quarta-feira, 27 de julho de 2022

Momentos difíceis, como resolver?




Há uma percepção coletiva que vivemos momentos difíceis.
É uma percepção correta.
Cada um, a seu modo, fala mal dos políticos, fala mal dos ministros do STF, fala mal dos altos funcionários públicos que adquiriram toda uma sorte de privilégios, fala do mal do atual presidente e fala mal do suposto futuro presidente.
Muitos, até, falam, com saudosismo, do passado.
Esses tem em sua memória uma recordação de que vivíamos tempos melhores.
De certa forma, ele tem razão.
Entretanto não conseguimos enxergar a solução.
Focamos de forma equivocada. 
Apenas falar mal não resolve o problema!
Só nos traz mais angustia.
A primeira ação que temos que ter é parar de falar mal.
Para podermos enxergar a raiz do problema sem paixão.
Na minha visão, o problema está no fato de que passamos a votar em celebridades, mitos, carismáticos, populistas, mas que de política pouco ou nada entendem.
Esses eleitos, quando chegam ao poder despreparadas, acabam por estragar tudo aquilo de bom que recordamos do passado, votando leis de péssima qualidade.
Não fazem por maldade.
É por incompetência mesmo.
Como primeira conclusão podemos agora entender que tudo o que está ai de ruim, foi objeto de uma lei.
Quando repetimos aquele dito popular de que a policia prende e a justiça solta, isso acontece porque as leis contra os bandidos foram abrandadas.
E olha que o que não falta são leis!!
Todo dia uma nova lei é criada sem uma visão sistêmica.
Tentam remediar uma causa que emocionou o povo e acabam criando leis sem o menor sentido.
Não importa quantidade de leis.
Importa termos leis de qualidade!
Sim porque, em tese, o juiz é obrigado a julgar à luz da lei.
Por haver conflitos nas leis ou há abrandamentos nas leis, o juiz vai julgar dentro desses parâmetros.
Veja, nesse momento não estou nem olhando a questão da corrupção, que é outro mal que nos contaminou.
Isso fica para outro momento.
A minha segunda conclusão é que se queremos um Brasil melhor temos que ter poucas leis, mas leis de qualidade.
Para que sejam feitas leis de qualidade precisamos eleger bons parlamentares.
Então, como terceira conclusão entendo que a culpa é nossa!!
Não culpa sua ou minha, individualmente.
Mas da sociedade como um todo, que elege um bando de parlamentares de péssima qualidade.
Além desses há aqueles que vão pra política pra atender seu ego, pra resolverem os problemas pessoais deles, da família e dos amigos e, para serem eleitos,  distribuem migalhas aos eleitores de seu curral eleitoral.
Como esperar que do nada as coisas possam melhorar?
Não vai!
Temos que agir.
Enquanto continuarmos elegendo essa turma, o Brasil vai continuar cada dia pior!
Como acabar com isso e começarmos uma vida nova?
Uma vez que tenhamos entendido o problema, temos que, cada um de nós, agirmos como cidadãos que realmente querem um Brasil melhor.
Devemos mostrar ao próximo o problema e sua solução.
É um trabalho de formiguinha, é verdade, mas, dentro da democracia é o único caminho a seguir.
Não ha atalhos.
Acreditar que vira um ser ungido dos céus e que será o salvador da pátria, isso não existe.
Muito menos a ditadura é o caminho.
Por melhor que fosse o ditador, o poder concentrado nas mãos dele acabaria desvirtuado e o problema, além de não ser resolvido, piorará.
Devemos exercer a democracia não apenas no voto.
Mas, no voto consciente.
E isso é um ato que cada individuo deve realizar.
Se começarmos hoje essa conscientização quem sabe no futuro conseguiremos chegar a um Brasil melhor!

quarta-feira, 20 de julho de 2022

O desgaste da democracia brasileira

 




Uma analise política mais sensata concluirá que Bolsonaro realmente sofreu desgaste em função da pandemia e da invasão da Rússia na Ucrânia.
Nessa analise, também, deve-se esquecer de todos os demais problemas que ocorreram durante sua gestão, criados por ele próprio.
De uma maneira geral, o povo tem memória curta.
Se já não esqueceu dos problemas com a gestão dele, pelo menos abrandou sua critica.
O que conta daqui pra frente é a agenda positiva promovida por seus aliados no Congresso.
Bolsonaro conseguiu a redução nos preço dos combustíveis e um pacote de bondades para os mais pobres, que são numericamente decisivos para reelegê-lo, possibilitando a recuperação do desgaste sofrido.
Essa será a memória presente na hora do voto.
Para isso, um político com ambições eleitoreiras utilizaria todo seu tempo falando dessas conquistas.
Entretanto, o que faz Bolsonaro?
Ao invés de surfar nessa agenda positiva continua sua agenda de ataques a urna eletrônica, ao TSE e aos ministros do STF.
Será que realmente essa agenda conflituosa faz com que ganhe mais votos?
Acredito que não.
Está se tornando transparente que há outros interesses não revelados e que, quando nos dermos conta, estaremos subjugados a quebra da democracia.