quinta-feira, 16 de abril de 2020

Todos caminhos levam a Roma



A escolha de Sofia, da Raquel - Sul 21

Estudo promovido no Rio Grande do Sul, numa amostragem de 4.189 pessoas, concluiu que o numero de casos de infectados pelo corona vírus é 7 vezes superior ao declarado oficialmente.
Pela amostragem estima-se que 5.650 gaúchos teriam sido contaminados, contra 747 oficiais.
Ou seja, apenas 0,05% da população de 11,3 milhões de habitantes.
Como representa um numero baixo de infectados, para que se considere a tese de que já há um numero de infectados suficientes para a redução da difusão do vírus, a indicação é a de que se continue o distanciamento social por lá.
Há um consenso cientifico de que se houvesse disponibilidade para toda a população ser atendida pelo sistema de saúde não haveria necessidade de quarentena.
Por outro lado, aqui no Brasil, sem saturação dos hospitais esta havendo mortes!!!
São lamentáveis 1.760 mortes, ate 15 de abril.
Diferente do que ocorreu na Itália, por exemplo, que pela deficiência no sistema de saúde os médicos tinham que fazer “a escolha de Sofia” na escolha de quem seria atendido e quem deveria morrer.
Isso é uma das explicações do porque por lá ter havido um numero de mortos expressivo.
Aqui no Brasil, felizmente, os que aqui morreram não foram por falta de assistência medica.
Não disponho da informação pormenorizada, por isso acredito que essas pessoas estavam potencialmente aptas a falecer por qualquer outra doença.
Esse vírus foi a gota d'água.
Então, a solução de isolamento não é a única saída.
Apenas uma delas.
Precisamos buscar outras.
A vacina seria a melhor de todas.
Mas, devera demorar pelo menos um ano para que esteja disponível.
Se for possível chegar a ela.
Há vírus, como o HIV, que ate hoje não se encontrou uma vacina.
Outra solução é um tratamento eficiente.
Remédios que combatam a doença estão sendo utilizados e testados.
Entretanto, ate o momento, também não se pode afirmar cientificamente que tal ou qual remédio é eficaz.
Por enquanto, os diversos tratamentos parecem funcionar para uns e não para outros.
Sugerindo que podem estar no âmbito do efeito placebo.
Outra solução é a de que se atinja um determinado numero de infectados suficientes para funcionar como efeito vacina.
Quanto mais gente infectada torna a difusão do vírus mais fraca.
Mas, esbarramos no fato de que poderemos incorrer no mesmo risco de outros países que não tinham o numero de hospitais suficientes para atender a demanda que se apresentou.
Elevando o numero de mortes desnecessariamente.
Conclui-se, assim que a prevenção, sem duvidas, é o melhor caminho.
Que é o que vem sendo adotado.
Mas, não podemos ficar em estado de quarentena eternamente. 

Pelas informações mais recentes o numero de ocupação hospitalar esta se aproximando da saturação. 
O fato é que estamos caminhando para o inverno.
Julho faz os dias mais frios do ano.
Muita gente pega outras cepas de gripe e suas complicações nessa estação.
Ou seja, se hoje estamos próximos da saturação do numero de leitos disponíveis, a saturação inexoravelmente devera ocorrer no inverno.
Estaremos apenas postergando esse evento?
Não seria melhor que a população se contamine logo e crie imunidade na sociedade?
Evidentemente que aqueles de maior risco de saúde devem ser preservados.
Não queremos heróis mortos.
Ah! Dirão alguns.
Melhor continuar a quarentena.
Ate lá pode surgir algum medicamento eficiente!
É verdade.
Ou não!
Mas, pensemos um pouco mais.
Aqueles que, por alguma razão, estiverem com resistência baixa, no inverno enfrentarão situação pior.
Os hospitais e equipes médicas disponíveis serão os mesmos de hoje. 
E estarão, como já disse, lotados.
O gargalo que leva à escolha de Sofia, nos assombrará.
Com a aplicação da tese da contaminação controlada, agora, provavelmente menos gente morrera, se comparado com a manutenção da quarentena.
O fato é que aqueles que por razões diversas se contaminarem, dependendo de vários fatores, podem sobreviver ou morrer.
Cuide-se.

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