Nos bastidores da política
é que se planejam as ações.
Como num jogo de xadrez, os
jogadores não ganham o jogo no primeiro lance.
Muitas peças serão movidas
antes do final do jogo.
Há muito raciocínio e
planejamento envolvido!
Cujo conteúdo desconhecemos.
Tomamos conhecimento apenas
do lance dado.
Assim, a cada momento,
somos surpreendidos por lances inesperados.
Nessa questão do
impeachment de Dilma muitos acreditam que tudo começou quando Dilma foi pega na
mentira de sua campanha eleitoral.
Não é verdade!
A queda de Dilma, como ela
bem diz, é um golpe, sim.
Calma!
Não virei PTista do dia pra
noite.
Explico.
O PMDB percebeu que o
Plano Criminoso de Poder do PT estava sendo seguido à risca e poderia mantê-los
no Poder por anos a fio.
Sabia que o risco de nos
tornarmos uma Venezuela, uma Cuba era iminente.
Esse sim, de fato, seria o
golpe!
Então o PMDB se preparou
para um contra golpe.
Mas, teria que ser feito
com muita habilidade.
Qualquer erro poderia ser
fatal.
O PT estava muito forte.
Os ventos econômicos
vindos do exterior eram favoráveis.
Conduziram o Brasil a uma
prosperidade inédita.
Doce ilusão.
De fato houve sim uma
prosperidade.
Ainda que por um tempo.
Era uma bolha!
Mas, enquanto perdurou foi
habilmente explorada.
Lulla se esbaldou com a
consagração de sua taxa de aprovação altíssima.
O povo estava com ele!
Os empresários estavam com
ele!
Os políticos estavam com
ele!
A ponto de envolver os
Congressistas nas negociatas de governo, para em contrapartida assegurar sustentação
política.
Já o PSDB, não se
apercebeu desses fatos.
Ou, se percebeu, não deu a
importância devida.
Quando estourou o Mensalão,
o PSDB acreditava que Lula iria sangrar ate a próxima eleição e acabaria sendo
defenestrado do Poder.
Doce ilusão.
Com essa perspectiva o
PSDB teve uma atuação de oposição fraca.
Nada fazia.
Acreditavam sempre que o
PT cairia sozinho.
Mas, acontecia justamente
o inverso.
Cada vez mais o PT se
fortalecia.
Enquanto isso, o PMDB
acompanhava atentamente a tudo e a todos.
Sabia que precisava tirar
o Poder do PT o quanto antes.
Como bom estrategista, o
PMDB primeiro se aliou a ele.
Era natural.
Sempre foi notório que o PMDB
servia a situação que estava no poder.
Era sua forma de conviver
com o Poder.
Foi fácil aderir ao governo.
E conquistou a vice Presidência
da Republica.
O objetivo sempre foi
pegar a Presidência.
Mas, a queda de Dilma não
estava madura.
A opinião publica
precisava estar do seu lado.
Não era fácil mudá-la de
opinião.
O PT sabia também jogar o
xadrez que estava na mesa.
Entretanto, o PMDB
acompanhava a própria cova que Dilma começou a escavar.
Percebeu que era o momento
de se articular politicamente.
Desta forma, tomou o
Congresso para si.
Emplacou o presidente do
Senado e o da Câmara Federal.
Estava armada a queda de
Dilma.
Era só uma questão de
tempo!
A gestão temerária de
Dilma eclodiu após sua eleição em 2014.
Era o argumento necessário
para a mudança de opinião do povo.
Começou, então, haver um surpreendente
descontentamento do povo.
A seguir dos empresários.
A ponto de o povo ir às
ruas para exigir a saída de Dilma.
Aliás, o povo pensa que
estando nas ruas derruba algum político.
Doce ilusão.
Não derruba.
Mas, ajuda.
Haja vista o processo de
impeachment de Dilma.
Só esta em curso porque
teve o Presidente da Câmara para conduzi-lo com firmeza e habilidade.
Se fosse outro, que não
Cunha, estaria natimorto!
Mas, nesse jogo de poder há
um terceiro elemento.
O Poder Judiciário!
Que tem em seus quadros
habilidosos jogadores de xadrez.
O juiz Sergio Moro soube colocar
as pedras certas no momento certo.
A ponto da opinião publica
cada vez mais apoiar o processo de impeachment, que se arrastava.
Finalmente foi aberta a
perspectiva de Temer assumir o Poder.
O impeachment de Dilma, em
sua primeira fase, esta a beira de ser aprovado.
Dilma se afasta e Temer
assume o Poder.
Ainda que próximo do fim, tudo
pode acontecer.
Sabemos que o jogo so
acaba quando termina.
E ainda não terminou.
No dia de ontem, 5 de
maio, uma nova cartada foi dada pelo Supremo Tribunal Federal.
Que também tem entre seus
membros habilidosos jogadores de xadrez!
O fato é que com o apoio
do partido REDE, o PT jogou mais um lance para destruir o processo de
impeachment.
Ingressou com uma Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental.
Com o apoio do presidente
do STF Lewandowski e de Marco Aurélio, foi incluído na pauta do dia a decisão
dessa manobra jurídica.
Entretanto fracassou.
Ao perceber essa
tentativa, o ministro Teori que não foi indicação do PT, mas fez parte da cota
do PMDB no STF, decidiu se pronunciar sobre o pedido anterior de afastamento de
Cunha.
Assim, por unanimidade o deputado
Eduardo Cunha foi afastado da presidência da Câmara.
Sem a revogação de seu ato
de acolhimento do impeachment, como pretendia a REDE e o PT!
Entretanto, como no Brasil
ha um declarado jogo de poder que se utiliza da maquina do Poder Judiciário
para dar suporte a seus lances, não me causara estranheza se o impeachment de
Dilma vier a ser declarado nulo pelo STF.
As coisas não acontecem por mera coincidência!
As coisas não acontecem por mera coincidência!
Essa unanimidade em
considerar abuso de poder de Cunha pode dar munição para argüição de que o ato
de condução do impeachment pelo Cunha possa ter sido ilegal.
E será tentado!
Ainda que no meu entender não seja cabível.
Mas, em se tratando de juristas, que são capazes de tornar vitimas em réus, tudo pode acontecer!!!!!!
Com a chancela de que foi feito tudo em nome da legalidade....
E será tentado!
Ainda que no meu entender não seja cabível.
Mas, em se tratando de juristas, que são capazes de tornar vitimas em réus, tudo pode acontecer!!!!!!
Com a chancela de que foi feito tudo em nome da legalidade....
Mas, ultrapassado esse
fato de futurologia há ainda outros percalços.
Temer uma vez assumindo a
cadeira de Presidente terá dois desafios importantes quase que antagônicos.
Atender os anseios da
população.
E atender os anseios dos Congressistas!
Acho que ele esta num beco
sem saída.
Vai ter que se habilidoso.
Se errar, terá vida curta.
Uma coisa é certa.
O povo pode ajudar a
tirar, mas segurar, não segura!
Assim, Temer não fará nada
impactante no sentido de agradar a opinião publica.
Acredita que colocando
Henrique Meirelles, como ministro da Fazenda, da um sossega leão no povo e nos empresários.
Quanto ao Congresso, se
não atender suas exigencias, cai!
Assim, todas aquelas
expectativas de redução da maquina publica, redução de ministérios, terá que
ser revisto.
A fome do Congresso é
grande.
Será que viveremos mais
uma doce ilusão?
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