sábado, 28 de janeiro de 2023

A insatisfação de Lula eleito


Tenho visto varias manifestações de insatisfação por Lula ter sido eleito presidente.
Podemos falar o que quisermos de Lula.
Mas, ele foi eleito democraticamente.
Não deixa de ser saudável que lembremos da corrupção havida no governo de Lula e Dilma. 
Temos, sim, que mantermos nossa memoria viva quanto aqueles fatos.
Ate para que fiquemos mais vigilantes em sua atual gestão e possamos reagir com mais energia e rapidez contra qualquer tentativa de reedição de roubalheira ou de retrocessos em boas legislações aprovadas no governo Temer e Bolsonaro.
Os bolsonaristas não se contentam com isso.
Continuam gerando desinformações e mentiras sobre Lula.
Elas não são suficientes para derruba-lo.
Acredito que a verdade é mais eficiente para isso, se for o caso.
Também é bom lembrar como chegamos a eleição de Lula.
Tudo começou com a anulação dos julgamentos de Lula pelo STF.
A menos que seja PTista raiz, ninguém ficou satisfeito com essa decisão.
Eu também achei que foi mais do que um absurdo.
Foi mais uma ato para confirmar que a impunidade impera na Justiça brasileira.
Mas, entendo que foi uma jogada politica do STF para colocar no tabuleiro alguém que pudesse derrotar Bolsonaro.
Essa jogada politica foi criada a partir do momento em que Bolsonaro teve a capacidade de criar vários inimigos, inclusive dentro do STF, sem necessidade nenhuma.
Como reação, o STF fez o que fez.
Então, ainda que indiretamente, houve uma "culpa" de Bolsonaro na anulação do julgamento de Lula.
Quanto a questão jurídica que envolveu a anulação, infelizmente, foi consequência da ganancia de Moro em prender Lula.
As gravações de conversas indesejáveis com os promotores dos caso Lula, criou a possibilidade jurídica de anulação do julgamento.
Se Moro tivesse agido rigidamente dentro da legalidade não teria criado o fato jurídico que possibilitou a anulação dos julgamentos.
Assim, Lula não teria sido reabilitado criminalmente nem politicamente.
Moro também tem sua "culpa" na decisão do STF.
Além de que Moro acabou por prejudicar a Lava Jato, que foi o maior combate a corrupção que o Brasil assistiu.
Então foi uma serie de razões que culminaram com a reabilitação de Lula.
Para completar, entendo também que se não quiséssemos realmente que Lula fosse eleito, deveríamos nos opor a sua candidatura de forma firme.
Deveríamos criar um impasse politico.
Dentro da democracia.
Com Lula candidato, não deveria haver nenhuma outra candidatura.
Todos os candidatos deveriam não participar da eleição.
Quanto a nós, não deveríamos ter participado da eleição.
Ficaria muito antidemocrático Lula ser eleito como candidato único e com metade da população não votando.
Ficaria constrangedor para ele perante o mundo!
Mas, não, apresentaram-se vários candidatos, todos tiveram a votação que tiveram e Lula sagrou-se vencedor.
Ou seja, nós legitimamos sua eleição.
Agora, nos resta democraticamente aguardar 2026 e sermos mais inteligentes.
Insatisfeitos ou não!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

O discurso de ódio como argumento



É lamentavel que o discurso de ódio continue sendo utilizado como argumento para destruir pessoas, seja politico, seja artista, seja empresario, seja quem for. 
Publicações com essa pratica, nas redes sociais, utilizam meias verdades, de domínio publico, para chegar a uma conclusão que leva o desinformado que lê a se irritar com a pessoa objetivo do ódio.
Ao invés de trilhar a VERDADE por inteiro e argumentar com propriedade os fatos da publicação e defender o objetivo real, muitas vezes correto, pois traria melhoras a todos, ficam simplesmente instigando o ódio contra uma pessoa.
Como exemplo vejo circular publicações em alusão a falta de correção da tabela de Imposto de Renda.
É correto o objetivo de que a tabela seja reajustada, para reparar o aumento acumulado de inflação.
Afinal, sem a correção, estamos pagando impostos indevidos, pois a tabela encontra-se sem correção ha anos.
Numa determinada postagem vejo a apresentação do seguinte calculo:
O fulano que recebia em 2022 o salario de R$1.818,00 e passará a receber em 2023 o salario de R$1.953,00, um incremento salarial de R$135,00, na verdade acabara recebendo efetivamente R$1.806,52, pois com a alíquota de 7,5% da tabela de Imposto de Renda, seria esse valor liquido a receber. 
Ou seja, recebera menos do que recebia!!
Isso é uma MENTIRA!!! 
A VERDADE é que pela tabela de imposto de renda, apos a aplicação da alíquota de 7,5% é possível debitar do valor calculado a importância de R$142,80.
Esta previsto na tabela.
Assim, diferentemente do publicado, o valor correto de imposto a pagar é de R$3,67!!!!!!!
A DESINFORMAÇÃO publicada esta a serviço do ódio contra Lula, como se ele fosse o responsável pela não atualização da tabela.
Ele em discurso publico, agora depois de eleito, já disse que ira negociar junto ao Congresso essa atualização.
Devemos cobrar isso  dele, sim, mas temos que dar tempo ao tempo.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Por que vimos tantos idosos radicais?


No passado, era comum os idosos dedicaram-se a atividades mais amenas, consideradas como próprias da idade.
Mas, ao longo do governo Bolsonaro, tornou-se usual ver muita gente idosa vestida de verde e amarelo participando de manifestações publicas, que no passado tinha presença mais marcante de jovens.
Afinal os jovens sempre foram contestadores pela própria natureza.
Assim, não é de se estranhar que alguns desses idosos estivessem presentes na alucinada invasão dos prédios dos poderes da republica em Brasilia, no dia 8 de janeiro de 2023.
Mas, os idosos sempre foram mais cautelosos também pela própria natureza. 
O que aconteceu para que essa presença maciça de idosos tenha acontecido?
Pela facilidade de acesso, tanto financeiro como pela utilização amigavel, os idosos também ingressaram na era dos Smartphones e Tabletes.
Como não poderia deixar de ser, aderiram às mídias sociais.
Mas, por razões diferentes dos mais jovens, que as utilizam para exercer seu exibicionismo através de selfies de tudo e dancinhas exatamente iguais.
Os idosos foram para as mídias sociais pois precisavam extravasar sua vitalidade, ainda que senil, para mostrar, corretamente, que ainda estavam vivos e estavam aptos a participarem do momento nacional importante da era pós Lava Jato.
Nesse ambiente foram alvos fáceis de manipuladores digitais maus-caráteres, que abusaram de noticias falsas, desinformação, teorias de conspiração e tudo mais negativo.
Muitos  desse manipuladores ganharam muito dinheiro com isso, através da monetização das mídias, pois tinham os idosos como vorazes participes de suas atraentes e sensacionalistas postagens. 
Outros tinham como objetivo arrebatar integrantes para suas seitas politicas e religiosas e se manter no poder.
Estes, além de suas atraentes e sensacionalistas postagens, forjaram a ilusão aos idosos de que realmente estavam participando do momento nacional importante.
Mas, na verdade, eram apenas massa de manobra dos objetivos mesquinhos desses manipuladores. 
O sucesso dessa empreitada deu-se, em grande parte, porque haviam idosos carentes.
Uns ate por abandono familiar.
Mas todos com motivações sócio-afetivas não atendidas e que precisavam ser compensadas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O extremismo politico

 



Após uma melhor reflexão sobre o pensamento de Maquiavel que diz:
"Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem"
Entendo, agora, que poderia ser rescrita diferente.
Diria que:
É certeza de ter exito e fácil de manejar para se dar inicio a uma nova ordem de coisas quando se encontra um povo desalentado, quando se inunda esse povo de propaganda enganosa, quando se enaltece a supremacia desse povo e e se nutre com ódio esse povo a um fantasma criado para esse fim.
O case de maior sucesso usando essas praticas foi a ascensão de Hitler e do nazismo, que implantou, com exito, uma nova ordem na Alemanha do seculo passado, chegando ao poder por meios democráticos.
Diferentemente de Stalin, Fidel e outros ditadores, que para mudarem a ordem vigente em seus países para a nova ordem que conseguiram implantar, tiveram que usar a força militar para tanto.
Bolsonaro, embora sem a mesma capacidade de Hitler, mas com o mesmo delírio autoritário, usou dos mesmos artifícios utilizados por Hitler.
O chamado "gabinete do ódio" tinha como função precípua difundir, com bases em fatos verdadeiros, mentiras estruturadas que distorciam o fato à conveniência de seus interesses mesquinhos.
Enquanto isso, para ofuscar a verdade dos fatos, dizia que a mídia e seus jornalistas eram agentes do mal que lhes opunha.
A eficacia dessa estrategia teve como fator decisivo a implantação do fanatismo, que cegou muita gente, semelhante ao que aconteceu na Alemanha nazista.
Esse fanatismo, que encontramos na politica, em religiões, no esporte, como o futebol, nas paixões amorosas desenfreadas, são próprios do ser humano.
Em geral, é ativado quando a baixa auto estima deixa permeável o individuo para receber estímulos externos.
Quando esses estímulos são do bem, como em tratamentos terapêuticos, o individuo se recupera e volta a normalidade.
Mas, quando são manipulados por inescrupulosos, que utilizam métodos para subjuga-lo a seus interesses dominadores, o individuo acaba cegando-se ainda mais e perde sua capacidade intelectual momentaneamente, agindo ate contra suas próprias convicções.
Isso aconteceu com os alemães que viveram na era nazista, que praticaram atos de selvageria nunca imaginados.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O tiro pela culatra!



A candidatura e posterior eleição do atual presidente Lula só foi possível em razão da anulação dos julgamentos nos quais ele foi condenado, não apenas em uma, mas em 3 instancias.
Os reais motivos que levaram os ministros do Supremo a praticarem essa decisão inusitada nunca saberemos.
Podemos elencar uma serie de suposições.
A que acredito mais verossímil é a de que o Supremo reagiu contra as investidas contra ele, praticadas por Bolsonaro, buscando um candidato com potencial de se eleger e impedir a reeleição de Bolsonaro.
A estrategia de Bolsonaro de confronto com o Supremo foram de várias formas. Antes e durante seu governo.
Para falarmos sobre esse confronto é preciso entender como Bolsonaro decidiu adotar essa postura.
A Lava Jato, que naquela época tinha o apoio do STF, trouxe ao brasileiro a esperança de que o Brasil estava se transformando.
Sergio Moro ate virou ídolo nacional no combate a corrupção.
Moro representava a esperada justiça contra crimes, contrariando a estrutura judiciaria no Brasil, que parecia complacente com os criminosos.
O próprio STF assumiu postura duvidosa de que fazia justiça ao soltar vários criminosos condenados.
Essas ações do Poder Judiciário desagravam muitos brasileiros, inconformados com a impunidade vigente.
Foi ai que surgiu Bolsonaro postando-se como o paladino contra essas injustiças.
Chegou ate a nomear Sergio Moro como seu ministro da Justiça, depois de eleito.
Antes da eleição que o elegeu presidente, Bolsonaro acrescentou em seus argumentos de injustiças praticadas pelo Judiciário a acusação de que o TSE promovia fraudes na apuração das urnas eleitorais.
Mesmo ele tendo sido eleito presidente pelas mesmas urnas que ele dizia estarem fraudadas!
Bolsonaro continuou com esse discurso durante todo seu governo, pois percebeu que havia aderência em muita gente e isso lhe rendia votos.
A fraude realmente existiu quando o voto era em papel.
Eram mais praticadas em eleições municipais, ate porque para uma fraude nacional precisaria haver uma conspiração composta por muitas pessoas.
A opção da urna eletrônica foi um avanço no combate a essas fraudes.
Mas o imaginário popular não se convenceu de que as fraudes acabaram, porque os perdedores das eleições, em especial no âmbito federal, usavam esse argumento para justificar suas derrotas.
Mas, sempre ficou no campo da retorica e nunca foi provado que existisse.
Mas, os boatos de que a fraude existia continuava a crescer e foram se consolidando ano apos ano, como se verdade fosse.
O inicio do confronto direto ao Judiciário se deu na posse, quando foi dito que um soldado e um cabo poderiam fechar o STF e expurgar seus membros.
Bolsonaro em varias oportunidades aumentou o tom do confronto, ao invés de buscar um entendimento para melhora do sistema, de forma democrática.
Ele acreditava que só uma ruptura poderia mudar o sistema.
E muitos que o elegeram acreditavam nisso, porque estavam cansados de tanta corrupção e impunidade.
Bolsonaro contava com o apoio militar para promover essa ruptura, a ponto de dizer com orgulho: "meu exercito"!
Como se as forças armadas não fossem um instrumento de estado, mas de seu governo.
Mas, esqueceu-se do que dizia Maquiavel em seu pensamento: "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem".
Apesar de Bolsonaro ter tido diversos defensores de suas ideias.
Mas não foi o suficiente para ir avante com sucesso, como aconteceu depois.
Ate porque Bolsonaro nunca teve um projeto bem pensado e estruturado para reforma do estado, de foma democrática.
O STF percebendo o plano de Bolsonaro de quebra da ordem institucional decidiu reagir de forma contundente colocando Lula no tabuleiro eleitoral, pois acreditavam que ele seria o único em condições de derrotar Bolsonaro nas urnas, como disse antes.
Embora Bolsonaro, durante seu governo, tenha perdido apoio, por razões que não vem o caso nesse raciocínio, e que acabaram por levar alguns a votarem em Lula, a candidatura e eleição de Lula trouxe indignação a muitos brasileiros.
Tanto o é que a vitoria eleitoral de Lula foi com uma margem apertada de votos.
Parte dos eleitores de Bolsonaro, inconformados com a vitoria de Lula, já descontentes com a anulação dos julgamentos de Lula por decisão do STF, resolveram reagir veementemente, à maneira proposta por Bolsonaro durante seu mandato, qual seja a ruptura institucional.
Assim promoveram bloqueios de estradas logo após o resultado da eleição.
Formaram fileiras nas portas dos quarteis pleiteando que "o exercito de Bolsonaro" praticasse um golpe de estado e mantivesse Bolsonaro na cadeira de presidente.
Lula foi então empossado.
Embora de forma extemporânea, esses mesmos inconformados que permaneciam a porta dos quarteis resolveram agir por conta própria, contando com uma reação das forças armadas a seu favor, e invadiram os 3 prédios representativos da democracia, praticando um vandalismo fora de qualquer proposito.
Além do insucesso da insurreição, que acabou por levar presos alguns dos integrantes da manifestação violenta, o ato de vandalismo teve como consequência o aumento do apoio político a Lula.
Enquanto reduziu o potencial de oposição e apoio politico, que Bolsonaro poderia liderar.
O pior é que, como aconteceu desde que o PT assumiu o governo em 2003, lideranças de oposição não tem protagonismo.
Seja pela falta de capacidade intelectual, seja por conveniências que, embora suspeitemos, não podemos afirmar.
E Lula segue como presidente.

domingo, 8 de janeiro de 2023

Afinal, o que é o Mercado?

 



Novamente, com o governo PTista de Lula, voltou à lista de inimigos do povo o mítico mercado e a gula voraz dos rentistas.
Como todo fantasma, que é criado pelo dirigente de plantão, para combatê-lo semelhante a um Dom Quixote que lutava contra moinhos de vento, é preciso manter a desinformação do que é exatamente o mercado.
Essa é a nossa proposta de hoje: informar.
O mercado não se trata de uma organização coesa liderada por um ser abominável que quer sugar avidamente os recursos públicos e privados.
O mercado nada mais é do que gestores que decidem individualmente seus investimentos de olho no que acontece na economia.
Embora a reação dos gestores seja semelhante ao que ocorre numa manada, diante da oscilação que ocorre na economia, suas decisões são o resultado de várias decisões individuais coincidentes.
Isso ocorre porque se fizerem negócios com bons retornos, conseguem manter seus clientes satisfeitos.
Em caso contrario, perderão seus clientes para outro gestor melhor qualificado.
E quem são seus clientes?
No mercado que envolve títulos de governo, a tal divida publica, seus clientes somos nós, que mantemos nossos recursos em fundos de investimento em bancos e corretoras de valores.
São os trabalhadores do setor publico e privado que participam de fundos de pensão para garantirem um colchão financeiro em suas futuras aposentadorias.
No mercado empresarial os gestores são os dirigente de empresas, que analisam a conveniência de manter, ampliar ou reduzir seu negocio, também com o olhar na economia, nas relações trabalhistas, nos impostos e na segurança jurídica.
Como consequência de suas decisões haverá influencia positiva ou negativa no mercado de trabalho, com aumento ou redução de empregos, na arrecadação de mais ou menos impostos e na geração de lucros ou perdas que manterá ou não uma economia diversificada e saudável para o desenvolvimento do Brasil.
Seus clientes são os sócios, numa sociedade fechada, ou os acionistas que fazem suas transações na Bolsa de Valores ou fundos de investimentos. 
Diante dessa evidencia qual a dificuldade para os que integram o governo continuem acreditando em fantasmas?