quinta-feira, 30 de março de 2023

A dialética no combate a emissão de carbono


A União europeia estabeleceu o ano de 2035 como data para deixar de produzir carros movidos a combustível fóssil.
O objetivo dessa medida é combater a emissão de carbono.
O caminho para atingir essa meta já esta em andamento: 21% da media dos carros novos europeus são elétricos!
A China segue o mesmo caminho, com 27% das vendas de carros elétricos.
A media mundial ainda é baixa: 13%.
No Brasil, caminhamos de maneira incipiente: 0,1% da frota é hibrida ou elétrica.
Entretanto, fica a pergunta que não quer calar:
De que forma sera produzida a energia elétrica para abastecer esses veículos?
Hoje, a produção de energia elétrica mundial é predominantemente advinda de usinas que funcionam a base de carvão mineral, óleo ou gás natural!
A energia elétrica para abastecer os carros elétricos então não combate efetivamente  emissão de carbono, como querem parecer.
Utilizam de subterfúgios para enganar a quem?
Embora no Brasil tenhamos uma frota baixíssima de carros elétricos, por outro lado, a matriz de geração elétrica esta em quase 83% constituída por fontes hidráulica, solar, eólica e biomassa.
Isso sem contar a energia do etanol, que é de fonte renovável!
Enquanto isso no resto do mundo, a produção media de energia elétrica "limpa" esta na casa dos 29%!
Portanto o Brasil, está sim combatendo a emissão de carbono de maneira clara e transparente.
Ou seja, o Brasil, no quesito de produção de energia "limpa", está num patamar confortável.
Para manter a vanguarda nesse tema, deveria o governo brasileiro estabelecer como meta o aumento da produção interna e comercialização de carros elétricos, como faz o resto do mundo.
Assim como o resto do mundo deveria, simultaneamente às metas mundiais de produção de carros elétricos, estabelecer metas de mudança da matriz energética com a mesma ambição.
Mas não dão noticias auspiciosas nesse sentido.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Quem é o culpado pelas altas taxas de juros?


Quando Lula reclama dos juros altos da SELIC e coloca a responsabilidade sobre isso no presidente do Banco Central, ele o faz com duas intenções.
A primeira é agradar a população mais pobre, que sente os efeitos da alta taxa de juros no seu dia a dia.
O povo enxerga que a inflação ocorre por conta dos juros altos.
Desconhece que os mecanismos do estabelecimento da taxa de juros SELIC tem como objetivo combater a inflação.
Aliás, esta ocorrendo aumento das taxas de juros, nos países do primeiro mundo, para combater a inflação.
Assim, esse povo acaba acreditando que Lula os está defendendo.
Na verdade Lula pretende é se defender de sua própria culpa.
Quem entende do assunto sabe que responsabilidade, em parte, é dele.
Alem do combate a inflação, os juros altos, hoje, acontecem com maior intensidade em razão do descontrole fiscal.
Ai entra a segunda intenção.
Como Lula não apresentou, ate o momento, controles orçamentários, que demonstre responsabilidade fiscal, atiça a desconfiança junto ao mercado financeiro, que exige taxas de juros mais altas, e inibe empreendedores de investir e ofertar maior quantidade de produtos para demanda.  
Na verdade a culpa da alta taxa de juros da SELIC é do próprio Lula, que ao invés de se dedicar a trazer credibilidade para o mercado fica com turras e criando crises inúteis.

 


quinta-feira, 23 de março de 2023

Acabou-se fiscal ou arcabouço fiscal?


"Taxa de juros é consequência, não é causa", disse corretamente Flavio Rocha, da Riachuelo.
Enquanto o governo Lula não entender que agir com irresponsabilidade fiscal, ainda que, por enquanto, de maneira retorica, que demonstrar falta de credibilidade e confiança estimulam a manutenção de juros em patamares elevados, os juros não abaixarão.
A questão do arcabouço fiscal, elaborado por Haddad, que poderia ser um sinal positivo para que o BC abaixasse os juros, foi tratado por Lula com descaso.
"Depois que voltar da China resolvo isso"...
Parece ate que Lula age a favor do "acabou-se" fiscal do que a favor do arcabouço fiscal.
Cade o bom senso que Lula demonstrou em seu primeiro mandato?
Deu lugar a um revanchismo irresponsável?

sábado, 18 de março de 2023

Mudança climática destruidora



As civilizações da era do bronze, que viviam na região do Mar Egeu, Sudoeste da Ásia e no Mediterrâneo Oriental, sofreram um colapso, que estudiosos, ate então,  não conseguiam entender como aconteceu.
Recentemente, novos estudos concluíram que houve na região mudança climática, promovida pelas ações exclusivas da natureza.
Essa mudança climática provocou escassez de alimentos, que gerou fome generalizada e como consequência invasões e guerras, que culminaram com a destruição dessas civilizações e de seus lideres.
Estamos, novamente, vivendo um momento de mudança climática no mundo.
Muito embora seja uma ação da natureza, ao invés de mitiga-la, estamos contribuindo com variadas ações que contribuem com a destruição do meio ambiente.
Inexoravelmente, diante do fato que se repete, poderemos sofrer as mesmas consequências das civilizações da era do bronze em escala mundial.
Faltam cabeças pensantes, em posições de poder, para que promovam ações para evitar o pior.
O que se vê são políticos, que diante do problema, acreditam em suas fantasias egoístas de que estão blindados contra o mal que poderemos vivenciar.
Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la.

domingo, 12 de março de 2023

Comportamentos da nossa "esquerda"



A "nova" esquerda da America Latina como o presidente Boric, do Chile, e o presidente Petro, da Colômbia, criticaram duramente a ditadura sangrenta de Ortega, da Nicarágua.
Ate porque aquela ditadura não tem nada de esquerda.
Como outras na America Latina.
Por aqui a "velha" esquerda ficou muda, parada no tempo, acreditando, talvez, ainda haver o ranço da revolução sandinista da década de 80!

Em entrevista ao programa WW, na CNN, Haddad foi feliz em afirmar que tanto a área econômica do governo como o BC devem agir em harmonia na tarefa de estabilizar os preços e conter a inflação.
Cada um exercendo seu papel com responsabilidade.
O governo de esquerda do presidente Boric, no Chile, pensa exatamente assim.
Tanto o é que reverteu o deficit fiscal, que o país experimentava, para um superavit em 22.
A presidente do PT e Lula precisam assimilar essa ideia e parar de criticar o presidente do BC.
Devem agir em consonância com Haddad para tenhamos o mesmo sucesso do Chile.

A velha pratica do "criar dificuldades para vender facilidades" me parece ter sido praticada por Artur Lira, presidente da Câmara Federal.
A declaração do mesmo, esta semana, de que Lula não tem deputados em numero suficiente para aprovar propostas de seu governo, apesar das composições politicas que Lula promoveu na estruturação de seu governo, não foi um aviso de perigo, mas, como disse, me parece propaganda de venda de serviços.
Por coincidência, a CODEVASF, estatal na mão do Centrão, desde o governo Bolsonaro, manteve os mesmos diretores na gestão Lula e assinaram contratos milionários com empreiteiras suspeitas de praticas de irregularidades no passado.

quarta-feira, 1 de março de 2023

E os impostos nos combustíveis voltou!



Evidentemente que todos queremos redução nos impostos.
Mas, assim como a pleiteada redução dos juros da SELIC, estes não acontecem apenas pelo nosso desejo.
Não ha nenhum "gênio" da garrafa que atende nossos pedidos.
Quando se faz pelo exclusivo desejo do governante de plantão, consequências negativas virão juntos.
Para as reduções que desejamos ha necessidade de condições econômicas que permitam tal fato.
Especificamente sobre a reoneração de impostos federais nos combustíveis editada ontem pelo governo Lula, é preciso lembrar que a desoneração aconteceu no ano passado por determinação voluntariosa do governo Bolsonaro.
Era preciso restabelece-la para o equilíbrio fiscal, como corretamente defendia o ministro Haddad.
Bolsonaro não editou a redução do tributo como consequência de uma reforma administrativa, nem de uma reforma tributaria, que rearranjasse os gastos públicos de maneira a ganhar espaço no orçamento para reduzir o tributo a zero ou extingui-lo de forma definitiva.
Aliás seu governo não promoveu tanto a reforma administrativa como a tributaria, necessárias, como havia prometido, também porque as via como um empecilho para sua reeleição.
O fato é que Bolsonaro nunca pensou como um estadista, mas como um politico rasteiro que só pensa em si próprio.
Seu único objetivo foi fazer atos que o ajudassem a ganhar a eleição.