Conte Sua História de São Paulo pela CBN - O Texto que foi ao ar.

Apesar do erro no meu nome no texto da apresentação, esta ai minha participação no Programa Conte sua Historia de São Paulo que foi ao ar pela CBN.
Na locução meu nome é dito correto. 

Acesso pelo link: http://miltonjung.com.br/

Desde ja agradeço o prestigio de sua audiência.

O texto integral que foi ao ar esta a seguir:
Nasci em São Paulo e toda a minha vida se desenvolveu nesta cidade.

Das varias historias que teria para contar selecionei uma, a que irei relatar.

Ela estava guardadinha la no fundo do meu bau.

Reavivei-a quando encontrei no facebook a pessoa que participou dessa memoria e pude então contar a ela a historia. 

E agora conto a você também.

Morava em Moema e estudava em Santo Amaro na escola estadual Alberto Conte.

Onde hoje esta a Avenida Ibirapuera e Avenida Vereador Jose Diniz, havia uma linha de bonde.

Ia para a escola nesse meio de transporte.

Tinha uns 14 anos e estava apaixonado pela minha colega de ginásio, mas não tinha coragem de revelar isso a ela.

Era muito tímido.

Ela virou minha namorada platônica

Ela morava no Brooklin.

Mas,preferencialmente ela usava ônibus para ir a escola.

Apenas algumas vezes ela ia de bonde.

Certo dia, amigas em comum, que sabiam da minha paixão pela menina, resolveram agir como cupido.

Quando a minha namorada platônica entrou no bonde, que naquele dia estava vazio, todas elas se afastaram de nós, deixando ela e eu sozinhos para podermos conversar.

Fiquei atônito.  

Não consegui nem cumprimenta-la.

Sumiram todas as palavras da minha boca.

Ela, talvez, por não entender o que acontecia ficou na dela.

Eu fiquei mudo ate Santo Amaro.

Minhas amigas ficaram desapontadas comigo e me avisaram que nunca mais iriam me ajudar na aproximação de nós.

O fato é que naqueles tempos nunca tive coragem de me aproximar dela e revelar minha paixão.

Os tempos passaram e essa coisa mal resolvida estava guardada em minha lembrança.

Hoje estou casado, com filhos e netos.

Não para viver um momento que nunca tive, mas como curiosidade, sei la, queria encontrar aquela minha namorada platônica e saber como foi a vida dela.   

Queria contar a ela a minha paixão.

Graças ao advento do facebook pude encontra-la.

Ela não se lembrava da minha existência, mas aquiesceu a amizade.

Foi quando, então, pude revelar a ela aquela paixão juvenil.

Hoje somos apenas amigos.

Senti-me liberto de uma paixão que remoía.