terça-feira, 31 de outubro de 2023

Mais atenção ao reféns!


Nas discussões que acompanho sobre a guerra de Israel contra o Hamas, vejo uma preocupação em justificar as ações beligerantes de Israel com argumentos baseados na tentativa de provar, com citações históricas, que as terras ocupadas por Israel sempre foram de Israel.
A historia não deixa de ser uma narrativa de fatos acontecidos.
Como toda narrativa não explica o problema atual, pois não se aprofunda numa analise das razões dos acontecimentos.
Para mim o mais importante nesse momento, é a situação desesperadora dos inocentes reféns que estão em poder do Hamas!
Mas, não vejo nessas discussões uma preocupação com isso.
Quais canais de negociação o governo de Netanyahu abriu para libertar o reféns?
Desconheço.
A situação dos reféns assemelha-se com o que ocorreu na Colômbia em 1985.
Financiados pelo narcotraficante Pablo Escobar o grupo terrorista M-19 invadiu o Palácio da Justiça e tomou de reféns todos que estavam no prédio.
O exercito da Colômbia, ao invés de negociar com os terroristas, decidiu, impulsivamente, que a melhor solução seria invadir o prédio, para retomar o controle da situação e resgatar os reféns.
O resultado dessa ação irracional levou à morte cerca de cem pessoas, 12 delas juízes, incluindo o presidente da Suprema Corte.
Assim, talvez, os reféns paguem com a morte, com a invasão de Gaza promovida pelo governo de Israel.
A falta de maior atenção à situação dos reféns acontece porque estamos submetidos aos efeitos nefastos da atuação da industria de material bélico e de insumos diversos para a manutenção de conflitos.
Essa industria só pensa em seu interesse financeiro e movimenta trilhões de dólares.
O marketing de venda dessa industria é conhecido 
Influenciadores contratados por essa industria criam fantasmas e divulgam a crueldade desses inimigos em potencial para atemorizar a população.
Em seguida promovem a discórdia entre os potenciais inimigos para que cada lado, através de suas lideranças e dirigentes preparem a população para uma guerra.
Ai essa industria se apresenta para vender seus produtos.
Assim ganham lucros fabulosos.
Finalmente, acendem a faísca motivadora para que o dirigentes convençam a população de que a guerra é necessária e imediata.
O povo, de maneira geral, quer paz, quer viver sua vida.
Mas, diante da lavagem cerebral que foram submetidos acabam sentindo-se compelidos a guerrear.
Isso a historia não conta.
Evidentemente que houve guerras e momentos de paz entre israelenses e palestinos ao longo dessa convivência.
Tanto a paz como a guerra dependeu das lideranças dos dois lados que estavam no poder.
Esse é um outro fator importante.
Quem são as lideranças atuais?
O governo de Netanyahu é composto por políticos da extrema direita e agem de maneira beligerante.
Em nenhum momento seu governo corrupto quis buscar entendimento com os palestinos.
Ha anos vem expulsando palestinos de suas casas e as destruindo, com força policial bem armada, para fazer uma ocupação para, em seguida, construírem moradias para judeus.
Essa ação dos palestinos foi uma reação de desespero frente ao tratamento que recebem do governo israelense.
Não viram nenhuma saída que não fosse o tudo ou nada.
Infelizmente, as lideranças palestinas de Gaza, que são do partido politico Hamas fizeram uma péssima escolha, como sempre acontece nessa situação.
E levaram sua população a uma situação cruel.
Enquanto os dirigentes judeus e lideranças palestinas não buscarem uma conciliação, como já aconteceu por dirigentes no passado, a paz na região não virá.
Quando os dirigentes e lideres não pensam nos reais interesses do povo, quem sai prejudicado são os inocentes.


domingo, 29 de outubro de 2023

A guerra do ódio




Uma coisa é justificar um ato covarde de terrorismo, como o perpetrado pelo Hamas contra Israel.
Nada justifica tal ato, para nossa concepção civilizatória.
Outra coisa, bem diferente, é entender o porquê deles terem cometido o ato terrorista.
Quando ocorre um desastre aéreo é feita uma investigação pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do país onde ocorreu o acidente.
Não para buscar culpados, pois isso cabe à investigação policial, mas para evitar que novos acidentes se repitam pela mesma razão.
Ao final dessa investigação são feitas recomendações a todas as partes envolvidas para que façam ajustes e mudanças necessárias para evitar novos acidentes.
Da mesma forma, não serei eu que o fará, pois compete aos especialistas no assunto realizarem uma analise isenta e criteriosa para responder duas questões que todos no mundo merecem um entendimento:
1) Como foi possível acontecer tal ato terrorista?
Israel dispõe de um arsenal tecnológico que, em tese, poderia ter detectado a tempo de evitar milhares de mortes e feridos, além do sequestro de centenas de pessoas inocentes, que se sentiam seguras em realizar um evento e ate para morar próximo a fronteira com Gaza.
2) Quais as razões que levaram o Hamas a cometer tal repulsivo crime?
Não se deve, como tenho visto, simplesmente acreditar que agiram assim porque faz parte da cultura muçulmana cometer atos terroristas.
Isso não é verdade.
Quando isso ocorre são exceções cometidas por radicais.
E radicais tem em toda sociedade mundial.
Vivemos, de forma geral, com excelente relação com os muçulmanos pelo mundo.
Compramos petróleo deles!
O pronunciamento do secretario da ONU, António Guterres, quando disse que o terrorismo 
"não aconteceu por acaso", foi maldosamente interpretado como se tentasse justificar o ato terrorista, o que ele não fez.
Ele disse que é preciso entender as razões para tal de insanidade do Hamas, que é uma das questões que também faço. 
Ninguém acorda um dia e diz:
Hoje vou cometer um ato terrorista, só porque me deu vontade. 
Não é assim.
É preciso que ajam condições que criem um descontentamento tão elevado, que disseminado entre um determinado grupo de pessoas faça surgir lideranças que consigam apoio para, como ultima saída, enxergarem o terrorismo como solução.
E essa manipulação é praticada em todo mundo, principalmente na politica. 
Não podemos cair na cilada da dicotomia.
Ou se apoia incondicionalmente Israel ou se apoia o Hamas.
Obvio que Israel merece nossa solidariedade e apreço.
Obvio que o Hamas merece nossa repulsa e indignação contra os atos desumanos que cometeram e continuam cometendo mantendo reféns.
Mas, isso não implica em apoiar atos desumanos que Israel também está praticando contra os palestinos que vivem em Gaza, deixando-os sem o mínimo necessário para uma sobrevivência nesse conflito.
Essa atitude do governo de Israel não encontra eco de apoio no mundo.
Há muita critica.
Digo mais, agindo com essa desumanidade Israel provoca mais sentimento de ódio entre os palestinos.
Potencializa justificativas para que outros grupos radicais continuem agindo com maior apoio, tornando esse conflito interminável.
Violência gera violência.
Israel deve reagir com toda sua força, mas sem perder a humanidade.
Se pudesse fazer uma proposta diria que Israel deveria, neste momento, tratar os palestinos que vivem em Gaza com maior acolhimento para demostrar que o Hamas só os usa como instrumento de guerra, enquanto eles os tratam como seres humanos.

domingo, 1 de outubro de 2023

Verbas publicas anti democraticas


Enquanto as autoridades ficam debatendo a tentativa de golpe em 8 de janeiro, que tem que ser discutido e condenado os envolvidos, esta sendo praticado à luz do dia, de maneira constante e ha anos, o verdadeiro golpe à democracia e ao estado de direito, sem nenhuma ação para impedi-lo.
Quem os pratica são políticos envolvidos num esquema de mal uso de verbas publicas bilionárias.
Só não vê quem não quer ver!
No nordeste, ha populações sem água e sem onde estoca-las.
Com o tanto de verbas enviadas para resolver esse problema já deveria ter sido resolvido ha muito tempo.
Poços d'água são perfurados em propriedades privadas de apadrinhados desses políticos, quando deveriam ser em locais públicos, para distribuição de água a essas populações. 
Foram flagrados centenas de reservatórios, comprados com dinheiro publico, que deveriam ter sido fornecidos gratuitamente à população carente, mas que estão abandonadas ao relento sob o efeito da deterioração.
Como se não bastasse, alguns desses reservatórios são vendidos, na cara dura, por estelionatários, que se beneficiam da proximidade com o politico que fez mal uso do dinheiro publico.
A persistir o envio de emendas, sem critérios técnicos, mas ao sabor do descaso e corrupção, continuaremos sofrendo o maior golpe politico na historia nacional.