segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Os donos do universo



Por muitos milênios a humanidade acreditou que a Terra fosse o centro do universo.
Poucos acreditaram que a Terra não fosse esse centro.
Mas, foi só através de Copérnico, quando estabeleceu a teoria heliocêntrica do sistema solar, que a Terra passou a ser enxergada como um mero componente desse sistema.  
A partir daí, a ciência foi-nos apresentando a imensidão do universo.
Até que chegássemos a reflexão de que a Terra era apenas um pequeno ponto azul no sistema solar.
Sem significância perante o universo.
Esse conhecimento nos fez acreditar que a humanidade não tinha a grandiosidade, que sempre acreditou ser.
Passamos a nos enxergar como algo insignificante, diante da imensidão do cosmo.
Entretanto, isso não é verdade.
O interessante é que, diante do conhecimento que temos hoje, a vida que existe na Terra parece ser única no universo.
Temos quase certeza absoluta que no sistema solar não existe vida.
Se existir, possivelmente, esta no nível primário semelhante ao inicio da vida na Terra.
Quanto ao restante do universo, não temos meios tecnológicos para sabermos com certeza se há vida.
Mesmo que aja, não sabemos em qual estagio evolutivo esta.
O fato é que foram necessários milhões de anos para que houvesse a evolução da célula única para múltiplas células.
Foi a partir daí que surgiram as varias formas de vida.
Essa evolução caótica possibilitou o surgimento da humanidade.
Fato este recente, em termos de tempo da existência da Terra.
A humanidade existe por uma serie de conformidades encontradas na Terra.
Mesmo a Terra sendo acometida por manifestações naturais destruidoras, tanto climáticas como geológicas essas condições, com algumas variações, se mantêm equilibradas ate hoje.
Mesmo a excepcionalidade do meteoro, vindo do espaço, que supostamente destruiu os dinossauros, não proporcionou descontinuidade na evolução da vida.
O que torna a humanidade especial é que nossa existência possibilitou que o universo pudesse saber de sua existência.
As demais formas de vida não enxergam nada alem do seu redor.
Nem tem consciência de sua própria existência.
Quanto mais do universo.  
Outra crença que humanidade sempre acreditou é a de que a humanidade um dia acabara.
Realmente hoje, há um armamento suficiente para destruir a humanidade.
Mas, não a Terra.
Surgira outra forma de vida que substituirá a humanidade, no papel de dominador do planeta.
Com ou sem inteligência.
Talvez o universo perca a única chance de ter inteligência.
Ou não.
Ate porque ela pode estar sendo gestada em algum outro lugar do universo.
Nunca se sabe.
A evolução intelectual da humanidade, entretanto, não acompanhou o desenvolvimento tecnológico.
A massa humana ainda vive submetida a padrões naturais dos animais, como a defesa do território, a primazia da transmissão genética, a liderança sobre o grupo, que nos fazem lutar e matar nossos semelhantes.
Talvez, essa herança genética, associada a inteligência humana, que percebe o perigo iminente de nosso semelhante, nos faça crer que nosso fim individual ou do grupo ao qual pertencemos, possa significar o fim da humanidade.  
Mesmo com a inteligência que temos, não conseguimos entender que é possível uma convivência harmônica.
Ao contrario, alguns utilizam essa inteligência para tornaram-se superiores aos demais do grupo e conquistar os mesmos padrões naturais, pois possuem a habilidade de iludir o próximo.
Isso se explica porque cada indivíduo ou grupo tem determinadas habilidades que os demais não tenham.
E vice versa.
A diversidade não é um problema.
Ao contrario, foi graças a ela que conquistamos o desenvolvimento tecnológico que vivemos.
Entretanto, assim como há cientistas de ponta, no outro extremo há indivíduos que sobrevivem porque a natureza possibilita que vivam apenas com o que ela oferece em seu meio ambiente.
No meio disso, há uma massa com superioridade numérica de indivíduos que vivem usufruindo da tecnologia desenvolvida por aqueles, cuja capacidade e habilidades, proporcionaram esse avanço tecnológico.  
Se, num evento hipotético, morressem essas pessoas capazes e habilidosas, em pouco tempo, a humanidade voltaria a viver sem eletricidade, sem a tecnologia.
Muitos morreriam.
E a humanidade voltaria à idade da pedra lascada.
É nessa massa que reside o risco do fim da humanidade.
Como os dinossauros ignoram os riscos naturais.
Alem disso proporcionam riscos causados por eles próprios.
A poluição que causam não acabara com o planeta.
Esse seguira seu ritmo cósmico.
Mas, trará prejuízo a eles próprios.
Na medida em que o meio ambiente em que vivem fica deficitário, suas próprias vidas sofrerão as consequências.
Pelo simples fato de que a Terra disponibilizou para a humanidade uma serie de conformidades para sua existência.
Se destruirmos ou obstaculizamos parte delas, nos mesmos seremos os prejudicados em nossa sobrevivência.


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