sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Queimadas na Amazonia



Sobre essas questões de queimadas e desmatamento ilegal na Amazônia todos concordamos que trata-se de um crime.
Que deve ser combatido com rigor pelas autoridades constituídas.
Também sabemos que as condições climáticas nessa época do ano propiciam queimadas como de resto acontece em todo canto do mundo nessa situação.
Ai o combate deve ser preventivo com campanhas alertando a população regional sobre o risco.
Assim como um intenso trabalho de bombeiros para acabar com os incêndios e se evitar uma inconveniente devastação maior.
Outro assunto é a exploração de recursos minerais e uso da flora de maneira sustentável na Amazônia é um direito inalienável do povo brasileiro.
Compete ao governo estabelecer normas e ações dentro da Lei para que aconteça com a responsabilidade espertada e necessária. 
São assuntos que quando misturados, como vejo nas acaloradas manifestações de amigos, torna-se uma discussão politica que só interessa aqueles que querem o quanto pior melhor e aqueles que querem impedir o desenvolvimento do Brasil.
Querendo ou não utilizam-se ardilosamente desses fatos para criar obstáculos ao comercio do agro negocio brasileiro.
Que é o carro chefe nas exportações e que trazem vultuosos recursos externos para o pais. 
É preciso agir de maneira inteligente para que isso não traga prejuízos indesejados.
Entendo que temos que discutir ideias e não ficar julgando pessoas que tenham visões diferentes sobre o mesmo problema.
É salutar a diversidade de opinião.
Porque todos aqueles que se preocupam de maneira honesta, no fundo, querem o melhor para o Brasil.
Quando a discussão foge da racionalidade e torna-se passional todos saímos perdendo.

sábado, 17 de agosto de 2019

Macarthismo tupiniquim


Entre 1950 e 1957, semelhante à loucura de Dom Quixote, que via inimigos nos moinhos de vento, o senador americano Joseph McCarthy comandou uma patrulha anti comunista, impondo terror com acusações imprudentes e pouco fundamentadas, assim como ataques demagógicos ao caráter ou ao senso de patriotismo de adversários políticos.
Milhares de americanos, principalmente funcionários públicos, artistas e educadores foram acusados de ser comunistas ou simpatizantes.
Foram submetidos a injustas investigações e julgamentos, que mais tarde, quando revistas, foram anulados.
Mas, a destruição de carreiras virou pagina virada.
Por que me lembro do Macarthismo americano? 
Porque estamos vivendo uma caça às bruxas semelhante aqui no Brasil.
Quem pensa um milímetro diferente do atual governo é demitido e humilhado.
Mas, não fica no âmbito político institucional.
Nas redes sociais é a mesma coisa.
Basta pensar um pouco diferente da massa inconsciente, que é hostilizado.
Na verdade isso não começou agora.
Já na era PTista acontecia a mesma coisa.
Difere que tinha sinal contrario.
Mas, a insanidade era a mesma!
Digo mais.
É um fenômeno mundial.
Nos USA acontece uma xenofobia impressionante contra os latinos, islâmicos, entre outros.
Assim como uma briga comercial “non sense” contra a China.
Com a vestimenta de um populismo não usual aos republicanos, Trump engana seus eleitores com promessa de empregos melhores.
Não que por lá aja desemprego.
Mas, os salários são menores do que já foram no passado.
Há uma insatisfação nessa ponto que Trump explora com mentiras.
É preciso entender que os bons empregos americanos acabaram porque os empresários fugiram para os Tigres asiáticos em busca de custo menores para seus produtos e maior margem de lucro.
Não será impondo impostos a produtos que o emprego retornara.
Ao contrario, encarecerá mais o custo de vida do americano.
Enquanto os custos fora dos USA forem menores, não ha decreto que os empresários retornar.
Atitudes anti democráticas como essa podem desembocar numa ditadura.
Não que veja condições imediatas para isso.
Nem nos USA nem cá no Brasil.
Por aqui, podem trazer muita instabilidade política e tornar a economia mais arrasada do que esta.
A tão sonhada zerada no déficit publico, prometida por Paulo Guedes, não aconteceu e não acontecera tão cedo.
Apesar de estar cumprindo as reformas necessárias, as privatizações e ações positivas, não basta isso.
O presidente já esta batendo a mão no tatame com o risco de paralisação de programas federais, pela baixa arrecadação.
E olha que a carga tributaria é escorchante!
Com toda razão, Bolsonaro afirma que:
“Essa situação em que nos encontramos é grave, não é maldade da minha parte, não tem dinheiro. Só isso.”
Enquanto Bolsonaro continuar com suas declarações voluntariosas, às vezes ofensiva, sem necessidade, com sua prepotência do “eu mando”, não haverá clima de confiança.
É verdade que tanto o poder Legislativo como o Judiciário também tem sua culpa.
Mas, se a economia continuar em recessão quem vai pagar o pato será ele.
Poderemos caminhar para um movimento pendular da opinião publica que pode levar ao poder, de novo, aqueles PTistas, que hoje não desejamos, na próxima eleição presidencial.
Semelhante ao que acontece na Argentina.
É inacreditável que uma chapa identificada com Cristina Kirchner, considerada corrupta e destruidora da economia naquele país, pode voltar ao poder.
Sem julgar o mérito, o fato é que Macri, atual presidente, não conseguiu cumprir a promessa de retorno da classe media ao paraíso.
O povo age e reage conforme o dinheiro esta ou não no seu bolso.
Simples assim.
Então, ficar buscando culpados pelos insucessos do atual governo ou cantar vitoria de arroubos deste não ajuda em nada.
Precisamos de tranquilidade, de confiança!!!!

domingo, 11 de agosto de 2019

Desvendando os impostos



Embora não seja um especialista no assunto, tenho uma visão objetiva sobre os impostos.
Fala-se que há uma infinidade de impostos.
São muitos, é verdade, mas de uma maneira geral é o que se cobra no mundo afora.
Aqui temos alguns que são os mesmos cobrados por arrecadação diferentes apenas no nome e que poderiam ser agrupados num só.
Por exemplo, PIS, COFINS, CSLL, COFINS é o mesmo imposto, pois incide sobre a mesma base.
Apresentam-se como diferentes, pois são carimbados para gastos específicos.
Então o que tem que ocorrer é quebrar o carimbo do gasto engessado dessas arrecadações e torna-la única.
Com isso ao invés de quatro documentos de arrecadação haveria um único.
Entretanto isso ocorre apenas na esfera federal.
Não acontece o mesmo na esfera estadual nem municipal.
Os demais impostos federais como IPI, cobrado de indústrias, também poderia ser incluído no quarteto acima.
Entretanto, Imposto de Renda é um imposto que deveria continuar existindo independente de outros, como ocorre no resto do mundo.
O mesmo acontece com o INSS, que é a contribuição previdenciária.
FGTS não é imposto, como muitos acreditam que seja.
Trata-se de um deposito feito por empregadores para formar um fundo que no futuro retornara ao trabalhador.
A menos que se queira acabar com esse fundo, não há o que mexer.
Com a ressalva da cobrança da multa cobrada do empregador,quando da demissão do empregado, que parte dela o governo abocanha indevidamente.
Há ainda Imposto sobre comercio exterior e IOF que não poderiam ser reunidos com os outros citados anteriormente, por serem específicos da atividade.
No âmbito federal o que deveria acontecer é a redução ou extinção obrigatória de repasses aos estados e municípios, como ocorre hoje.
Fazendo isso é possível reduzir a carga de impostos federais.
Evidentemente os estados e municípios, para compensar essa redução e manter o equilíbrio fiscal, deveriam aumentar suas cargas de impostos.
Quanto ao ITR, que é o imposto sobre propriedade rural, deveria ser extinto e ser cobrado como IPTU pelos municípios.
Quanto às taxas, como são cobradas por serviço especifico, é outra estória.
No âmbito estadual, o ICMS é o imposto que no mundo cobra-se com o nome de IVA.
Parte desse imposto é repassado aos municípios.
Aqui esta o maior problema de arrecadação.
Como as alíquotas desse imposto variam por produto, para os comerciantes que manipulam diversos tipos de produto torna-se um trabalho exaustivo.
Isso sem contar que cada estado brasileiro cobrança imposto sobre o mesmo produto de maneira diferente.
Aqui deveria ser o foco de simplificação.
Os estudos da reforma tributaria deveriam estabelecer um critério mais abrangente sobre alíquotas, para acabar com o cipoal de incidência.
As alíquotas por estado ate poderiam ser diferentes, mas a base deveria ser a mesma.
Tem ainda o IPVA, que é o imposto sobre a propriedade de veículos, que também é cobrado em alguns países, com outros nomes.
Há ainda a contribuição previdenciária do funcionário publico, que é cobrado apenas de quem faz parte desse sistema no estado.
No âmbito municipal, o IPTU, que é o imposto sobre imóveis, também é cobrado universalmente.
Já o ISS, que é o imposto sobre serviços, que quando foi criado objetivava cobrar um imposto sobre a mão de obra utilizada no município, poderia de alguma forma estar associado ao ICMS e tornar-se um imposto único.
Em alguns municípios ao invés de cobrar sobre a mão de obra exclusivamente, o ISS é cobrado sobre o valor do serviço como um todo, que inclui material, portanto havendo bitributação, uma vez que os materiais já pagaram ICMS.
Essa distorção deveria ser corrigida.
Há ainda a contribuição previdenciária do funcionário publico, que é cobrado apenas de quem faz parte desse sistema no município.
É um assunto para muita discussão!
Mas, não deveria se encerrar na arrecadação.
Que se vitoriosa ja é um passo no sentido de simplificar a vida do contribuinte.
Deveríamos também discutir uma maneira de reduzir os gastos públicos e melhorar a produtividade do serviço publico.
Pois mesmo mexendo em tudo não significa redução de carga tributaria, que é absurdamente alta.

domingo, 4 de agosto de 2019

Direita, volver!



Muita gente se pergunta o que esta levando as sociedades ocidentais rumo à direita?
O fato é que, anteriormente, houve uma onda de esquerdismo mundial que sobreviveu até recentemente.
Na America Latina, no primeiro momento, essa esquerda tentou chegar ao poder pela luta armada.
A America Latina, praticamente inteira, sofreu ações terroristas e de guerrilha.
Na narrativa desses esquerdistas eles buscavam a democracia perdida.
Mas, na verdade queriam implantar uma ditadura nos moldes da sucedida luta armada de Cuba.
E se arraigarem no poder.
Como resposta da sociedade a essa ação armada houve o surgimento de governos militares que combateram essas ações lutando nos padrões de guerra.
Em razão do sucesso da reação dessas forças militares, houve o aniquilamento dessas organizações de luta armada, com a prisão e morte de alguns integrantes.
Outros, mais espertos, conseguiram fugir para o exterior.
Onde encontraram refúgio em seu autoexílio.
Por lá, tiveram tempo para reflexões.
Suponho que concluíram que a conquista do poder seria mais eficiente não pela luta armada, mas usando as armas da democracia.
O voto.
Assim, no momento seguinte a anistia, esse auto exilados puderam retornar.
Começaram a estruturar partidos políticos para essa nova investida.
A inteligência desses novos guerrilheiros entendeu que para ter sucesso eleitoral era preciso bandeiras que sensibilizasse os eleitores.
Perceberam que havia uma inquietação na classe media.
Em razão de mudanças estruturais da economia mundial, deu-se inicio a quebra ou fechamento de empresas tradicionais, que geravam empregos e renda.
E o ressurgimento dessas empresas em países do Oriente, onde seu custo de produção era consideravelmente menor.
Começou o processo de perda de empregos bem remunerados.
Quando havia uma recontratação era com salário inferior ao que recebia antes.
Começou o achatamento salarial da classe media.
Com isso, deu-se inicio ao fim do “american way life”, no qual a classe media vivia sua zona de conforto.
As repercussões chegaram ate nós, como um a onda.
Aqui no Brasil, em São Paulo, muitas indústrias encerraram suas atividades.
Algumas se mudaram em direção ao nordeste em busca de locais com salários e impostos menores.
Outras importavam os produtos que produziam antes por aqui, pois conseguiam “produzir no exterior” com custos inferiores.
Surgiu a oportunidade para conquistar parte dessa classe media que começava a se sentir desamparada.
O discurso progressista era o de suporte social.
Que acabou por virar em Constituição em 1988.
Daí em diante deu-se o sucesso político que a “esquerda” começou a experimentar, culminando com a eleição de Lula.
Se a esquerda que tomou o poder em parte da America Latina tivesse realmente o propósito de melhorar as condições da classe media, estariam no poder ate hoje.
A classe media não quer saber quem esta no poder.
Quer ter sua zona de conforto assegurada.
Como ocorre hoje na China.
Entretanto, a razão motivação da esquerda latina era chegar ao poder para roubar.
Para alojar sua militância nos empregos públicos.
Sem exceção, em todos os governos de esquerda da America Latina, houve um inchaço da maquina publica.
Parte bem remunerada, para servi-lo e ajuda-los a se manter-se no poder.
A ponto da Venezuela, de tanta corrupção e incompetência na administração publica, ter-se tornando um país em que a classe media praticamente desapareceu.
Ou você faz parte do governo e é rico.
Ou é pobre, como o restante da população.
Felizmente, por aqui no Brasil, surgiram as denuncias de corrupção e o despertar da classe media, ate então calada.
A Lava Jato teve papel importante nesse processo de freio da esquerda bandida.
Foram arrancados dos criminosos suas mascaras de bons mocinhos.
Ficaram nus!
Novamente essa classe media reagiu.
Desta vez, sentindo-se enganada, surgiu um sentimento de ódio contra a esquerda.
O nós contra eles.
Reagiu, também, com o voto contra a esquerda.
Embora nos USA não houvesse um governo de esquerda, nos moldes do restante das Américas, havia uma classe media descontente com o governo.
Foram criadas também por lá as condições para se eleger Trump.
Assim como na Grã Bretanha foram criadas as condições do Brexit, inclusive com a chegada ao poder, no cargo de primeiro ministro, de Boris Johnson, que se assemelha em imagem e pensamento a Trump.
Aqui no Brasil aconteceu o mesmo, com a eleição de Bolsonaro.
Será que, desta vez, a direita vai conduzir a classe media para um novo “american way life”?