sábado, 16 de abril de 2022

O candidato ideal

 




Novamente no dilema.
Bolsonaro ou Lula?
Bolsonaro não é o mesmo de 2018, com toda sua rebeldia ao sistema.
Aquela rebeldia... se esvaiu.
Hoje não tem a mesma força política para mantê-lo ativamente rebelde.
A menos, é claro, de suas investidas contra as urnas eletrônicas e contra o STF.
Mas, mesmo contra o STF já relaxou, após o 7 de setembro fatídico.
Ou teria, por aquele tribunal, sua porta de saída.
Hoje Bolsonaro virou refém do "centrão".
Se não aceitasse essa condição, levaria um impeachment nas costas, como aconteceu com Dilma.
Ao contrario do que muitos pensam, inclusive Bolsonaro, ser presidente não significa poder absoluto.
Isso só ocorre na ditadura.
Ainda assim é necessário dividir parte do poder com o grupo que esta no poder junto e que lhe da sustentação.
Na Venezuela, por exemplo, há mais generais que soldados.
Foi o jeito de ter as forças armadas venezuelanas apoiando Maduro.
Ser presidente exige, antes de tudo, capacidade de articular com as forças políticas vivas que convivem na democracia.
Não é para qualquer um.
Além da necessidade imperativa de ter um plano de governo.
Lula tem um plano de governo, conhecido por todos e com o apoio do seu partido PT.
Deixemos de lado, nesse momento, a questão da roubalheira que houve em seu governo.
Vamos analisar um suposto Lula honesto.
Lula tem um plano de governo populista, antiliberal na economia, estatizador, apoiador do sindicalismo compulsório e de sindicalista compondo seu governo.
Encontra eco em muita gente.
Mas, para muitos, como eu, somos contra esse projeto de Lula.
Umas das razões pela qual nos fez nos unir a Bolsonaro em 2018.
Lula tem um perfil liberal nos costumes, que também o ajuda a compor um apoio de outros tantos.
Nesse aspecto, em parte, sou mais favorável a liberalidade nos costumes.
Repudio alguns excessos, como a questão do gênero, que se tornou um tema mundial.
Ao contrario de Bolsonaro, que é conservador nos costumes.
Mas, segue a mesma linha populista de Lula.
Além de se colocar como o sindicalista dos militares e coloca-los expressivamente em seu governo, sem o critério da meritocracia.
Como foi o caso da nomeação do General Pazuello para o Ministério da Saúde.
Quanto a liberalidade na economia, apesar do discurso de Bolsonaro ser nesse sentido, mostrou-se fraco na pratica.
A ponto de ele perder da equipe excelentes profissionais capacitados.
Ao perceberem a incapacidade de Bolsonaro na condução política das reformas que se propuseram fazer, preferiram sair do governo, restando apenas o titular do Ministério.
O problema em Bolsonaro em se submeter ao “centrão” é que não tem um projeto de governo que ele defenda.
Serviria para, ao menos, justificar sua permanência e conseguir homeopaticamente implanta-lo.
Assim, mantê-lo no cargo significa, para nos cidadãos comuns, continuarmos sendo extorquidos por parlamentares, cujo projeto é manter-se no poder, esquecendo-se de um projeto para o Brasil.
Há vários outros nomes colocados como terceira via, mas, pelo menos por enquanto, nenhum conseguiu sensibilizar o eleitor para remover um dos dois polos e tornar-se uma opção viável.
Ainda que não tenha se manifestado como uma opção, vejo Temer com bons olhos.
Conhece a pratica política como nenhum outro.
Ainda que tenha caído na cilada praticada pelo Joesly, sob a supervisão de petistas interessados em derruba-lo, como revanche a queda de Dilma, Temer saiu-se bem no episodio.
Apesar da pressão da banda podre a qual pertence Temer tinha um projeto de governo.
Conseguiu, com todas as dificuldades, iniciar as esperadas reformas e deixar um legado.
Temer, com todos seus pontos negativos, seria o candidato ideal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.