sexta-feira, 29 de junho de 2018

Como mudar o Brasil?




É uma pergunta que alguns simplistas acreditam ser fácil de responder.
- Povo na rua, dirão alguns democráticos, que acreditam na mobilização popular.
- Intervenção militar, dirão outros, saudosistas de um governo militar que tivemos no passado, mas que hoje não tem mais espaço na política moderna.
Mas, ha uma pergunta nunca feita:
Mudar para qual interesse?
Aqueles que se beneficiam do modelo atual não vão querer mudar nada daquilo que lhes interessa.
Mas, naquilo que não, são adeptos.
Mas nem tanto.
Sabem que por onde passa um boi, passa a boiada.
Alguém vai querer perder seus benefícios imorais?
Seus altos salários acima do teto estabelecido por Lei?
Seus contratos superfaturados?
Claro que não!
Estes certamente querem manter o patrimonialismo.
Enquanto lhes for conveniente.
Mas, manter o patrimonialismo do próximo são absolutamente contra!
Veja o caso dos membros do Poder Judiciário.
Mobilizam-se para um aumento irresponsável de 12% em seus salários.
A justificativa é equilibrar o corte do auxilio moradia, que muito se fala e nunca acontece.
Capaz de vir o aumento e não ocorrer o tal corte!
De outro lado, um pequeno grupo de privilegiados, através de manobras ilegítimas, mas bem engendradas, conseguiu levar na Justiça do Trabalho R$326milhões do SERPRO e R$17 bilhões da PETROBRÁS!  
Como mudar o Brasil?
A complexidade dessa mudança esta no fato de que em nossas cabeças privilegiamos mais o desejo individual de levar vantagem contra a necessidade de colaborarmos mais com os demais membros da sociedade.
Enquanto esse equilíbrio não existir nunca faremos mudança alguma.
Tudo continuara como esta.
No momento, a pauta de mudança é o Supremo.
As recentes decisões a favor da impunidade e contra as ações da Lava Jato praticadas por aqueles três conhecidos membros nos afligem.
Seja por vaidade, por ideologia política ou imparcialidade são decisões que trazem uma insegurança jurídica.
Estabelece uma crescente falta de confiança na instituição, semelhante a falta de confiança que existe nos políticos tanto do Executivo quanto do Legislativo.
Essa quebra de confiança institucional é preocupante.
No limite, o que acontecerá?
Nessas situações catastróficas, tudo pode acontecer.
A coisa se agrava na medida que sabemos que pouca coisa poderemos fazer, além de protestarmos nas mídias sociais.
A meu ver, o Supremo ocupa um espaço destinado ao Executivo, que por sua fraqueza de poder perdeu a mão.
Como exemplo, é o caso do Supremo tomar as redias na decisão do frete dos caminhoneiros.
E também o faz ocupando o espaço do Legislativo quando decide legislar sob nova interpretação das Leis pelos seus membros.
Para mudarmos o Supremo só através de medidas tomadas pelo Congresso.
Não esse que ai esta, comprometido ate o pescoço com problemas na Justiça.
Teríamos que renovar todo o Congresso.
Mas faremos isso?
Acho que não.
A explicação esta no fato de que 41% dos pesquisados não escolheram sequer em quem votar para presidente da Republica!
Segundo pesquisa IBOPE, divulgada nesta quinta feira 28 de julho de 2018.
Que é um cargo majoritário.
Se formos então falar de votação no Congresso ai a coisa deve ficar pior ainda!
Votar em quem?
Seja por desencanto com a política, diante de tanta roubalheira e impunidade, seja por alienação política, o fato é que a reação de expressiva parte da população é fazer como a avestruz.
No iminente perigo enfia a cabaça no buraco, para se esconder.
Não votar ou não escolher ninguém em quem votar é privilegiar os políticos corruptos que ai estão.
Porque seus eleitores no cabresto votarão neles, com certeza.
Como mudar?
Pela via democrática é identificar esses 41% e convencê-los a votar em quem acreditamos.
Se por um lado há aqueles que querem mudar na busca de um novo elemento na política e encontraram no partido NOVO essa alternativa.
Diante dessa realidade da pesquisa há uma chance muito grande do Partido NOVO conquistar o poder fazendo esse trabalho.
Mesmo sabendo que na pesquisa João Amoedo pontua mísero 1%.   
Mudar com Bolsonaro?
Não vou desqualifica-lo porque isso ele sabe fazer sozinho.
Mas, depositar nele a esperança de uma renovação é um sonho tão irreal quanto os que acreditaram que Collor fosse de fato acabar com os marajás!
Entendo que muitos manifestam seu voto em Bolsonaro para se opor a um eventual retorno dos PTistas ou satélites.
Bobagem.
Mesmo no cenário de uma remota candidatura Lulla, que viesse acontecer por obra do Supremo, a pesquisa é objetiva.
Os 33% de Lulla, na verdade, são relativos aos votos validos.
Não são computados os votos dos pesquisados que não escolheram em quem votar!
Portanto no universo global os eleitores de Lulla são bem menos.
Um ponto é certo.
Tanto o João Amoedo como Bolsonaro enfrentarão um Congresso habilidoso em seus pleitos e ambicioso por cargos.
Qual deles terá mais habilidade nesse trato?
Bolsonaro mostrou-se fraco, em seu mandato no Congresso.
João Amoedo é uma incógnita.
Ate hoje não teve oportunidade de revelar sua capacidade, por ser novato na política.
Restam aqueles que querem mudar, mas continuam apostando na velha política.
Evidentemente que esses políticos, com todos seus cacoetes ultrapassados, entenderam que a opinião publica não quer o mesmo do mesmo.
Entretanto, com eles pouco haverá de mudança.
A mudança so ocorrerá mesmo, como disse, quando mudarmos nossa maneira de pensar.
E não vejo essa mudança.
Mas, uma mensagem é certa.
Para ganhar essa eleição é preciso identificar aqueles que não têm candidato e convencê-los a votar em quem acreditamos.

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