Eu sou Charlie

Hoje lendo o artigo de Helio Schwartsman, na FOLHA, encontrei o que tentava me expressar.
Não conseguia definir, de forma clara, o porque devemos apoiar o Charlie Hebdo, na França.
Se realmente somos democráticos, eis a explicação:
“O que esta em jogo aqui não é apenas a imagem dos jornais e a sensibilidade de leitores, mas a própria dinâmica da democracia, compreendida como o regime em que todas as idéias estão permanentemente abertas ao escrutínio. Para que isso efetivamente ocorra, é preciso tirar o cidadão de sua zona de conforto, expondo-o a visões de mundo diferentes das suas. Ainda que isso lhe ocasione sofrimento psíquico, é importante que ele se de conta de outras abordagens são possíveis e podem ser tão legitimas quanto a sua. Para funcionar plenamente, a democracia exige algum nível de insulto.”