Como no filme, viveremos em outubro uma
decisão política difícil.
No filme, Sofia tentou salvar os dois
filhos da morte pelos nazistas.
Mas, viu-se na difícil decisão de escolher
apenas um.
No nosso caso, é uma decisão inversa.
Se pudéssemos escolher, optaríamos pelo
afastamento dos dois grupos políticos mais fortes.
O Centrão, que terá como cabeça de
chapa Geraldo Alckimin.
E o PT e seus aliados políticos,
O Centrão é formado por uma gangue
de corruptos, que representa tudo o que é de pior.
Ja o PT é o responsável por toda essa onda de corrupção que destruiu a economia, o emprego e as
empresas!
Mas, não será possível afastar os dois grupos.
Fatalmente teremos que escolher entre um deles.
Falta alternativa alem dessas duas?
Na verdade, não.
O interessante é que há bons candidatos
para votarmos.
Há o João Amôedo, com propostas novas
e interessantes.
Há o Alvaro Dias, também com
propostas interessantes.
Entretanto, o João, por ser neófito na
política, ainda é desconhecido do grande publico.
Não conseguiu galvanizar a opinião publica
a seu favor e dificilmente chegara ao pódio.
Seu discurso não conquistou a grande mídia,
que poderia alavanca-lo.
Como aconteceu outrora com Collor.
Na verdade Collor já tinha uma
costura política construída como prefeito de Maceió e governador de Alagoas,
que o ajudou a crescer.
Era o novo que não era.
Já Álvaro Dias, apesar de ser
conhecido na política, também não conseguiu emplacar seu nome.
Correndo pela borda, Bolsonaro foi
identificado, por expressiva parte do eleitorado contra o PT como a salvação
nacional contra Lulla.
Entretanto, Bolsonaro não tem uma
proposta de governo que não vá alem de um discurso saudosista do governo
militar de 64.
Como se aquele milagre brasileiro,
que ocorreu na primeira metade dos anos 70, tivesse sido porque era um governo
militar.
Esquece-se que naquela época sobravam
petrodólares no mundo.
E a juros baixos.
Que foram emprestados ao Brasil para
gerar toda a infraestrutura construída àquela época e que elevou o Brasil a um
desenvolvimento que ate hoje causa inveja.
Aliás, a memória é tão curta que se
esquecem de que o governo militar de Geisel foi mais estatizante que o governo
do PT.
Houve uma proliferação de estatais.
Que acabaram sendo alvo de
preenchimento de cargos pelos políticos que apoiavam o governo.
Além de um nacionalismo exacerbado que
fechou o Brasil para o mundo.
O protecionismo criado na área de informática,
por exemplo, atrasou nosso desenvolvimento tecnológico.
Prejudicou diversas áreas que
poderiam ter se desenvolvido.
Esse protecionismo so foi quebrado quando
Collor reabriu o Brasil para o mundo.
Esquece-se também que quando o
governo militar devolveu a presidência aos civis, estávamos galopando em uma
inflação desenfreada.
Noves fora isso, o fato real é que Bolsonaro
nunca teve expressão política.
Apesar de estar há quase 30 anos no
Congresso, passou esses anos todos na obscuridade.
Nunca propôs qualquer ideia para o
desenvolvimento nacional.
Ao contrario.
Votou, muitas vezes, contra propostas
positivas, acompanhando o voto contrario do PT, que hoje ele supostamente
combate.
Poderia ter se colocado na disputa
por uma liderança política.
Como outros tantos fizeram.
Mas não o fez.
Nem ao menos se preparou para um dia
vir a ser um líder.
Se o tivesse feito seria ótimo.
Mas, não estava em seu radar um dia
ser candidato à líder.
Quanto mais um candidato a presidente.
Bolsonaro tem limitações pessoais
para buscar a conciliação política.
Item necessário a um bom político.
Esta mais para o enfrentamento.
Como se estivesse em um campo de
batalha.
Mas, apesar de discussões acaloradas
que se vê no Congresso, a política se faz com dialogo.
Não com ofensas nem desaforos.
Em função de conseguir um expressivo
numero de possíveis eleitores, o Centrão ate tentou se aproximar de Bolsonaro.
Afinal, eles estão no poder e querem
continuar no poder.
Mas, perceberam que Bolsonaro podia
trazer mais problemas do que solução.
Aliás, se acontecer de Bolsonaro ser
eleito, ele terá que sentar-se junto ao Centrão para ter governabilidade.
Não adianta pensar que por ter sido
eleito por maioria de votos tem o povo a seu lado e virou o Imperador do
Brasil.
Não!
Collor agiu assim...
E foi derrubado.
Sem entendimento com o Congresso, não
há governo que sobreviva.
Dilma também aprendeu essa lição.
O problema hoje no Brasil esta mais
no Congresso do que na escolha do futuro presidente.
Mas, isso é outra historia.
O fato é que o Centrão também tentou
com Ciro, outro que não inspirou confiança a esse grupo político.
Chego a acreditar que Ciro não chegue ate a eleição.
Morre, politicamente falando, antes.
Já aconteceu em 2002.
Bolsonaro, por sua vez, apesar de ter
conquistado expressiva intenção de votos, bateu no teto.
Daqui pra frente, a tendência é
perder intenção de voto.
Por uma razão muito simples.
Não tem tempo na mídia!
O fato é que queiramos ou não, a
propaganda na mídia ainda elege.
O povo é facilmente conduzido a votar
naqueles mais conhecidos.
E fatalmente em outubro estaremos
pela frente com a escolha de Sofia.
Vamos votar em Alckmin ou Haddad?
É a nossa escolha de Sofia.