domingo, 4 de agosto de 2019

Direita, volver!



Muita gente se pergunta o que esta levando as sociedades ocidentais rumo à direita?
O fato é que, anteriormente, houve uma onda de esquerdismo mundial que sobreviveu até recentemente.
Na America Latina, no primeiro momento, essa esquerda tentou chegar ao poder pela luta armada.
A America Latina, praticamente inteira, sofreu ações terroristas e de guerrilha.
Na narrativa desses esquerdistas eles buscavam a democracia perdida.
Mas, na verdade queriam implantar uma ditadura nos moldes da sucedida luta armada de Cuba.
E se arraigarem no poder.
Como resposta da sociedade a essa ação armada houve o surgimento de governos militares que combateram essas ações lutando nos padrões de guerra.
Em razão do sucesso da reação dessas forças militares, houve o aniquilamento dessas organizações de luta armada, com a prisão e morte de alguns integrantes.
Outros, mais espertos, conseguiram fugir para o exterior.
Onde encontraram refúgio em seu autoexílio.
Por lá, tiveram tempo para reflexões.
Suponho que concluíram que a conquista do poder seria mais eficiente não pela luta armada, mas usando as armas da democracia.
O voto.
Assim, no momento seguinte a anistia, esse auto exilados puderam retornar.
Começaram a estruturar partidos políticos para essa nova investida.
A inteligência desses novos guerrilheiros entendeu que para ter sucesso eleitoral era preciso bandeiras que sensibilizasse os eleitores.
Perceberam que havia uma inquietação na classe media.
Em razão de mudanças estruturais da economia mundial, deu-se inicio a quebra ou fechamento de empresas tradicionais, que geravam empregos e renda.
E o ressurgimento dessas empresas em países do Oriente, onde seu custo de produção era consideravelmente menor.
Começou o processo de perda de empregos bem remunerados.
Quando havia uma recontratação era com salário inferior ao que recebia antes.
Começou o achatamento salarial da classe media.
Com isso, deu-se inicio ao fim do “american way life”, no qual a classe media vivia sua zona de conforto.
As repercussões chegaram ate nós, como um a onda.
Aqui no Brasil, em São Paulo, muitas indústrias encerraram suas atividades.
Algumas se mudaram em direção ao nordeste em busca de locais com salários e impostos menores.
Outras importavam os produtos que produziam antes por aqui, pois conseguiam “produzir no exterior” com custos inferiores.
Surgiu a oportunidade para conquistar parte dessa classe media que começava a se sentir desamparada.
O discurso progressista era o de suporte social.
Que acabou por virar em Constituição em 1988.
Daí em diante deu-se o sucesso político que a “esquerda” começou a experimentar, culminando com a eleição de Lula.
Se a esquerda que tomou o poder em parte da America Latina tivesse realmente o propósito de melhorar as condições da classe media, estariam no poder ate hoje.
A classe media não quer saber quem esta no poder.
Quer ter sua zona de conforto assegurada.
Como ocorre hoje na China.
Entretanto, a razão motivação da esquerda latina era chegar ao poder para roubar.
Para alojar sua militância nos empregos públicos.
Sem exceção, em todos os governos de esquerda da America Latina, houve um inchaço da maquina publica.
Parte bem remunerada, para servi-lo e ajuda-los a se manter-se no poder.
A ponto da Venezuela, de tanta corrupção e incompetência na administração publica, ter-se tornando um país em que a classe media praticamente desapareceu.
Ou você faz parte do governo e é rico.
Ou é pobre, como o restante da população.
Felizmente, por aqui no Brasil, surgiram as denuncias de corrupção e o despertar da classe media, ate então calada.
A Lava Jato teve papel importante nesse processo de freio da esquerda bandida.
Foram arrancados dos criminosos suas mascaras de bons mocinhos.
Ficaram nus!
Novamente essa classe media reagiu.
Desta vez, sentindo-se enganada, surgiu um sentimento de ódio contra a esquerda.
O nós contra eles.
Reagiu, também, com o voto contra a esquerda.
Embora nos USA não houvesse um governo de esquerda, nos moldes do restante das Américas, havia uma classe media descontente com o governo.
Foram criadas também por lá as condições para se eleger Trump.
Assim como na Grã Bretanha foram criadas as condições do Brexit, inclusive com a chegada ao poder, no cargo de primeiro ministro, de Boris Johnson, que se assemelha em imagem e pensamento a Trump.
Aqui no Brasil aconteceu o mesmo, com a eleição de Bolsonaro.
Será que, desta vez, a direita vai conduzir a classe media para um novo “american way life”?


2 comentários:

  1. desde que a gente é gente ....desde os primórdios a vids nos mostra que a historia se repete é CÍCLICA e como uma gangorra....às vezes sobe as vezes desce .....y asi pasan los dias
    SALUDOS

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