domingo, 8 de abril de 2018

Enfim Lulla preso!




Lulla ao tomar conhecimento de sua ordem de prisão correu para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Agora, na condição de líder político de expressão nacional, imagina que revivera de maneira mais intensa o clima de sua prisão.
É verdade que quando Lulla foi preso, pela primeira vez, naquele abril de 1980 não houve uma reação popular, ate porque havia um governo que mantinha uma rígida Lei de segurança Nacional.
Alias o ato de sua prisão deu-se com base nessa Lei.
Assim como houve intervenção no sindicato, do qual era dirigente, aprovada pelo então Ministro do Trabalho, a quem os sindicatos estão subordinados.
Os tempos mudaram.
Hoje há liberdade de expressão, ate em demasia.
Mas, é melhor assim.
Hoje, também, Lulla tem expressão nacional e internacional, gostemos ou não.
Daí que Lulla acredita que terá intensa manifestação contra sua prisão.
Há quem diga Lulla foi para o sindicato também com outras intenções.
Parece que Lulla, estrategicamente, informou nos processos judiciais que esta sendo acusado que o sindicato é um de seus domicílios.
Com isso, entre as 18 horas e as 6 horas do dia seguinte, não pode ser preso.
Como se aproxima das 18 horas, Lulla se beneficiaria com isso e não seria preso a força hoje.
Essa seria a razão de postergar tanto sua rendição ao longo do dia.
Enquanto isso seus advogados tentam encontra uma saída jurídica para que não seja preso.
A farsa da rendição de Lulla a Polícia Federal dentro de um carro, com manifestantes impedindo sua saída do sindicato tem uma explicação.
O tempo todo lideranças PTistas, lideranças de partidos aliados e lideranças de movimentos, que se dizem populares, martelaram que Lulla não se entregaria.
Como estão de cabeça feita é óbvio que fariam essa resistência.
Com essa manobra Lulla posta-se como impedido de cumprir o mandato de prisão.
Manobra estratégica para mantê-lo em liberdade.
Mas, a meu ver, sindicato não é residência de ninguém.
Se confirmado deve haver uma investigação para pautar desvios de finalidade do sindicato.
De acordo com a CLT, que instituiu a organização sindical, são condições para o funcionamento do Sindicato aquelas descritas em seu art. 521, em especial os itens:
“d) proibição de quaisquer atividades não compreendidas nas finalidades mencionadas no art. 511, inclusive as de caráter político-partidário;
e) proibição de cessão gratuita ou remunerada da respectiva sede a entidade de índole político-partidária.”
Então o sindicato dos metalúrgicos do ABC ao recepcionar Lulla, não como um membro sindical, ate porque não exerce a função por aposentadoria por acidente, mas como um líder político esta em afronta ao que determina a Lei.
Entretanto nesse jogo de xadrez há uma inteligência do outro lado.
Quando Moro propôs uma prazo para que Lulla se entregasse, parece que sabia que isso não aconteceria.
Acreditava que Lulla faria toda a cena que fez.
Mas havia uma carta na manga, que pouco se aperceberam.
Lulla é réu de outros processos.
Na medida em que oferecesse resistência a ordem judicial poderia ter emitido contra ele um pedido de prisão preventiva, com base nessas outras ações.
Com isso sua esperada saída da prisão se tornaria mais complicada.
E o Ministério Público não perdeu tempo.
Pediu a prisão preventiva de Lula.
Moro mandou avisar que pode decretar.
Foi ai que o jogo mudou.
A Policia Federal mandou o recado que aguardaria por mais 30 minutos a rendição.
A Policia Militar aproximou-se do sindicato para garantir a ordem e assegurar a saída de Lulla do sindicato.
E acabar com essa farsa.
A casa caiu.
Os advogados determinaram a Lulla que se entregasse imediatamente.
E assim foi feito.
A presidente do PT, que tanto falava em Lulla não se entregar, subiu o palanque e pediu que os manifestantes não se opusessem a rendição de Lulla.
E Lulla foi caminhando ate uma viatura da Policia Federal e se entregou.

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