sábado, 25 de junho de 2022

O Fanatismo entre nós


Tanto se fala de fanatismo político, mas continuamos sem entender o que causa esse fenômeno.
Ao longo da historia da humanidade podemos observar que o fanatismo se repete incessantemente.
Parece que a humanidade não aprende com seus próprios erros.
O fanatismo não se encerra no contexto político.
Há o fanatismo religioso também.
Já se matou milhares de pessoas em nome de deus.
E continuam matando, como ocorre com o islamismo extremista.
Assim como há fanatismo nos esportes, em especial no futebol, com torcidas organizadas que extrapolam o apoio ao time nos estádios e chegam a se digladiar nas ruas como inimigos ferozes.
Observando a natureza constato que nos animais que vivem em bando há sempre um líder e os demais seguem cegamente esse líder.
Esse comportamento faz com que aja coesão entre eles e assegura que não aja discordância nas decisões do líder para a concretização de ações que devem ajudar o grupo.
Isso me faz pensar que deve haver algum material genético que determina esse comportamento.
Há o gene do líder e o gene do liderado.
O ser humano, como vive em bando ou em sociedade, também é portador desse material genético.
Enquanto os primeiros humanos, no passado, tinham lideranças semelhantes aos animais selvagens esse comportamento funcionava bem.
Entretanto, de alguma forma, o gene do líder foi corrompido em alguns, que acabaram se tornando lideres fora do contexto determinado pela natureza.
Enquanto em outros o gene do liderado sofreu alterações para o fanatismo.
Foi quando surgiram lideranças que buscavam apenas o poder pelo poder.
Esses falsos líderes chegaram e se mantiveram no poder, uns pela força bruta, outros com seus argumentos astutos, próprios de estelionatários, mas todos tendo como pano de fundo o medo.
Talvez fosse o gene da vaidade pessoal em ação nesses lideres.
Enquanto isso o líder que deveria conduzir seus liderados para o bem comum passou a ser combatido pelos falsos lideres e afastados de seu papel natural.
Isso foi possível em função de que grande parte da população continuou portando o gene do fanatismo e se tornou numerosa.
A partir disso foram criadas instituições que permitiam o exercício do poder desses líderes, que se aprimoraram ao longo do tempo para manter essa nova ordem.
Como o fanatismo dava apoio aos falsos lideres foi possível que uma vez identificado o líder, mesmo que falso, fizesse com que a maioria passasse a segui-lo sem contestação. 
Com o advento da democracia em um ambiente que há ignorância e ou miséria em abundancia, entre outros fatores, a ascensão de lideranças inescrupulosas exploram a crença de que são as esperanças desse povo e acabam sendo eleitos.
Mas, houve uma cisão entre essas lideranças.
E surgiu o antagonismo, a polarização.
Que está presente em nossos dias, impedindo que nos tornemos uma sociedade justa, unida e melhor.

domingo, 5 de junho de 2022

Movimento pendular em curso

 


Há em curso uma oscilação da maneira como a sociedade enxerga sua melhora econômica.
Nos últimos anos, esse pêndulo foi conduzido a fazer com que a sociedade acreditasse que o empresariado deva investir mais na economia, ao invés do Estado.
Ideia essa que sempre defendi.
Para mim, o Estado deve ser o disciplinador e o formulador de políticas que motivem o empresário a investir com competitividade, a criar empregos e renda.
Com isso, consequentemente, e com o Estado mais enxuto, este consegue arrecadar mais impostos e retornar com mais serviços de qualidade, que cabe ao Estado prover para melhora da sociedade como um todo.
Entretanto, como consequência do combate a pandemia houve uma quebra dessa lógica, levando muitas empresas a falir ou debilitar-se a tal ponto que aumentou a taxa de desemprego e a perda de renda do trabalhador, além da queda da arrecadação e do aumento dos gastos públicos.
Em razão da ajuda emergencial, que socorreu milhões de brasileiros durante os momentos mais graves da pandemia, ressurgiu na sociedade ao velho pensamento obtuso de que cabe ao Estado ser o provedor dos pobres, ao invés de ser o trabalho deles a força que deve os conduzir para que saiam da pobreza.
Junto com esse enganoso pensamento, um novo movimento pendular se movimenta em direção à péssima ideia de que cabe ao Estado ser o grande investidor da economia.
A ideia de privatização de estatais começou a perder força e retorna a vontade de estatização da economia.
Impressionante como a memória da sociedade é curta.
Esquece-se que a estatização foi e continua sendo foco de corrupção, de cabide de empregos para abrigar apaniguados de políticos da base aliada do governo, sem que tenham mérito para ocupar os cargos que ocupam, além de altos salários para uma diretoria composta de amigos dos governantes.
Acreditar que o Estado interventor dê jeito na situação de combate a pobreza, como se o orçamento publico fosse ilimitado, é cair no mesmo erro cometido no passado que nos levou ao desastre econômico e ao retorno ao empobrecimento geral do país.
Parece que não observam e comparem a situação econômica da China com Cuba, ambas de governos politicamente totalitários, mas com visão diferente da economia.
A China entendeu que o empresariado deve investir, enquanto Cuba persiste na mesma ideia que esse movimento pendular começa a agir no Brasil.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A frustração iminente de Bolsonaro





Essa estratégia de desacreditar o PT usando o Zé Dirceu como um fantasma que assombra um futuro governo de Lula, se for eleito, ou mesmo repisar de que houve o maior assalto do mundo aos cofres públicos brasileiro, como ficou demonstrado na operação lava jato, não funciona mais!!!
Ou melhor, só regozija aqueles que têm Bolsonaro como ídolo.
O povão, que ganha um salário insuficiente, diante da inflação que assola o país e o mundo, além daqueles milhões de desempregados e desalentados, são uma maioria que, querendo ou não, está resgatando a boa memória da economia no governo Lula e vão votar em Lula.
É verdade que Bolsonaro tem pouco espaço de manobra na economia para dar um alento a essa gente.
Parte por culpa dele próprio, que em seu governo teve outras prioridades, e só se deu conta que a economia estava indo para o vinagre quando já era tarde demais.
Também desacreditar o voto eletrônico é mais um desgaste desnecessário, que da mesma forma só regozija aqueles que tem Bolsonaro como ídolo.
Acreditar que isso levará o povo às ruas, caso perca a eleição, para recolocá-lo na cadeira presidencial assemelha-se a Jânio Quadros que, ao renunciar à presidência e tinha essa mesma expectativa, acabou se frustrando.