sábado, 23 de fevereiro de 2019

A nova Previdência


Essa situação que o Brasil vive hoje de altos salários para uma casta de funcionários públicos começou a acontecer a partir da Nova Republica.
Ate então os salários estavam em patamares aceitáveis.
Primeiro porque havia uma arrecadação menor.
Havia muita sonegação fiscal alem da carga tributaria estar em nível inferior ao que é hoje.
O Brasil começou a experimentar um crescimento maior em função de um aumento na produção, associado a melhora nas exportações.
Assim como um maior combate a sonegação.
Isso fez com que o PIB aumentasse e a arrecadação aumentasse.
Os políticos, com dinheiro arrecadado aumentando, resolveram aumentar as despesas do governo.
Nesse momento, a casta de funcionários públicos com maior poder de dissuasão, percebendo a oportunidade de poder aumentar seus rendimentos, no roldão de aumentos de despesas, começou seu lobby.
O discurso tinha como argumento o fato de que o estado não tinha bons profissionais porque pagava pouco para seus profissionais.
A ideia ganhou aderência na sociedade, que almejava um serviço de melhor qualidade.
Os políticos imediatamente acataram a ideia.
Ate porque incluíram-se como beneficiários desses aumentos.
Inaugurou-se ai um crescente aumento dos salários dessas castas.
Sem contudo haver nenhuma melhora expressiva nos serviços públicos.
O governo diante de mais despesas, que ele mesmo aprovou, viu-se com um problema de caixa.
Gastava mais do que arrecadava.
Ao invés de cortar despesas, trilhou pelo caminho mais fácil.
Aumentar os impostos.
Outras castas de funcionários públicos percebendo que também tinham direito a participar do butim, revindicaram aumentos.
E foram contemplados.
Outras castas, ainda não contempladas, pediram equiparação àqueles que lograram sucesso em suas revindicações.
E também foram contemplados com aumentos salariais reais.
Não foi apenas recomposição inflacionaria.
Eram aumentos que duplicaram, triplicaram os salários reais de determinadas categorias.
Mas, não ficaram satisfeitos com esses aumentos todos.
Queriam mais.
Diante da impossibilidade orçamentaria os políticos impuseram um teto salarial.
Na verdade era uma forma de justificar a não concessão de aumento, pois estava na Lei.
Mas, a força politica de determinadas castas, foi e é tanta que nem o teto respeitaram.
Inventaram mais e mais penduricalhos para terem salários de marajás!
Sem que os políticos tivessem coragem de impedir.
Como não o fizeram, uniram-se a eles.
Resolveram aderir ao subterfúgio e eles também ultrapassaram o teto com penduricalhos.
Ate chegar aos níveis salariais que hoje assistimos indignados.
Assim como às aposentadorias e pensões impagáveis.
Hoje o estado gasta praticamente o que arrecada para pagar esse custo insuportável.
Assim estamos diante de uma nova Previdência.
Que promete reduzir as diferenças existentes e buscar um equilíbrio nas contas fiscais.
É importante e devemos apoiar.
Mas, além disso o estado também precisa rever sua estrutura e acabar com os privilégios indevidos.
Mas, isso é assunto para outro presidente.



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