quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

atualizando a peça teatral "Le Diable Rouge"

Reproduzo o diálogo de quase 400 anos da peça teatral "Le Diable Rouge", de Antoine Rault, entre os personagens Colbert e Mazarino, durante o reinado de Luís XIV, século XVIII.

Entretanto, vou repagina-lo para os tempos atuais.
Ficaria assim:

Local :Palácio do Planalto, sala da Presidência da Republica.

Dilma Rouseff:
-Para arranjar dinheiro, há um momento em que  enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Ministro da Fazenda, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…

Joaquim Levy:
- Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas e não consegue honra-las, vai parar na prisão. Mas o Estado é diferente! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se…Todos os Estados o fazem!

Dilma Rousseff:
- Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Joaquim Levy :
- Criando outros.

Dilma Rousseff -
Mas, já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Joaquim Levy:
- Sim, é impossível.

Dilma Rousseff:
 - E sobre os ricos?

Joaquim Levy:
 - E os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta, faz viver centenas de pobres.

Dilma Rousseff:
- Então, como faremos?

Joaquim Levy:
- Dilma! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos,
mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média! 

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