domingo, 29 de março de 2015

Apertem os cintos.....O piloto soy yo!

Eram os idos anos da década de 90.
Naquelas férias de julho, havia programado levar minha mulher e filhos para conhecer o México.
Primeiro conhecemos a cidade do México.
Depois de alguns dias voamos para Cancun onde ficamos num hotel maravilhoso, que se chamava Camino Real.
Hoje tem outro nome.
Localizava-se ao norte, na esquina da ilha de Cancun, na chamada zona hoteleira.
Depois de alguns dias em Cancun, decidimos conhecer a ilha de Cozumel.
Fomos ate Playa Del Carmen para fazer a travessia com um aliscafo.
Aliscafo é um barco que tem asas ligadas ao casco.
Isso permite a emergência da totalidade do casco, provocando uma redução significativa na fricção com a água e possibilitando alcançar uma elevada velocidade.
Ficamos por la alguns dias.
No retorno a Cancun, decidi voltar de avião.
Tinha bilhetes da Aero Cozumel.
Chegando ao aeroporto de Cozumel fui até o balcão da companhia.
A atendente no balcão explicou que o avião disponível era pequeno e que não haveria lugar para todos naquele dia.
Como já havíamos deixado o hotel, insisti que precisávamos voltar naquele dia.
Disse que poderia ir na cabine do piloto.
Ela respondeu que não poderia, pois não era piloto.
Respondi que sim, que era piloto.
Não estava mentindo.
Realmente estava em treinamento para ser piloto....de ultraleve.
Já havia comprado um aparelho da Microleve e tinha tido algumas aulas de decolagem, navegação e pouso, com meu amigo e instrutor, o cantor da jovem guarda Dudu França.
Mas, ainda não estava brevetado.
Soq eu isso eu não revelei.
Ela ficou de verificar a possibilidade.
Voltou em seguida com a informação que poderíamos embarcar.
Eu iria na cabine do piloto e meu familiares ficariam junto com os demais passageiros.
Em poucos minutos fomos autorizados a fazer o embarque.
Tivemos que ir caminhando ate a aeronave.
Éramos um total de 10 passageiros e um piloto.
Era um avião antigo, com 3 motores a hélice.
Dois motores ficavam nas asas e um terceiro no leme.
Nunca tinha visto esse tipo de avião.
A entrada era através de portas laterais, como se fosse um carro.
Ao me aproximar do avião o piloto me chamou para que embarcasse pela porta que dava acesso a cabine.
Todos acomodados, o avião decolou.
O piloto ate então estava calado, cumprindo o ritual.
De repente, perguntou-me se era piloto.
Respondi com um sim, com a boca seca.
Ele disse, então, para que eu assumisse o controle da aeronave.
Eu falei no meu portunhol que não conhecia aquela aeronave.
Mas, ele insistiu, mostrando-me uma determinada direção para nos dirigirmos ate Cancun.
Aquiesci.
O piloto me orientou que deveria manter a aeronave na rota.
Assumi o comando.
Estava eufórico!
Agarrei o manche com a mão firme.
Não havia necessidade, pois não havia nada a fazer.
O avião estava estabilizado e na rota.
Durante o vôo não precisei fazer qualquer correção na rota.
O vôo levou uns quinze minutos.
Foram os mais longos da minha vida.
Foi quando avistei abaixo o aeroporto de Cancun, a minha direita.
O piloto disse que eu fizesse as manobras para pouso.
Comecei a suar frio.
Disse para o piloto que ele acertasse os manetes do motor para o pouso, enquanto eu fazia os procedimentos de pouso.
Ele concordou.
Enquanto ele reduzia a potencia dos motores, eu acionei o manche para a posição de descida e fazia a curva à direita para alinhar o avião com a pista.
Sabia fazer esses procedimentos.
Foi quando o piloto disse calmamente que estávamos numa descida muito acentuada.
Eu argumentei que era assim que fazia com o ultraleve, para forçar o contato com a pista.
Ele disse que se continuasse naquela posição iríamos chocar no chão. 
Meu filho Rodrigo, que a tudo acompanhava atentamente, ao ouvir isso, ficou assustado.
Pedia que eu não pilotasse mais o avião, dizendo que eu não era piloto.
Pedi a ele calma, que estava fazendo tudo certo.
Mas, diante da insistência e percebendo o risco que poderia expor a todos, larguei a mão do manche e pedi ao piloto que assumisse o comando total.
Mesmo porque estávamos na final do pouso.
Entretanto, com esse meu procedimento, fizemos o pouso próximo a cabeceira da pista.
O piloto disse que pousamos muito antes do ponto de contato. Como a pista era longa ele resolveu brincar.
Ao tocar o trem de pouso sob as asas, ele manteve a aeronave com a bequilha dianteira elevada, sem tocar no chão, puxando o manche.
Enquanto cantava alegremente uma musica cucaracha mexicana.
Ai eu fiquei assustado.
Mas, tudo bem, chegamos tranqüilos.
Porque conto isso?
Porque, diferentemente daquilo que imaginamos, os pilotos são gente como a gente.
Estão sujeitos a todas as emoções que temos.
No caso, houve sim uma dose dupla de irresponsabilidade.
Minha e dele.
Ele quis testar minhas habilidades.
Embora em momento algum ele tenha solicitado minha identificação como piloto.
Ate porque não a teria.
Eu quis provar que era piloto, sem o se-lo.
Embora acreditasse que o piloto estivesse o tempo todo monitorando meus procedimentos, houve um risco.

Não foi desta vez que houve um acidente aéreo.


Imagem do modelo do avião


sexta-feira, 27 de março de 2015

Sem graça Foster!

Em 1984, eu era um pequeno empresario da construção civil.
Por um desses arranjos do destino, fui convidado por um dos sócios e aceitei o desafio de ser vice presidente de uma grande empresa familiar, cujo nome não vou revelar, por uma questão de ética e não ter nada a ver com o caso. 
Naquela época, a inflação corria solta.
Para proteger o dinheiro depositado no banco, havia uma aplicação financeira chamada Over Night, na qual todos aplicavam o saldo bancário. 
A primeira coisa que fiz chegando na empresa foi solicitar os saldos bancários e os valores das aplicações financeiras. 
O responsável, diretor financeiro, afirmava categoricamente que tudo estava em ordem. 
Mas, meu instinto de empresario, não ficou satisfeito com uma adjetivação.
Exigi que ele me apresentasse com números a posição financeira da empresa.
Ele relutava, pois dizia que era de confiança da família detentora da empresa.
E de fato era.
Mais do que isso, era considerado um membro da família!
Já eu....
Era um estranho no ninho. 
Não havia motivos para eu ter uma suspeição sobre ele.
Afinal ele estava na empresa ha 30 anos! 
Mas, quando se procura....
Acha-se.... 
Acabei descobrindo que o tal diretor deixava de saldo na conta bancaria algo hoje como uns R$100 mil, a titulo de fazer saldo médio na conta bancaria. 
Acontece que esse valor representava algo como uns R$40 mil de juros que deixavam de ser recebidos pela empresa. 
Mas, não por ele!
Que fez um conchavo com o gerente....
E embolsava essa importância. 
Foi ai que descobriu-se de onde vinham os prêmios que o dito cujo dizia que ganhava toda semana, com apostas no Jóquei Club. 
E todos acreditavam!!!!
A partir dai todo o saldo da empresa passou a ser aplicado.
Como consequência, espalhou-se o boato que eu dei azar para ele.
Ele parou de ser premiado!
Por que conto isso? 
Porque eu um simples jovem, com 32 anos, com pouca experiencia, fui capaz de farejar um desvio financeiro e a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, com uma carreira dentro da empresa, não? 
Faz me rir vê-la na TV dizer que sente vergonha.
Vergonha sentimos nós! 
Ela vir a publico e dizer que não sabia que a Petrobras estava sendo roubada, é vilipendiar nossa inteligencia.
Ou é porque ela é extremamente incompetente ou porque fez parte do butim!

domingo, 22 de março de 2015

Problemas a bordo do voo Salvador a São Paulo pela Varig .

Na década de 60/70, durante as férias de julho, virou habito meu pai promover viagens de carro com a família.
As estradas estavam em bom estado de conservação, mas tinham a características de serem singulares. Tinham uma pista com dupla faixa de direção.
Mesmo assim, em função do trafego ser de baixa densidade, havia certa segurança contra acidentes.
Os motoristas de caminhão eram cordiais.
Através de um código com o pisca pisca sinalizavam quando era possível ou não uma ultrapassagem.
Quando piscava na direita, a ultrapassagem era possível.
Quando piscava na esquerda, não.
Ao ultrapassar a gente dava uma buzinada de agradecimento.
Em 1971 o destino foi o Nordeste.
Tinha 19 anos.
Fomos, meus pais e meus irmãos, num Chevrolet Opala.
Na ida, a aventura foi pelo sertão nordestino, até Fortaleza.
Na volta, seguimos pelo litoral nordestino, passando por todas as capitais, ate chegar a Salvador.
Já estávamos viajando há quase 30 dias.
Começou a entediar.
Estava cansado de tanto rodar pelas estradas.
Resolvi, então, voltar de avião, de Salvador para São Paulo.
Sempre gostei de voar, apesar de ate então ter voado pouco.
A ultima viagem de avião que havia feito foi ida e volta de Brasília ate Belém do Pará.
Estávamos também em férias de julho.
Havíamos ido de carro até Brasília.
Lá meu pai resolveu fazer o restante do trajeto por avião.
O piloto permitiu nosso acesso a cabine.
Fizemos a festa.
Mexíamos nos comandos, sob a supervisão dele.
Foi emocionante.
Fechar essa viagem pelo nordeste com um voo seria sensacional.
Entretanto, meu pai disse que não pagaria a viagem.
Como tinha um dinheiro na caderneta de poupança, pedi para meu pai comprar a passagem, que eu o reembolsaria em São Paulo.
Ele comprou da Varig, na época a melhor companhia aérea do Brasil e no mundo.
voo era vespertino e fazia uma escala no Rio de Janeiro.
Peguei a poltrona da janela esquerda.
Ao embarcar fiquei imaginando poder ver o Rio de Janeiro da cabine do piloto!
Fiquei eufórico com a ideia.
Como era costume na época, o serviço de bordo nos aviões era completo.
Havia refeição variada e bebida alcoólica à vontade.
Tão logo o avião decolou comecei a beber uísque importado.
Como não tinha habito de beber, somado ao efeito da altitude e da pressurização, rapidamente fiquei um pouco zonzo.
Como estava encerrando o serviço de bordo, achei que aquele era o momento de ir para a cabine do piloto.
Solicitei a aeromoça, que é como se chamava a comissária de bordo, que ela perguntasse ao comandante da aeronave se eu poderia visitar a cabine.
Na década de 70 essa prática era sistematicamente proibida, em razão de sequestros de avião.
Evidentemente, a aeromoça retornou com um sonoro não.
Fiquei indignado.
Reclamei dizendo que não era um terrorista.
Era apenas um fanático por aviões.
Ela manteve a proibição.
Disse que, se quisesse fazer uma reclamação, que o fizesse por escrito.
Entregou-me um formulário próprio.
Eu peguei.
Escrevi severas criticas sobre a atitude do comandante, assim como contra o estabelecimento da proibição.
Solicitei que a aeromoça entregasse o formulário ao comandante.
Ela dirigiu-se a cabine e o entregou.
Pousamos no Galeão.
Como estava sentado junto à janela, fiquei olhando com curiosidade o aeroporto e os aviões estacionados.
Naquela época não havia fingers.
O acesso e desembarque eram na pista, por uma escada.
Enquanto acompanhava a colocação da escada junto ao avião, observei que nas proximidades havia alguns homens fortes, mal encarados.
Assim que foi aberta a porta da aeronave eles subiram.
Vieram pelo corredor do avião em minha direção.
Ao se aproximarem pediram, gentilmente, que eu os acompanhasse.
Respondi que não o faria.
Disse que estava indo para São Paulo.
Eles se identificaram como agentes da policia federal.
Insistiram que deveria descer e acompanhá-los para uma conversa.
Um deles disse que depois eu voltaria para prosseguir a viagem.
Os demais passageiros observam a tudo, calados.
Quando me pegaram pelo braço e me puxaram, instantaneamente, recobrei a lucidez.
Pensei:
- Estamos na ditadura militar. Se descer serei preso. E, quem sabe, vão sumir comigo. Nunca mais meus pais vão me ver. Preciso agir rápido e ter um bom argumento para demovê-los.
Lembrei que portava uma carteira funcional de meu pai, que era assessor legislativo da Assembléia do estado de São Paulo.
Enquanto pegava a carteira no bolso, disse com firmeza e em voz alta.
- Me solta. Por favor. Vocês não sabem com quem estão falando.... Eu sou filho do presidente da Assembléia Legislativa do estado de São Paulo. Se mexerem comigo vão arrumar encrenca pro lado de vocês.
Apresentei a carteira funcional do meu pai, junto com minha carteira de identidade.
Um deles as pegou e examinou.
Estava tenso, mas mantinha a postura de filho de autoridade.
Olhava de cabeça erguida.
Percebi que ele reconheceu uma relação entre as carteiras, pelo fato de ter "Junior" ao final do nome de meu pai.
Ele olhou novamente o brasão do estado do estado de São Paulo e me devolveu as carteiras.
Conversou alguma coisa com os colegas.
Soltaram meu braço.
Pensei:
- Ufa! Acreditaram em mim.
Sentindo-me confiante indaguei o que estava acontecendo.
Um deles respondeu que houve uma reclamação do comandante quanto a meu comportamento a bordo.
Respondi que de fato havia bebido um pouco alem da conta. Mas que agora estava tudo bem.
Eles me perguntaram do porque eu querer ir ate a cabine.
Respondi com tranquilidade que gostava de aviões. Que meu sonho era ser piloto de avião.
Disse, também, que sempre que voava visitava a cabine. 
Completei dizendo que foi a primeira vez que fui barrado.
Eles voltaram a conversar entre si.
Depois, foram conversar com a chefe das aeromoças.
Finalmente, disseram que poderia seguir viagem.
Desceram da aeronave.
Senti um alivio.
Comecei a tremer as pernas.
O coração disparou.
Pensei:
- Que susto que passei!
Um sentimento de vergonha pelo vexame passado se apossou de mim.
Olhei ao redor para observar a reação dos demais passageiros.
Agiam como se nada houvesse acontecido.
Todo mundo com cara de paisagem.
Pensei:
- Deixa pra lá. Se eles agem como se nada tivesse acontecido, vou fazer o mesmo. Preciso agora é relaxar.
Apertei o botão para chamar a aeromoça.
Ela veio até mim.
Solicitei uma dose de uísque.
Ela respondeu que eu não estava autorizado a beber mais nada alcoólico a bordo.
Respondi:
- Como assim?
Ela disse que os agentes proibiram que bebesse qualquer coisa alcoólica ate chegar ao destino.
Pensei:
- OK. Safei-me de uma boa. Deixa eu ficar quieto. Não vou mais arrumar confusão.
Pedi, então, uma coca cola.
O pior tinha passado.
O avião decolou e cheguei ileso a São Paulo.

CET - 2



Essa ciclo faixa é "hors concours".
Sem maiores comentários.


CET uma vergonha!

Eu, na qualidade de engenheiro, me envergonho ao ver que a C.E.T., Companhia de Engenharia de Trafego, estampa em seu nome a palavra       "Engenharia".
A qualidade dos serviços engenharia é péssima.
Não pode ser feita por profissionais.
No entanto, o diretor de planejamento da C.E.T., Tadeu Leite Duarte diz com a maior desfaçatez: 
" As ciclovias de São Paulo são feitas por engenheiros capacitados, com registro no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo). Não tem adaptação, não tem improviso".
So não conseguiu explicar como pode ser instalada em uma rua sem calçada, a Rua Caio Graco da Silva Prado, no Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.




Mas, a incapacidade desse órgão publico não fica por ai.
Veja essa placa.
Erraram no português!!!!
Ao invés de escreverem pedestre....
Escreveram predeste!!!!!
É uma vergonha!!!!



Big Brother Brasil de petistas....


Lembra quando Zé Dirceu promoveu uma vaquinha entre os "cumpanheiros" pra pagar multa imposta por sua participação criminosa no Mensalão?

Agora, tomando conhecimento de que ele "faturou" em consultoria suspeita do PETROLÃO quase R$30 MILHÕES!!!!.....
Veja o Big Brother dos "cumpanheiros"


A vida como ela é...


Consequência da omissão


Ta entendo porque falta água?
E não é falta de legislação, não.
Há uma excelente legislação vigente de preservação dos mananciais!
Desde 1975!!!
Foi promulgada pelo governador Paulo Egydio Martins ha 40 anos atrás!.
Naquele tempo, havia gente que pensava e estava preocupada com o futuro!
Hoje, ninguém esta nem ai.
Mas, faltou ação firme dos governos e da maquina publica que o sucederam.
Tanto estadual como municipal.
Faltou ação cívica!
Abundou ação demagógica!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Temos que voltar as ruas....

O governo veio a publico e impôs medidas que visavam restabelecer o equilíbrio das contas publicas.
Para mim, começou errado.
Não cortaram as despesas que esperávamos que fossem cortadas.
Mas, mesmo assim, foi um passo a frente. 

Enviou ao Congresso, um pacote com medida provisoria para esse fim.
O Congresso, por sua vez, devolveu o pacote, por considera-lo uma afronta ao legislativo, pois o correto seria um projeto de lei.
Enquanto isso, tramitava no Congresso a aprovação do Orçamento da União para 2015.
Seria o momento do Congresso agir com responsabilidade e promover cortes no Orçamento. 
Mas, não! 
TRIPLICOU a previsão orçamentaria de gastos com financiamentos de partidos.
Isso é um escarnio!
Temos que voltar as ruas e fazer uma revolução.

terça-feira, 17 de março de 2015

Dilma e os protestos.

Dilma após os protestos, veio a TV e  disse:
“Lutei para que as pessoas pudessem ir às ruas”
Dilma, escuta aqui....

A sociedade brasileira nunca clamou terrorismo para derrubar o regime militar.
De onde você tirou isso?
É bom resgatar a memória das coisas.
Quando ocorreu o golpe civil-militar, em 1964, não foi um golpe dos militares contra a sociedade civil.
Mas, um golpe na qual a sociedade civil participou e apoiou.
Fez, inclusive, marcha pedindo aos militares assumissem o poder, no governo Jango. 
Isso é fato.
É fato também que João Goulart quis seguir o modelo getulista, mas não tinha a mesma capacidade articuladora.
Jango perdeu o controle e viu-se diante de greves sucessivas comandadas pelos sindicatos, rebeliões militares e movimentos populares nas ruas.
Naquela época, talvez acostumados pela acomodação social, esse cenário acabou criando uma instabilidade política que propiciou o golpe.
O Brasil também vivia na política uma corrupção muito grande.
Por outro lado, havia um grupo de pessoas mais idealistas.
Havia uma intelectualidade, artistas, músicos e outros chamados de esquerdistas, que eram influenciados utopia socialista difundida pela União Soviética e Cuba.
Era uma alternativa que alguns julgavam certa para romper com o modelo feudal brasileiro.
Sim, porque naquela época o Brasil não era capitalista!
Era feudal!
Era uns pais atrasado e corrupto.
Campo fértil para todos aqueles que queriam uma nova ordem. Também é importante ressaltar que Cuba montou uma máquina de exportação de guerrilheiros.
Se espalharam por toda a América Latina, que também vivia um grande atraso perante o mundo desenvolvido.
E arregimentou alguns brasileiros para formar guerrilheiros.
Foi contra essa máquina de guerrilha que os militares mudaram seu foco.
Até então, estavam em missão de restabelecimento da ordem que a sociedade almejava.
O plano era restabelecer a democracia em curto espaço de tempo. O resto é história que conhecemos.
Dilma, não queira reescrever a história pela sua ótica. 
Se você e sua gangue optaram em fazer terrorismo foi porque vocês quiseram, por conta e risco.
Aliás, o que vocês, efetivamente, queriam mesmo era implantar um regime ditatorial semelhante a Cuba. 
Que não tem nada de democrático!
Mas, vocês perderam!!!! 
Presta atenção.
Vocês não conseguiram, pela via da luta, assumir o poder. 
Nem resgataram a democracia.
Ao contrário, aproveitaram-se dela para chegar ao poder.
Conseguiram, não nego.
Mas, olha só o estrago que fizeram.
Vocês não são do ramo.
Caia fora, Dilma!

domingo, 15 de março de 2015

Vamos as ruas!

Leio as manifestações de vários amigos, indignados com tudo que temos assistido.
É nítido o julgamento condenatório que todos fazem contra o PT.
As acusações contra Dilma.
Mas, vamos parar para uma breve reflexão.
Voltemos no tempo.
Lembra do governo FHC?
Para mim, pessoalmente, a década de 90 foi uma década perdida.
Começou com Collor congelando a poupança.
Muita gente quebrou!
Depois, com o plano Real, os juros lá nas alturas, foi a vez da ciranda financeira.
Quem tinha aplicações financeiras ganhou fabulas.
Quem tinha negócios, como eu tinha na construção civil, viu minguar as oportunidades.
Muita gente quebrou!
Não foi o meu caso.
Mas decidi deixar de ser pequeno empresário.
Cansei.
Para mim, vi todo aquele sofrimento com olhos no futuro.
Não fui contra.
Aceitei com resignação.
Acreditava que passado aqueles tempos difíceis, haveria um amanhã melhor.
Entretanto, muitos que se viram de alguma forma prejudicados, optaram pela mudança!
Por outro lado, havia uma alternativa que, teimosamente, vinha há mais de 10 anos lutando para chegar ao poder.
Era Lulla!
Um líder político carismático.
Ainda que de qualidade duvidosa.
Mas, perspicaz!
Viu que havia uma janela de oportunidade aberta.
Amenizando seu discurso, conseguiu levar o PT ao poder.
No começo, seguiu a risca a doutrina de FHC.
Mas, sua real intenção não era ser um estadista.
Queria ser um estatista!
Queria se eternizar no poder.
Para isso loteou toda a maquina publica com sindicalistas e aderentes ao PT.
Não porque fossem qualificados.
Ao contrario.
Eram apenas peças da engrenagem.
Soldadinhos de chumbo!
Interessava era instalá-los em cargos chaves para que a dominação fosse completa.
Assim foi com Dilma.
Basta ver a historia.
Quem foi Dilma no movimento terrorista?
Alguma líder de destaque?
Um Zé Dirceu de saias?
Não!
Era soldadinho de chumbo.
Pau mandado.
Se fosse jihadista já teria morrido com bombas envoltas em seu corpo!
Lulla, habilmente, a colocou no poder, para contornar um problema da democracia brasileira.
Não podia cumprir um terceiro mandato sequencial.
Ela cumpriria esse papel e ele retornaria triunfante.
Voltemos no tempo mais uma vez.
Agora na era Lulla.
Uma parte do empresariado nacional, rapidamente entrou na nau do PT.
E tiveram acesso a bons negócios com o governo.
Ganharam muito dinheiro.
Os mais próximos, distribuíram uma parte entre os amigos do governo.
Por outro lado, houve geração de empregos.
Houve uma melhora salarial.
Todos estavam felizes!
Afinal, a economia estava favorável.
É bem verdade que foi herança do governo FHC e dos ventos favoráveis da economia externa.
Não foi outra a razão para que Lulla tenha atingido 80% ou mais de aprovação!
Acontece que ganhar dinheiro fácil faz cócegas.
Torna a pessoa mais gananciosa.
Não se satisfaziam com a pequena roubalheira que sempre fizeram.
Queriam mais!
Roubar ficou fácil!
E impune!
Como bem sabia nossos ancestrais, lugar onde só se colhe e não se planta, comida há de faltar!
Ai foi o grande erro do PT!
Como não estavam cercados por pessoas competentes, enfiaram os pés pelas mãos.
Conseguiram quebrar o pais.
Mas, a culpa é só deles?
Vamos às ruas só para protestar contra Dilma, contra o PT?
Ou devemos fazer nossa "mea culpa", também?

sábado, 14 de março de 2015

Greve dos professores


Falar em fazer greve...
É mais uma atitude politica promovida pela APEOESP.
Que nada mais é do que um braço politico do PT.
Alguém acredita que estão realmente imbuídos pela melhora do ensino?
Coisíssima nenhuma!

Quais são suas propostas?
Sempre revindicações absurdas, que sabem que não podem ser atendidas.
É a velha fórmula que utilizam na tentativa de neutralizar o repudio ao governo petista federal.
Criam uma situação por aqui, para desviar a atenção.
Ainda mais numa área sensível, que é a educação.

Depois, passado o efeito anestesia, retornam às aulas, do jeito que estava.
Agora, os professores querem realmente revindicar?
OK.
Tem todo direito.
Agora fazer greve....
Perai!
Eu não concordo!
Por mais que tenham razão em suas revindicações.

Os professores, como outras tão importantes, atuam em uma atividade essencial.
Educar um povo é mais do que uma escolha profissional.
É uma escolha de dedicação.
Uma liturgia.
Fazer greve não ira prejudicar ninguém mais do que alunos.

Mas, alguém ai do meio esta preocupado com isso?

sexta-feira, 13 de março de 2015

FIES

Muito se ouve falar do FIES.
Mas, o que vem a ser isso?
FIES significa Fundo de Financiamento Estudantil.
É um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas. 
Em principio, mostra-se como um programa social louvável.
Dai que houve uma grande repercussão o fato da dificuldade enfrentada por aqueles que tentavam se inscrever no programa.
Criou uma indignação generalizada. 
Entretanto, esse programa, na prática, é mais uma outra fonte de desvio de dinheiro publico. 
Explico.
A partir do momento em que o governo federal criou um programa para subsidiar o ensino universitário, despertou um grande interesse nos empresários, que vislumbraram um negocio auspicioso.
Havia uma clientela numerosa a ser atendida.
Muitas faculdades foram criadas por empresários que nunca haviam atuado nesse segmento.
Três grandes questões se apresentaram.
A primeira, foi que a grande maioria da clientela vinha com sofrível desempenho escolar.
Não estavam capacitados para cursar o ensino universitário.
A segunda, foi a falta de ética desses empresários.
Ao constatarem isso, ao invés de denunciar a péssima qualificação, calaram-se.
Optaram por montar verdadeiras fabricas de diplomas mentirosos.
Grande parte das faculdades que absorvem esses recursos, não oferecem um curso universitário decente.
Iludem alguns, que acreditam que sairão capacitados. 
A terceira, foi o fato da grande maioria dos estudantes descobrirem a solução que lhes possibilitava melhorar seus cargos e salários.
Não se importavam em aprender.
Queriam o diploma!
Juntou-se o útil com o agradável.
O resultado dessa armação toda é que houve um grande afluxo de profissionais desqualificados, ocupando o mercado de trabalho.
Como consequência, o mercado ofertado, derrubou para baixo o nível 
profissional dos que verdadeiramente foram preparados. 
E a qualidade dos serviços caíram.
Essa questão toda deve ser melhor discutida.
Mas, não nesse governo que nada ve, nada sabe.

Irritação permanente

Estou vivendo um momento difícil.
Vivo em estado de irritação permanente.
Não aguento mais assistir o cinismo daqueles que assaltaram os cofres públicos e se defendem com argumentos insólidos.
Foram pegos na delinquência?
Reconheçam seu erro. 
Desculpem-se.
Devolvam o que roubaram.
Respeitem a inteligencia das pessoas.
Ontem, assistindo o depoimento do ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli na CPI do Congresso, fiquei revoltado.
Primeiro porque ele não faz parte da lista de investigado.
Era apenas uma testemunha.
Como assim? 
Ele foi o presidente da Petrobras no período da roubalheira!
Mas, conseguiu se safar.
Talvez porque se fosse envolvido, muita coisa ele seria capaz de revelar.
Na condição de testemunha, Gabrielli repetiu, a exaustão, um mantra curioso.
Dizia que na Petrobras, houve apenas um roubo localizado praticado por funcionários desonestos.
Se estivesse presente à reunião, seria capaz de meter-lhe a mão na cara.
Não que seja a favor da violência física.
Ao contrario.
Mas, senti-me mais uma vez insultado em minha inteligência.
Vilipendiado!
Como não houve roubo sistêmico na Petrobras?
Foram roubados bilhões. 
Como isso passou despercebido?
Afinal, não havia toda uma Diretoria, Conselhos, Auditorias.
Que custou uma fortuna, pois suas remunerações são elevadas!
Como ninguém desconfiou de nada?
Como ninguém percebeu, no mínimo, que havia um desperdício, uma irresponsabilidade com o patrimônio da empresa?
Todos que lá estavam acharam que tudo estava normal?
Isso vai além da incompetência.
É o reconhecimento explicito da instalação de uma quadrilha.

domingo, 8 de março de 2015

A sociedade mostrando suas mazelas

Duas crianças, de 6 e 12 anos, foram apreendidas após atacarem e roubarem o cordão de uma mulher no Rio de Janeiro.




Isso não é uma cena normal ou admissível.
Este é o retrato de onde chegamos com a sociedade brasileira.
Falência total!
Não é a pobreza que os faz assim.
Ainda que neste caso são crianças pobres.
É bom lembrar que ate um passado recente...Muitos que já foram pobres continuaram pobres.
Outros conseguiram, pela sua obstinação e ambição, subir na escada sócio econômica.
Mas, todos, sempre observaram as regras sociais.
Por razões que não sei explicar, os princípios básicos que norteiam o convívio social foram rasgados e jogados fora. 
Em todas as camadas sociais.
Uma nova ordem foi estabelecida, baseada na desonestidade, na trapaça, no individualismo frenético.
Como consequência, mães e pais procriam inconsequentemente, respondendo a seus instintos animais.
Que são resgatados para expandir ao limite suas vontades de entretenimento.
Mas, que são rapidamente superados, na continuidade dessas mesmas vontades.
Largam seus rebentos ao sabor das amarguras da vida.
Os que tem melhor condição enchem-nos de presentes para superar sua ausência.
Mas, não transmitem a educação social.
Como o ambiente social tornou-se promiscuo, tudo o que for obtido de forma desonesta e trapaceira torna o autor uma celebridade. 
Como não podia deixar de ser, os infantes, dentro de sua inocência, copiam o que acreditam ser o que deve ser copiado.

domingo, 1 de março de 2015

Reflexões politicas

Criticamos nossos políticos.
Mas, já fizemos uma auto analise de nos mesmos?
É difícil, concordo.
Primeiro, porque temos a convicção que estamos sempre certos.
Os outros é que estão errados.
Em seguida, encontramos um culpado por tudo isso.
Ora é nossa origem lusitana.
Ora é a falta de educação escolar.
Sempre haverá um culpado, que não nos mesmos.
Concluímos, então, que a única saída é mudar de pais!
La, tudo será diferente.
Iremos para uma Pasárgada.
“Lá sou amigo do Rei...
Aqui eu não sou feliz...
Em Pasárgada tem tudo.
É uma outra civilização.”
Agindo assim, desmascaramos, de vez, nossa cultura individualista.
Mais do que isso, nossa total falta de cidadania.
Não pensamos no coletivo.
No caso da segurança publica, por exemplo, toda vez que atinge alguém do andar de cima ficamos revoltados.
Mas, passa logo.
Tão logo resolvemos nosso problema individual de segurança, comprando um carro blindado ou tendo acesso a uma segurança privada, imediatamente deixamos de nos preocupar com a segurança pública.
Que se danem os outros.
Eu e minha família estamos protegidos.
Mas, agimos exatamente assim com tudo.
Há uma cultura enraizada.
A cultura do levar, individualmente, vantagem em tudo.
A cultura do eu posso tudo.
A lei?
Ah! A lei é para os outros.
E outras culturas devastadoras que impedem uma boa e justa convivência social.
Enquanto não mudarmos nossa cultura atrasada, talvez, nunca mudemos nossa realidade.
Por outro lado, há diferenças entre as pessoas?
Sim, claro que há.
Não é por minha vontade ou decisão.
Pura constatação.
Não adianta imaginarmos que todos são iguais e agirmos como se isso fosse uma verdade absoluta.
Não é.
Concordo que deve ser uma meta a ser atingida.
E perseguida o tempo todo.
Mas, temos que entender que isso só acontecera após um processo, cujo tempo será definido pelas opções que fizermos.
Pode ser mais curto, como pode ser mais longo.
Se pertencemos a uma chamada elite, cabe a nós o comando da nação.
Não para se locupletar.
Mas, para liderar, dentro do processo natural e existencial dos seres vivos.  
O fato concreto é que, movidos pela nossa cultura, deixamos a política correr solta.
Permitimos ser tomada pela corja que lá se alojou.
Reclamamos com razão.
Assistimos a uma escalada de assalto aos cofres públicos inimaginável!
Mas, a culpa do PT chegar ao poder e desse descalabro todo é de todos nós.
Influenciados pela nossa cultura, muitos, que no inicio eram reticentes, se entregaram a sedução.
Acabaram ganhando muito dinheiro nesse governo.
Equivocadamente, atribuímos aos menos desfavorecidos a continuidade desse governo.
A verdade é que eles só pegaram as migalhas caídas do colo dos que se enriqueceram.
Muitos envolvidos na cadeia produtiva e comercial de bens de consumo e bens duráveis, outros em operações financeiras, enfim, todos foram beneficiados com privilégios no governo petista.
Muitas categorias de funcionários públicos foram cooptadas com aumentos salariais.
Especificamente aquelas, cujo poder de influencia nas atividades governamentais, permitiram o livre transito dos políticos, no poder, sem freios.
Outros, em decorrência do crescimento econômico mundial, que vivenciamos no governo Lulla, também pegaram seu quinhão.
Não foi por acaso que esse governo conheceu altos índices de aprovação.
Ate enxergarmos a dura realidade.
Outra dificuldade que temos.
Distinguir o joio do trigo.
Enquanto era festa, era só alegria.
Agora chegou a conta.
Não existe almoço grátis.
Os mesmos que antes se lambuzaram agora começam a reclamar.
Ou mudamos nossa conduta.

Ou sempre seremos brasileiros com pensamento colonialista e depredatório.