quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A irresponsabilidade financeira



Racionalmente, situações tendentes à falência financeira só deveriam acontecer em imprevistos, a que estamos sujeitos, por mais planejadores que sejamos.
Dentro dessa ideia, a disciplina no equilíbrio financeiro deveria ser o comportamento usual das pessoas.
A regra básica é: se gasta, no máximo, o que se ganha.
Mas, não é assim.
Entre as inúmeras razões do rompimento dessa regra, há aquela ocasionada pela disponibilização do financiamento, que possibilita a gastança além do que se ganha.
Essa facilidade deveria ser apenas para que se pudesse comprar um patrimônio, por exemplo, cujo valor excede o quanto se tem disponível para gastar num determinado momento.
Como alternativa, poderia se poupar ate atingir o valor da compra e ai efetua-la no futuro.
Mas, isso exigiria que se adiasse a compra para um futuro muito distante.
Então, fatalmente opta-se pelo financiamento para que se tenha, hoje, o objeto que se pretende comprar.
A decisão em tomar ou não esse financiamento exige que se analise antes se a amortização e juros desse financiamento se encaixam no seu fluxo de caixa futuro.
Caso não seja possível, não se deveria obter o financiamento.
Entretanto, o impulso de ter o que se deseja é maior e anula qualquer analise.
O problema do endividamento é quando ele serve para compras desnecessárias, apenas pelo prazer de se consumir.
Muitas pessoas sofrem desse consumismo desnecessário e irrefreável.
Não precisam de nada.
Mas, querem comprar, comprar e comprar.
Deveriam buscar tratamento psicológico.
É uma doença.
Acredito que se trata de uma pandemia.
É grande o numero de pessoas endividadas sem que realmente se trate de uma necessidade patrimonial ou de um infortúnio, que a obrigou a um gasto inesperado, e que lhe trouxeram o descontrole financeiro.
O interessante é que não se julgam culpadas.
A culpa sempre é dos outros.
É fácil culpar os outros.
Em geral culpam o banqueiro, dizendo que eles os extorquem com juros altos e impagáveis.
Mas, quem contraiu o empréstimo foi você!
Enquanto não se assumir as responsabilidades pelos seus atos e, ao errar, culpar os outros, nunca seremos uma nação desenvolvida.
Há aqueles que querem o estado sendo seu cuidador.
Abrem mão de sua liberdade de decidir para que não tenham preocupações financeiras.
Para esses, no estado dominador, não haverá financiamentos em abundancia.
Então o problema do endividamento deles, praticamente, não existe.
Mas, há aqueles liberais, que depois que se endividam e perdem sua capacidade de pagar o financiamento, deixam de ser liberais para exigir que o estado resolva seu problema.
Apoiam o estatismo momentaneamente.
Querem anistias e perdões das dividas.
Querem a intervenção do estado na limitação de juros.
Atendidos, querem o restabelecimento do liberalismo para, novamente, entrar num outro ciclo de dividas.

3 comentários:

  1. Marco Pires@
    Exato! E começa com o mandatário do país que acredita que dívida trás crescimento, mas não olha o tamanho da dívida pública! Vamos aguardar quando nos tornaremos outra Argentina!

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  2. Só que uma Argentina muito maior que trará um problema enorme para o povo, que Sempre paga as contas dos políticos!!!!!

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  3. Hoje está fácil de responder! Apoiadas as respostas dos dois colegas anteriores.Maria Alice Rezende de Campos Prado

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