceira vez, a contragosto de muitos. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

O mal cheiro da ditadura




Putin, embora se intitule presidente eleito, como de fato o é, dentro da democracia de mentira, na verdade é um implacável  ditador da Russia.
Esta no poder desde 1.999.
Utilizou-se da verdadeira democracia para atingir seu alvo, quando elegeu-se presidente pela primeira vez.
Depois, empregando formulas conhecidas e utilizadas por vários ditadores iguais a ele, firmou-se no poder.
Iniciou esse processo comprando a confiança das forças policiais e militares, através da melhoria de seus salários e benefícios.
O suporte armado é imprescindível para prender quem for contra o governo. 
O medo de ser preso mantem a população temerosa de se insurgir.
Mas, não é suficiente.
Pois, sempre surgirá opositores que se consideram fortes o suficiente para contestar o governo.
Concomitantemente, colocou na cúpula do Poder Judiciário pessoas que demonstram lealdade e submissão, para que as prisões dos adversários fossem mantidas e não se criasse embaraços na gestão ditatorial.
Para um bom resultado, novamente, melhorou-se os salários e benefícios da alta Corte Judicial.
A corrupção com bons salários é infalível!
Já no mundo politico, os parlamentares também foram contemplados com bons salários e benefícios, com nomeações do compadrio, verbas publicas para atender seu reduto eleitoral, desde que fossem amigáveis.
Os adversários políticos foram intimidados.
Prenderam alvos de destaque, sem uma justa causa, para que servissem de exemplo aos demais.
O processo criminal teve amparo no Judiciário complacente, que interpretando a legislação como bem entendessem e lhes conviessem, mantiveram as prisões como se fossem legais.
Quanto a oligarquia produtiva da industria, agronegócio e comercio, para torna-la parceira leal, foram criadas proteções do governo, através de incentivos fiscais e outros benefícios, que facilitaram seus ganhos e consequente dependência interesseira.
As chamadas empresas queridas do governo deram todo apoio ao ditador, pois, primeiro, não quiseram perder a oportunidade de ganhar dinheiro e ampliação de seus negócios, com mais facilidade.
Como um deles se insurgiu, sofreu a mesma intimidação do povo.
Ele foi preso por sonegação fiscal.
Finalmente, a mídia tradicional foi controlada, com a dosagem de verbas de publicidade, contratação de jornalistas influentes, que falavam bem do governo, e criada uma estatal de comunicação potente, para divulgar o que fosse de interesse do ditador.
Nas mídias sociais foram arregimentados hackers para criarem e divulgarem fake news, mentiras e desinformação.
Mais recentemente, utilizou-se da deep fake, com o objetivo de destruir nomes de possíveis adversários.
Mas, na Russia ainda foi pior.
Os inimigos do governo foram mortos.
Dentro e fora do pais, quando se exilaram.
Mataram políticos, jornalistas e ate um militar da alto patente e um empresário que pertencia a oligarquia amiga.
Mas, a policia nunca desvendou quem cometeu o crime, nem o mandante.
E ficou por isso mesmo.
Isso aconteceu e continua acontecendo na Russia.
Putin tem cada dia mais poder.
Com todo esse amparado, a corrupção permeia toda a estrutura governamental, tornando a sociedade conivente com a corrupção.  
Agora olhemos para o Brasil.
Quais semelhanças encontramos nos nossos últimos e atual governante?

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

O retorno de Jedi brasileiro


                                              Lula visita a Refinaria Abreu e Lima


Da serie o "Retorno de Jedi", na versão tropical brasileira chama-se de "Volta a cena do crime".
O maior assalto aos cofres públicos, praticada durante o governo Lula e Dilma, que gerou o Petrolão e a Lava Jato, com condenações inimagináveis de figuras da cena politica nacional, deu comichão em Lula III.
Em visita à Refinaria Abreu e Lima anunciou que a obra será retomada!
Sob o ponto de vista politico me causa apreensão.
O roubo pode retornar, com mais vigor, uma vez que todos os criminosos, condenados no passado, tiveram suas penas comutadas, que lhes garantiram uma tardia e irresponsável impunidade.
Sob o ponto de vista econômico conclui-la é de bom senso.
Uma vez que grande parte da obra esta pronta, conclui-la para que a produção de refino atenda toda demanda nacional  de óleo diesel, é aproveitar, racionalmente, o investimento anteriormente realizado.
Certamente custará menos do que iniciar a construção de uma nova refinaria com o mesmo objetivo..
Entretanto fica no ar uma pergunta:
Diante de um futuro próximo de mudança da matriz energética, com a redução do uso de combustível fóssil, esse investimento se pagará?
O tempo dirá.   

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

A chantagem dos evangélicos!!!



A premissa de um estado laico foi fundamental para impossibilitar a ingerência da religião na politica, como ocorria, em especial, com o catolicismo na Idade Media. Infelizmente, no Brasil, perdemos essa condição.
Não porque os católicos exerceram poder para voltar a ter poder politico.
Desta vez foi a comunidade evangélica, com enfase nos neo pentecostais, que entrou com tudo na politica nacional.
Sua trajetória começou quando conseguiram abocanhar parte da comunidade católica, com suas promessas de sucesso na vida dos fiéis agora, coisa que o catolicismo prometia no pós morte.
O sucesso aconteceu porque obtiveram um resultado econômico financeiro fabuloso, com seu infalível marketing de prometer a ajuda divina, desde que paguem regularmente o imposto divino, conhecido como dizimo.
Com essa rápida aceleração financeira, eles incorporaram a seu patrimônio diversas empresas, como radio e TV, que são utilizadas para arrebanhar ainda mais fiéis.
Sentiram-se, então, fortalecidos para conquistar mais.
Viram a politica como meio de enriquecerem-se mais do que já obtinham junto a seus fiéis.
O objetivo de sugar o estado começou com as conquistas de isenções fiscais.
Religião é uma prestação de serviço como qualquer outra atividade e deve pagar os impostos como todos pagam.
Se você não paga impostos, a concorrência desleal possibilita sua ascensão econômica financeira com maior velocidade que os demais.
Ao ingressar no poder politico, começaram a realizar nomeações de seus fieis em toda a estrutura estatal.
Se fossem pessoas qualificadas para a função, sem problemas.
Mas, não são.
Suas indicações são para agradar membros de diversos templos.
O intuito dessas nomeações é mostrar poder da seita junto aos fiéis e consolidar sua fidelidade no templo.
Utilizam o velho e conhecido marketing de fidelização, conhecido como piramide, que premia alguns para criar entre os demais a sensação de que um dia eles também serão premiados, desde que mantenham-se fieis ao templo.
Como conquistaram um grande numero de congressistas, além de tentarem, algumas vezes com sucesso, que seus dogmas religiosos tornem-se leis, chantageiam o presidente da republica para conquistarem mais isenções em suas atividades.
"Para um governo que diz reconhecer a necessidade de aproximação do segmento, um movimento desses é incompreensível" disse o deputado Silas Câmara, diante da suspensão de isenção de impostos a pastores, instituída por Bolsonaro em 2022, e agora suspensa por Lula.
Vencerão ou Lula conseguirá gradualmente o restabelecimento do estado laico?
É uma briga boa.
Estou do lado do estado laico.
E você?

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O dia do golpe que não houve!




Igualmente aos militares, que comemoram o 31 de março, os PTistas resolveram comemorar o 8 de janeiro.
Só que dia 31/3 houve um golpe, mas o 8/1 não.
Por isso foi patética a comemoração de 8 de janeiro.
Em nada contribuiu para a pacificação nacional.
Ao contrario, tripudiou sobre os descontentes com a eleição de Lula para presidente, acirrando ainda mais a divisão entre os brasileiros.
O que de fato houve foi a comemoração da contenção da alucinação promovida por um grupelho de idiotas depredadores, que ocorreu, facilmente, após as forças policiais incumbidas da segurança publica, que deveriam ter evitado o tumulto,  terem um novo comando atuando. 
Não houve uma tentativa real de um golpe!
Os baderneiros podem ate ter pretendido dar um golpe, já que, de fato, havia pequenos grupos, em frente aos diversos quarteis pelo Brasil, clamando por uma intervenção militar.
Mas, os militares, apesar da tolerância ilegal em aceita-los em suas portas e não afasta-los dessa ocupação, não abraçaram a ideia de um golpe.
Por outro lado, como todo golpe que se preze, não havia lideranças presenciais com comando e competência para conduzir tal intenção.
Foi o estouro da boiada desorientada.
Como todos sabemos, Bolsonaro insuflou os ocupantes das frentes dos quarteis a clamar o golpe.
Mas, covardemente, se escondeu em Orlando.
Sabia que se apresentasse presencialmente no dia 8/1, ao final, seria preso, pois os militares não demonstraram a ele que acataram sua ideia golpista.
Já as lideranças da ocupação das frentes dos quarteis, frustadas pela não reação dos militares a seu clamor, decidiram subir o tom convocando uma ocupação de Brasilia.
Pensaram que seria um estopim para que os militares decidissem dar o pretendido golpe, que só existia na imaginação deles.
O povo brasileiro, em sua maioria, também não demonstrou simpatia com essa ideia.   
O resultado, como vimos, virou uma invasão depredatória, sem uma efetividade de um verdadeiro golpe de estado.



quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A irresponsabilidade financeira



Racionalmente, situações tendentes à falência financeira só deveriam acontecer em imprevistos, a que estamos sujeitos, por mais planejadores que sejamos.
Dentro dessa ideia, a disciplina no equilíbrio financeiro deveria ser o comportamento usual das pessoas.
A regra básica é: se gasta, no máximo, o que se ganha.
Mas, não é assim.
Entre as inúmeras razões do rompimento dessa regra, há aquela ocasionada pela disponibilização do financiamento, que possibilita a gastança além do que se ganha.
Essa facilidade deveria ser apenas para que se pudesse comprar um patrimônio, por exemplo, cujo valor excede o quanto se tem disponível para gastar num determinado momento.
Como alternativa, poderia se poupar ate atingir o valor da compra e ai efetua-la no futuro.
Mas, isso exigiria que se adiasse a compra para um futuro muito distante.
Então, fatalmente opta-se pelo financiamento para que se tenha, hoje, o objeto que se pretende comprar.
A decisão em tomar ou não esse financiamento exige que se analise antes se a amortização e juros desse financiamento se encaixam no seu fluxo de caixa futuro.
Caso não seja possível, não se deveria obter o financiamento.
Entretanto, o impulso de ter o que se deseja é maior e anula qualquer analise.
O problema do endividamento é quando ele serve para compras desnecessárias, apenas pelo prazer de se consumir.
Muitas pessoas sofrem desse consumismo desnecessário e irrefreável.
Não precisam de nada.
Mas, querem comprar, comprar e comprar.
Deveriam buscar tratamento psicológico.
É uma doença.
Acredito que se trata de uma pandemia.
É grande o numero de pessoas endividadas sem que realmente se trate de uma necessidade patrimonial ou de um infortúnio, que a obrigou a um gasto inesperado, e que lhe trouxeram o descontrole financeiro.
O interessante é que não se julgam culpadas.
A culpa sempre é dos outros.
É fácil culpar os outros.
Em geral culpam o banqueiro, dizendo que eles os extorquem com juros altos e impagáveis.
Mas, quem contraiu o empréstimo foi você!
Enquanto não se assumir as responsabilidades pelos seus atos e, ao errar, culpar os outros, nunca seremos uma nação desenvolvida.
Há aqueles que querem o estado sendo seu cuidador.
Abrem mão de sua liberdade de decidir para que não tenham preocupações financeiras.
Para esses, no estado dominador, não haverá financiamentos em abundancia.
Então o problema do endividamento deles, praticamente, não existe.
Mas, há aqueles liberais, que depois que se endividam e perdem sua capacidade de pagar o financiamento, deixam de ser liberais para exigir que o estado resolva seu problema.
Apoiam o estatismo momentaneamente.
Querem anistias e perdões das dividas.
Querem a intervenção do estado na limitação de juros.
Atendidos, querem o restabelecimento do liberalismo para, novamente, entrar num outro ciclo de dividas.