terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O diluvio chegou a São Paulo!

Rio Tietê transbordou e invadiu a Marginal na altura da Ponte do Limão, na Zona Norte de São Paulo — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo




A cidade de São Paulo foi submetida a uma quantidade de chuva de 114 mm entre 9 e 10 de janeiro de 2020.
Foi somente superada em 1983, quando choveu 121,8 mm.
Entretanto, nos últimos 10 dias choveu 299,6 mm.
Esse acumulo de água teve sua vazão prejudicada.
Some-se a isso que a chuva não ficou localizada apenas na cidade, mas nas cabeceiras dos rios que passam pela cidade de São Paulo, contribuindo ainda mais com o volume de vazão do rio Tiete, que acaba sendo o concentrador dos rios que passam pela cidade.
O Tiete é a unica calha que leva toda essa água embora.
O curioso é que ainda tem gente que não acredita nas mudanças climáticas!
Estamos assistindo seus efeitos.
Contra fatos não ha argumentos.
A contribuição do ser humano pode ate ser discutível.
Mas certamente contribui com a devastação de florestas, com a poluição.
Ainda que esses fatores não sejam decisivos, como alguns supõe.
Por outro lado a própria natureza é dinâmica.
Ela altera seu comportamento com suas forças indomáveis.
Entender essas mudanças faz parte de um planejamento contra a ação dessas forças.
Mas, ha um fator humano implacável:
A urbanização desordenada.
Essa que acontece em todas a cidades brasileiras, desde sempre.
Impermeabilizam o solo, canalizam rios e córregos sem respeitar cálculos de bacias e quando os ha, não se estima a pior situação climática.
O resultado é que água de chuva não tem por onde escoar.
O mal já esta feito.
Agora é preciso buscar soluções. 
A engenharia nacional esta apta a buscar soluções.
Mas, é preciso governantes determinados a implementa-las.
Porque são custosas e de pouca visibilidade para mostrar aos eleitores.
Por outro lado, a cidade continua crescendo com uma concentração de prédios cada vez mais altos e com mais gente.
Com isso tem mais trânsito, mais necessidade de água potável, mais lixo, mais esgoto sem tratamento, enfim só piora as condições de habitabilidade da cidade.
Figueiredo Ferraz quando prefeito na década de 70 dizia que São Paulo precisava parar de crescer.
Parou?
NÃO!!!!!
O que o atual prefeito e seus antecedentes fizeram para impedir a construção de novos prédios?
ABSOLUTAMENTE NADA!
Ao contrario, incentivam a construção vendendo o direito de construir alem da cota estipulada pela Lei, que não é baixa.
Enquanto não parar de construir a situação só vai piorar