Ouvi
uma entrevista na CBN onde o deputado Osmar Terra (MDB-RS) defende
entusiasticamente o frete mínimo para caminhoneiros.
Ele é
o relator da matéria que tramita no Congresso sobre tabelamento de frete.
Ele
argumentou entusiasticamente que sua proposta esta embasada como a solução para
o prejuízo que o caminhoneiro tem ao trabalhar.
Enfatizou
que esse prejuízo é decorrente de leilões espúrios praticados pelo contratante na
busca do menor preço na contratação de um frete.
E que diante
da necessidade do caminhoneiro ganhar algum dinheiro para sobreviver, acaba
aceitando um valor vil.
Primeira
questão, deputado.
Ninguém
trabalha no prejuízo.
Isso é
uma mentira!
De
onde o caminhoneiro arruma recursos para cobrir algum prejuízo?
Dinheiro
não cai do céu.
Na
iniciativa privada quem amarga prejuízo, uma hora quebra.
A
reserva financeira é limitada.
Não é como
no estado brasileiro, que está atolado em déficit fiscal, que vai se
endividando cada dia mais e não quebra!
Concordo
que o caminhoneiro possa ate estar trabalhando muito e ganhando pouco.
É
real.
Mas,
isso não é prejuízo!
É
opção de negócio.
Todo
empreendedor pode um dia ver sua atividade fracassar.
Isso é
usual.
E tem
que tomar uma decisão.
Ou abandona
a atividade com o pouco de recursos que tem.
Ou insiste
em manter-se na atividade e quebra!
Conheço
varias pessoas que optaram pela segunda alternativa.
E
quebraram.
O
funcionamento de mercado é assim mesmo.
Há um momento
em que há muita demanda, pouca oferta e os preços sobem.
E há um
momento que ocorre o contrario.
Hoje o
mercado de frete vive o momento de pouca demanda e muita oferta.
É
obvio que o preço do frete ficou baixo.
Uma
coisa é certa.
Ninguém
é escravo de sua atividade.
Se ela
esta ruim mude de atividade.
Ah!
Mas, ele só sabe fazer isso, dirão alguns solidários uteis.
Outra
mentira.
O fato
é que muita gente ingressou na atividade de transporte, nos últimos anos,
porque em determinado momento ela era atrativa.
Havia
muita demanda e pouca oferta.
O
preço do frete estava num patamar que interessou muita gente.
Além
disso, havia financiamentos do governo a juros subsidiados para compra de caminhões.
Vislumbrando
ganhar dinheiro fácil, muita gente, que atuava em outras atividades, moveu-se
para essa atividade.
Então a
mobilidade de atividade é usual.
Nada
mais razoável que muitos deixem essa atividade nesse momento.
Por
outro lado, a mentalidade do brasileiro de levar vantagem em tudo, por acaso,
vai impedir que algum fretista cobre abaixo da tabela?
Isso é
impossível de controlar.
Então,
se for aprovado o tabelamento do frete, trata-se de mais uma interferência demagógica
e indesejada do estado na livre economia de mercado.
Não
trará beneficio para os supostos beneficiados e aumentara os custos do frete,
refletindo no aumento dos preços das mercadorias ao consumidor final.
Que está
acostumado a pagar caro, ter um serviço de baixa qualidade e não reclamar!
E a
vida segue feliz para os desavisados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.