domingo, 26 de abril de 2020

Nos, tu, eles

A crise de representatividade sob o ponto de vista do ...

Mais um racha na politica nacional.
Ate então era o nós contra eles.
No caso bolsonaristas contra lulapetistas.
Entre nós, já havia uma subdivisão.
Os bolsominions.
Os que são radicalmente bolsonaristas, aja o que houver.
Como havia um objetivo comum, isso pouco importava.
Desde o episodio da frustada tentativa de Bolsonaro emplacar Eduardo, seu filho, como embaixador nos USA, começou uma trinca entre os nós e os bolsominions.
Apesar de sucessivos episódios que desbastavam a imagem de Bolsonaro, continuávamos firmes apoiando Bolsonaro.
Afinal, embarcamos com ele.
Em respeito a democracia queríamos que Bolsonaro fosse ate o final de seu mandato.
Com todos os tropeços que vinha tendo.
Mas, a queda de Moro, ruiu de vez a tolerância. 
E surgiu o nós, tu, eles.
No caso o tu são os bolsominions.
Porque nós continuamos contra o lulapetismo.
Entretanto não é possível assistirmos complacentes às sandices que Bolsonaro vem cometendo.
Demitiu Mandetta.
Sem juízo de mérito sobre o mesmo, ele vinha conduzindo a crise contra o corona vírus de maneira satisfatória.
Por uma questão de ciumes politico, demitiu-o porque Mandetta tinha mais popularidade do que ele.
Isso não é critério técnico.
Apesar de  ter adiado sua demissão, por temer alguma represália politica, Bolsonaro criou coragem e o demitiu na primeira oportunidade que teve.
Sabendo disso ou não, ele estava fazendo um teste politico.
Como ao efetivar a demissão de Mandetta nada aconteceu, Bolsonaro sentiu-se confortável para demitir sem consequências quem não lhe baixasse a cabeça.
O Nero atual resolveu botar fogo em Brasilia. 
Demitiu Moro na sequencia.
E começou a fritar Paulo Guedes.
Ao mesmo tempo, vimos estarrecidos a entrevista de Roberto Jefferson com uma fantasiosa estoria de conspiração, que de fato era uma manifestação de apoio a Bolsonaro.
Não foi um apoio gratuito.
Esse canalha não da ponto sem nó.
Ja tinha se postado de herói nacional, no episodio do mensalão, quando na verdade não passava de um ladrão.
Roubava junto com seus delatados.
Só fez a delação porque sentiu que sua participação no butim era inferior ao que desejava para si. 
Noutro episodio, desta vez com Temer, também mostrou solidariedade ao mesmo.
Tinha como objetivo emplacar sua filha no cargo de Ministra do Trabalho.
Desta vez, com Bolsonaro, ha um suposto acordo entre eles no sentido de se colocar uma barreira de proteção aos políticos corruptos que aguardam sua vez de ir aos Tribunais.
Dai se explica o porque da tempestiva demissão do chefe da Policia Federal.
Este incomodava os corruptos!
Como Moro não se curvou a isso, sentiu-se na obrigação moral de ir embora.
Essa situação arrancou de vez a mascara de Bolsonaro.
Todo aquele discurso de combate a corrupção foi por terra.
Mas, não fica por ai.
Consolidou seu viés de um autoritarismo nunca visto.
Sua participação numa manifestação pro AI-5 em frente a uma unidade militar, deixou claro que ele quer ser o dono do Brasil.
Ainda que no dia seguinte tenha negado.
O fato é que balões de ensaio são testes para medir se deve ou não avançar.
Como foi absorvida, sua pretensão de fechar todas as instituições democráticas e governar sozinho, avançou uma casa.
Essa insanidade não lhe sai da cabeça.
Como acontece com todo ditador em inicio de carreira.
Ai passou dos limites.
Aliás, Bolsonaro já cumpriu seu papel.
O de servir de ponte para atravessarmos o mar de lama que o lulapetismo nos deixou.
Pode ir embora.
Elegemos um presidente.
Não um ditador. 
Por isso aderimos ao #foraBolsonaro.


4 comentários:

  1. o sentimento de frustação foi tomando conta dos brasileiros a cada fala de Bolsonaro
    Agora FORA BOLSONARO passou dos limites

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  2. Bem colocado as suas palavras... Bolsonaro com certeza deu a sua contribuíção para o Brasil.... Mas agora já era o seu Governo está perdendo toda sustentação e está na hora dele mudar ou cair fora. Que venha o Mourão!

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  3. Falou tudo de forma simples e objetiva e ordenando fatos. Estamos juntos para começar de novo.

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