sexta-feira, 13 de março de 2015

Irritação permanente

Estou vivendo um momento difícil.
Vivo em estado de irritação permanente.
Não aguento mais assistir o cinismo daqueles que assaltaram os cofres públicos e se defendem com argumentos insólidos.
Foram pegos na delinquência?
Reconheçam seu erro. 
Desculpem-se.
Devolvam o que roubaram.
Respeitem a inteligencia das pessoas.
Ontem, assistindo o depoimento do ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli na CPI do Congresso, fiquei revoltado.
Primeiro porque ele não faz parte da lista de investigado.
Era apenas uma testemunha.
Como assim? 
Ele foi o presidente da Petrobras no período da roubalheira!
Mas, conseguiu se safar.
Talvez porque se fosse envolvido, muita coisa ele seria capaz de revelar.
Na condição de testemunha, Gabrielli repetiu, a exaustão, um mantra curioso.
Dizia que na Petrobras, houve apenas um roubo localizado praticado por funcionários desonestos.
Se estivesse presente à reunião, seria capaz de meter-lhe a mão na cara.
Não que seja a favor da violência física.
Ao contrario.
Mas, senti-me mais uma vez insultado em minha inteligência.
Vilipendiado!
Como não houve roubo sistêmico na Petrobras?
Foram roubados bilhões. 
Como isso passou despercebido?
Afinal, não havia toda uma Diretoria, Conselhos, Auditorias.
Que custou uma fortuna, pois suas remunerações são elevadas!
Como ninguém desconfiou de nada?
Como ninguém percebeu, no mínimo, que havia um desperdício, uma irresponsabilidade com o patrimônio da empresa?
Todos que lá estavam acharam que tudo estava normal?
Isso vai além da incompetência.
É o reconhecimento explicito da instalação de uma quadrilha.

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