sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A novela do golpe



Que Bolsonaro tramou tornar-se um ditador, não resta a menor duvida.
Mas, não basta querer.
Tem que ter competência.
O que ele demonstrou não ter.
Como ficou evidenciado nas investigações, Bolsonaro criou o fantasma das urnas fraudadas para ter um inimigo imaginário para combatê-lo e arregimentar adeptos à sua conspiração.
Técnica conhecida de todo candidato a ditador.
A partir dai com o apoio de uma rede de influenciadores difundiu mentiras, desinformação tudo com o objetivo de criar condições para uma grande indignação da população.
Entretanto, o planejamento não contava com ardilosos estrategistas.
Conseguiu, sim, a simpatia de muitos, mas não a ponto de torna-los revoltosos. 
Nem o próprio Bolsonaro conseguiu o apoio da grande maioria da cúpula das forças armadas.
Um ou outro general, pela proximidade a ele, aceitou participar da insurreição.
A maioria, por conhecer o histórico inábil de Bolsonaro, quando foi militar atuante, não teve suficiente confiança nele quanto ele saber agir corretamente para virar um ditador.
Tiveram prudência para não cair numa cilada.
O fato é que não houve nem tentativa de golpe.
Não houve nenhuma ação deliberadamente tentada, que resultou num fracasso.
Simplesmente ficou na ilação.
Ainda que tenham surgido pequenos exércitos de fanáticos, espalhados pelo Brasil, que acreditavam que Bolsonaro daria um golpe antes das eleições.
Mesmo após elas acontecerem e Bolsonaro não ter sido reeleito, eles continuaram acreditando num golpe.
Mesmo depois que Bolsonaro se auto exilou na Florida, esses fanáticos continuaram acreditando no golpe.
Foram e ficaram às portas dos quartéis, clamando para que as forças armadas participassem de um golpe.
Lula foi empossado e o exercito de fanáticos continuava acreditando que se invadissem os prédios do Congresso, do Supremo e o Palácio do Planalto, as forças armadas se mobilizariam para apoia-los.
O que eles não sabiam é que a maioria dos comandos militares não tinha aderido e nem participariam de um pretenso golpe.
Mesmo assim, sem uma liderança à frente da invasão, comandando um plano de ação pré-estabelecido, que não existia, sem armas para enfrentar uma resistência institucional, sem sequestro de nenhuma autoridade para demonstrara a tomada de poder, acreditaram que dariam um golpe.
Era apenas um grupo de fanáticos imprudentes.
Ali também não houve golpe.
Houve vandalismo e depredação, como fazem todos aqueles revolucionários durante a conquista de poder, para demonstrar a quebra dos valores contestados.
Mas, só isso.
O resultado é que muitos foram presos no ato, alguns já condenados, mas não ficou só nos vândalos.
O Estado decidiu ir atrás daqueles que incitaram os revoltosos.
A novela, que se arrasta há mais de um ano, ontem teve mais um capítulo emocionante, com a apresentação de uma lista de militares, que estão sob investigação.
Por mais que Bolsonaro insista na tese de perseguição politica, o fato é que ele deu causa para essa perseguição. 
Se tivesse agido dentro da legalidade, nada disso teria acontecido.

7 comentários:

  1. Trabalho de amadores irresponsáveis e iludiram muitas pessoas que acreditaram em seus discursos ferozes...... leões sem dentes nem unhas

    ResponderExcluir
  2. Vichi está se vendo que você não participou de nenhuma manifestação pró amor à pátria. Não é de estranhar pois você apoiou Temer num golpe. E me fez acreditar que não era golpe e depois finalmente confessou que era golpe. Nós fomos de livre espontânea vontade fazer manifestações em frente aos quartéis porque não sei se você sabe não espaço de 300 metros as pessoas ficam seguras contra ataques de grupos violentos .O motivo eram as urnas eletrônicas ,que nos pregaram uma peça. Já nos tempos de Collor foram encontradas inúmeras urnas jogadas em territórios contrários a ele. Logo tínhamos motivos para questionar o resultado das eleições.A única coisa que gritávamos era a proteção de Deus e que nos livrasseda ditadura do comunismo que estava planejado com muito afinco.Não estamos vivendo numa ditadura???????? Pois é…

    ResponderExcluir
  3. Não Me escondido no anonimato. Você é cruel. Eu simplesmente me esqueci pela pressa porque prefere dar prioridade a responder a você porque sábado é um dia muito corrido para uma dona de casa. Você sabe que eu sou Maria Alice Rezende de Campos Prado

    ResponderExcluir
  4. Otimo que voce se identificou, Maria Alice. Torna o dialogo mais fluido. Vamos la. Quanto a questão do impeachment da Dilma. Por mais que o PT e aliados chamem de golpe, não é. Se um dia aceitei, foi falha minha. Golpe é quando ha uma ruptura do sistema ou das instituições. No caso Dima tudo transcorreu dentro da lei. Ate um membro do STF participou, confirmando a lisura. OK? Quanto a questão do Bolsonaro, houve uma articulação para tentar um golpe, que acabou não acontecendo. Se tivesse ocorrido com sucesso, as coisas seriam outras. E se tivesse dado errado, Bolsonaro ja estaria preso ha tempos. Espero que o julgamento não se torne uma vingança, mas seja julgado com imparcialidade. O que, nos meus botões, acredito que não será. Isso possibilitara no futuro que tudo seja anulado, como foi feito no caso do Lula. Enfim, a Justiça brasileira sofre por não ter imparcialidade e impessoalidade. Ha sempre interesses por trás.

    ResponderExcluir

Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.