quinta-feira, 8 de abril de 2021

A religião a serviço da politicagem



Ao longo da historia da humanidade a religião sempre teve duas vertentes.
A mais importante dela diz respeito ao cidadão que nela acredita.
Suas raízes estão na busca de explicações para as ações ao acaso que estamos submetidos em nossas vidas.
Mas, vai alem disso, traz motivação para que tenhamos confiança no alcance de nossas ambições pessoais; e um conforto psicológico para nossas amarguras e para apoio no insucesso daquelas ambições não atingidas.
Suplementarmente apresenta uma explicação das razões da nossa existência e de como chegamos ate aqui.
Esse é o lado bom.
Entretanto, há outro lado, este perverso.
Trata-se do uso da religião para dominar o cidadão visando os mesquinhos interesses daqueles que se apossam da condição de representantes dela para, em nome de um deus, usufruírem dessa condição.
Neste momento da historia brasileira, de maneira oportunista, pois o cidadão brasileiro, em sua imensa maioria, tem convicções religiosas afloradas, a liderança maior da política esta usando a religião cristã como fonte de manobra do jogo político eleitoral visando a eleição de 2022.
Ouvir de Andre Mendonça, chefe da AGU, “os cristãos estão dispostos a morrer por sua fé” para justificar a posição contraria de Bolsonaro contra as medidas de distanciamento social, impostas por governadores e prefeitos, mostra a mistura do mal com o atraso que habilmente estes usurpadores da religião o fazem para dominar os cidadãos.