domingo, 12 de maio de 2024

Temos liberdade de expressão?




Vivemos, nos últimos vinte, trinta anos, momentos de insensatez.
Se por um lado aumentou a sensação de termos mais liberdade de expressão, de outro sofremos uma restrição, cada vez maior, que nos impede de falar o que pensamos.
Se o fizermos na plenitude, pode ate nos levar ao cometimento de um crime, que introduziram nas recentes Leis.
Os construtores do politicamente correto criaram rígidas regras, que nos impões uma censura, que nos cerceia mais a liberdade de expressão do que tínhamos antes.
Que liberdade de expressão é essa?
Hoje abordarei a liberdade de expressão sob o ponto de vista da questão de gênero e do racismo.
A questão de gênero está influenciada pelo fato de muitos acreditarem que a humanidade sofreu uma evolução genética instantânea, que permitiu a criação de outro tipo de sexo além do tradicional macho e fêmea.
Isso é mundial!
O que de fato houve foi uma libertação das pessoas em poder declarar em publico suas escolhas de como quer realizar suas atividades sexuais e com quem.
Coisa que no passado se fazia entre quatro paredes, em absoluta privacidade.
Hoje falamos abertamente sobre isso, mas desde que respeitemos as regras do politicamente correto.
O fato é que, independente de como se queira fazer sexo, continuarão a existir a próstata e testículos assim como o útero e ovário.
Aqueles que tiveram mutilações em todo ou parte de seus órgãos genitais, seja em razão de tratamento contra o câncer, seja por decisão própria, continuarão sendo machos ou fêmeas.
Podem ate perder a capacidade reprodutiva, mas isso não muda nada.
Mesmo aquele que se utiliza de hormônios para uma pretendida mudança sexual e tomou hormônio masculino ou feminino, a depender do sexo originário e para qual quer migrar, continua macho ou fêmea, ainda que não modificados geneticamente.
Não há um terceiro hormônio de um sexo que não existe.
Com essa liberdade de se expor ao mundo as taras sexuais que cada um tem tudo virou melindre contra esses libertados.
Como se precisassem ser protegidos contra a “fúria” daqueles que continuam restritos a fazer sexo do jeito que querem, mas mantendo o assunto em privado.
Obvio que não se pode julgar ninguém por suas escolhas sexuais e muito menos exigir que façam da maneira como, se acredita, tradicionalmente era feito.
Obvio que se tem que coibir nos termos da Lei, quem comete crimes contra as pessoas por sua maneira de pensar diferente da maioria.
Ninguém tem o direito de ser o dono da verdade e querer impô-la aos outros.
Quanto à questão do racismo, objetivando reparar ações, que ocorreram no passado mais distante, contra negros e indígena, criou-se o conceito, equivocado, de buscar reparação aos ancestrais que sofreram as consequências do pensamento daquela época.
Aqueles que cometeram as ações que hoje entendemos, corretamente, como não aceitáveis, nem os que sofreram as consequências dessas ações, não estão mais vivos.
E nós não somos responsáveis pelos atos perversos cometidos por nossos ancestrais.
Cada um viveu e vive sua época.
Não há como reescrever a historia.
O que é possível é escrever a historia futura sob a nova perspectiva de como devemos tratar os seres humanos com mais respeito e dignidade.
Não importa raça, sexo ou o que for.
Somos todos iguais.
Mas, não.
Da mesma forma que é tratada a questão do gênero, hoje tudo ofende aqueles descendentes de negros e índios.
Uma coisa é tratar o assunto com normalidade, como sempre foi.
Outra é tudo aquilo que o politicamente correto estabeleceu como verdades absolutas e que se ditas, sem intenção de ofender ninguém, apenas pelo uso e costumes, que vem de gerações, podem gerar ao que falou a imputação de crime de racismo.
Obvio que se tem que coibir nos termos da Lei, quem comete crimes de ofensa e injuria pessoal contra alguém.
Não se pode atribuir crime de ofensa e injuria de forma genérica, só porque penso diferente.
Esses criadores do politicamente correto me lembram dos soviéticos comunistas que, a partir da criação da URSS, proibiram as religiões no país, por quase 90 anos.
Assim que ruíram a URSS todas as religiões, que eram praticadas às escondidas, voltaram com força total.
Não se muda o uso e costumes, que esta impregnada na sociedade, por decreto!
Para mudar conceitos enraizados na sociedade é preciso um longo processo de educação cultural, que vai aos poucos alterando esses conceitos, quando bem feito.
Isso me remete a alunas do colégio Vera Cruz, que falaram impropérios para uma aluna de origem negra e agora correm o risco de serem expulsas.
Como assim?
Escola não é tribunal.
Ainda mais porque as alunas são menores de idade.
O papel da escola é educar.
Entre outras atribuições cabe à escola participar do processo de educação cultural, que conscientize os alunos a tratarem negros e índios com respeito, sem ofensas pessoais, mas também com liberdade de pensarem e falarem o que bem entenderem.
Quem se sentir ofendido que procure os tribunais e busque a reparação que tiver direito.
Isso é liberdade de expressão.

7 comentários:

  1. Penso exatamente como você. O sexo deve ser praticado entre quatro paredes e não precisa convencer o outro de que existem outros gêneros. E quanto aos erros do passado também não podemos pagar por crimes que não cometeram. Acrescentou ainda que ,se somos todos respeitáveis e iguais,não entendo essa necessidade de exigir o politicamente correto porque eu não acho que é correto. A maioria tem que se adaptar as minorias??? E por que essas minorias não respeitam a maioria???? Maria Alice Rezende de Campos Prado

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  2. Imagine que eu precisei insistir porque estavam proibindo o meu comentário. Disse que não é prática do politicamente correto. Haja paciência

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  3. 🤞 E o meu comentário de Maria Alice que foi censurado e eu insisti é a prova de que o seu tema tem censura

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  4. Estou totalmente de acordo com você Geraldo!!! Poderia até assinar junto!!!!!

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  5. O politicamente correto justifica a censura aqueles que pensam diferente da narrativa dos poderosos de plantão…

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  6. Parabéns pela excelente reflexão. Estamos vivendo um mundo horrível. Não podemos pensar diferente daquilo que o "certo". Até a Justiça que deveria fazer zelar a nossa liberdade, impõe sanções rígidas para aqueles que não seguem a cartilha do que alguns acham que é o certo. Paulo de Tarso

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  7. Texto perfeito, Geraldo. Parabéns. Temo apenas pelo "Não há um 3o. hormônio..."

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