O PT, através de suas lideranças, desde o primeiro momento da queda de Dilma, ameaçou "incendiar" o pais.
Levantou a bandeira "Fora Temer".
Agora, diante da crise Temer, quer eleições diretas já.
Não as quis antes, quando da queda de Dilma.
Mas, mudar de opinião por conveniência é normal a qualquer um.
Por outro lado, essas mesmas lideranças PTistas sustentam ate hoje que foi um golpe.
Embora todo o processo de Dilma tenha sido trilhado conforme determina a Constituição.
Assim como o fazem agora os que defendem Temer, que dizem que ele foi vitima de uma conspiração.
É inegável que Temer tinha laços de amizade com Joesly Batista ha muito tempo, não importa as razões.
Como presidente da Republica deveria ter informações de que Joesly estava sob investigação e que no linguajar popular estava queimado.
Ou seja, todos queriam sua distancia.
O que Temer não praticou.
Por outro lado, Temer sabia que os atos praticados por seu grupo para desestabilizar o governo Dilma, que culminaram com o impeachment dela, teriam uma revanche vigorosa do PT.
Então, faltou-lhe mais do que prudencia para ter evitado sua atual tormenta.
De qualquer forma, assim como foi o processo de Dilma, o atual processo contra Temer também segue o rito jurídico.
Evidentemente que a queda de Dilma foi um ato politico.Como o atual processo de Temer também o é.
Se Dilma tivesse tido apoio do Congresso, ela teria se mantido no poder.
Como ainda consegue Temer agora fazer.
Por outro lado, se no momento Dilma a maioria da população apoiava nas ruas seu impeachment, hoje essa mesma população esta quieta.
As razões para esse comportamento são inexplicáveis.
Não que Temer tenha aprovação maior do que Dilma tinha por ocasião de seu impeachment.
Ela não tinha e ele não tem aprovação popular.
O fato é que Temer aos trancos e barrancos continua firme no poder.
Contra fatos não ha argumentos.
Temer foi pego em ato criminoso e como qualquer individuo é responsável por seus atos.
Que se defenda.
Entretanto, sua defesa partiu para o ataque contra seu algoz: o procurador Janot.
O mesmo que acautelou-se em formar processos contra os PTistas, agora esta célere contra Temer.
Talvez porque deve se retirar de cena politica em breve e queira deixar uma marca.
Mas, mais do que isso, Janot fez um acordo super privilegiado com a família Batista.
Um acordo no qual o denunciante acusa Temer como chefe da quadrilha.
Bem, pode ate ser, uma vez que quadrilheiros é que não faltam na politica deste pais.
Mas, em sua delação Joesly poupou a turma PTista.
Que de fato o ajudou em seu crescimento vertiginoso.
Não houve nenhuma corrupção com eles?
Estranho!
Bem, o que importa é que Joesly fez um acordo de delação premiada com mira em Temer.
E que serve de base para acusa-lo.
Mas, ao que parece, delação não é prova.
Alias, foi com esse argumento que o Tribunal Regional de Justiça do Rio Grande do Sul, revogou a condenação do PTista Vaccari, imposta pelo juiz Moro.
Assim, para que um processo contra Temer pudesse ser vitorioso deveria estar muito bem apoiado em provas.
Os benefícios que a família Batista recebeu valem o conteúdo?
Para a maioria da população não!
Houve uma desaprovação maciça ao acordo.
Mas, o Supremo, por maioria, parece estar convencido que o acordo não pode ser discutido.
Ou seja, Janot pode faze-lo sem ter que dar satisfação a ninguém!
A acusação atual contra Temer se baseia no fato do flagrante do deputado Lores, assessor de Temer, estar portando uma mala com dinheiro que hipoteticamente seria entregue a Temer.
Dai que ilação por ilação, Temer também levantou a suspeita de que Janot teria alguma relação escusa com o ex procurador Marcelo Miller, que era seu assessor.
Temer baseia-se no fato de que como esse ex procurador pediu sua exoneração para ir trabalhar nos escritórios do delator Joesly haveria algo estranho.
Realmente, é estranho um procurador, cuja remuneração é uma da mais altas no serviço publico e com um detalhe, continuara apos a aposentadoria e ira ate a sua morte, podendo estender a sua esposa, abrir mão desse emprego.
Ou seja, o acerto de Miller com Joesly deve ter sido compensador.
Temer suspeita que Janot poderia, eventualmente, ter uma parte nesse acerto.
Ate porque o ex procurador não foi trabalhar em um escritório qualquer.
Foi trabalhar com o pivo da acusação contra Temer.
O que, no meu entender, no minimo, trata-se de falta de ética de Miller.
O fato é que puxa-se uma pena e vem uma galinha!
Agora devera ser aberta uma nova investigação de corrupção.
Desta vez, contra Janot.
Enquanto isso, de crise em crise, 14 milhões de desempregados continuam acreditando que o Brasil terá solução.