Criticamos nossos políticos.
Mas, já fizemos uma auto analise
de nos mesmos?
É difícil, concordo.
Primeiro, porque temos a
convicção que estamos sempre certos.
Os outros é que estão
errados.
Em seguida, encontramos um
culpado por tudo isso.
Ora é nossa origem
lusitana.
Ora é a falta de educação
escolar.
Sempre haverá um culpado,
que não nos mesmos.
Concluímos, então, que a única
saída é mudar de pais!
La, tudo será diferente.
Iremos para uma Pasárgada.
“Lá sou amigo do Rei...
Aqui eu não sou feliz...
Em Pasárgada tem tudo.
É uma outra civilização.”
Agindo assim, desmascaramos,
de vez, nossa cultura individualista.
Mais do que isso, nossa
total falta de cidadania.
Não pensamos no coletivo.
No caso da segurança
publica, por exemplo, toda vez que atinge alguém do andar de cima ficamos
revoltados.
Mas, passa logo.
Tão logo resolvemos nosso
problema individual de segurança, comprando um carro blindado ou tendo acesso a
uma segurança privada, imediatamente deixamos de nos preocupar com a segurança
pública.
Que se danem os outros.
Eu e minha família estamos
protegidos.
Mas, agimos exatamente assim com tudo.
Há uma cultura enraizada.
A cultura do levar, individualmente, vantagem em tudo.
A cultura do eu posso tudo.
A lei?
Ah! A lei é para os outros.
E outras culturas devastadoras que impedem uma boa e justa convivência social.
Enquanto não mudarmos nossa cultura atrasada, talvez, nunca mudemos nossa realidade.
Por outro lado, há diferenças
entre as pessoas?
Sim, claro que há.
Não é por minha vontade ou
decisão.
Pura constatação.
Não adianta imaginarmos
que todos são iguais e agirmos como se isso fosse uma verdade absoluta.
Não é.
Concordo que deve ser uma
meta a ser atingida.
E perseguida o tempo todo.
Mas, temos que entender
que isso só acontecera após um processo, cujo tempo será definido pelas opções
que fizermos.
Pode ser mais curto, como
pode ser mais longo.
Se pertencemos a uma chamada elite, cabe a nós o comando da nação.
Não para se locupletar.
Mas, para liderar, dentro do processo natural e existencial dos seres vivos.
O fato concreto é que,
movidos pela nossa cultura, deixamos a política correr solta.
Permitimos ser tomada pela
corja que lá se alojou.
Reclamamos com razão.
Assistimos a uma escalada
de assalto aos cofres públicos inimaginável!
Mas, a culpa do PT chegar
ao poder e desse descalabro todo é de todos nós.
Influenciados pela nossa
cultura, muitos, que no inicio eram reticentes, se entregaram a sedução.
Acabaram ganhando muito dinheiro nesse governo.
Equivocadamente, atribuímos
aos menos desfavorecidos a continuidade desse governo.
A verdade é que eles só
pegaram as migalhas caídas do colo dos que se enriqueceram.
Muitos envolvidos na
cadeia produtiva e comercial de bens de consumo e bens duráveis, outros em operações financeiras, enfim, todos foram
beneficiados com privilégios no governo petista.
Muitas categorias de funcionários
públicos foram cooptadas com aumentos salariais.
Especificamente aquelas, cujo
poder de influencia nas atividades governamentais, permitiram o livre transito
dos políticos, no poder, sem freios.
Outros, em decorrência do crescimento
econômico mundial, que vivenciamos no governo Lulla, também pegaram seu quinhão.
Não foi por acaso que esse governo conheceu altos índices de aprovação.
Ate enxergarmos a dura realidade.
Outra dificuldade que
temos.
Distinguir o joio do
trigo.
Enquanto era festa, era só
alegria.
Agora chegou a conta.
Não existe almoço grátis.
Os mesmos que antes se
lambuzaram agora começam a reclamar.
Ou mudamos nossa conduta.
Ou sempre seremos
brasileiros com pensamento colonialista e depredatório.
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