sábado, 10 de maio de 2025

O vírus das mídias sociais


Observo que as pessoas, mesmo aquelas que conhecia no passado, sofreram mudanças comportamentais radicais.
Aquelas que conheci no passado, entendo como natural que tenham tido algumas mudanças ao longo da vida, decorrentes de mudanças sócio-econômicas, de aquisição de novos saberes, de ascensão a diversas formas de poder. 
Mas não ao ponto de algumas se tornarem quase irreconhecíveis.
Quanto as demais, não acompanhei sua evolução, portanto meu foco é na maneira como se comportam hoje, comparado como as pessoas agiam no meu passado. 
Uma das características marcantes é a vaidade pessoal, o ego aguçado.
Não que não se deva ter orgulho de conquistas alcançadas. 
Estas merecem destaque.
Falo de coisas fúteis.
Tudo é motivo para selfies e publicação nas mídias sociais.
O desejo de atenção, curtidas é razão de muita ansiedade, angustia e frustração, quando a atenção não foi correspondida à altura da expectativa.
A aceitação social é mais importante que princípios fundamentais de vida.
Para que isso aconteça, as pessoas tem feito coisas que agridem sua personalidade, seu físico.
A pressão imperativa as obriga a se tornam obsessivas para alcançar ilusões sem proposito. 
O que realmente importa para elas é se parecer integrado ao ideal, ao mito criado por influenciadores, cujo único objetivo é criar desafios, narrativas maliciosas, sem uma razão que possa melhorar o mundo e o convívio harmonioso.
O que vale é cometer automutilação, praticar crimes de ódio ou cancelamentos contra pessoas que não pertençam a seu circulo ideológico ou mesmo fora de seu padrão sócio-econômico.
É a maldade em seu grau máximo.
E tem, inclusive, levado crianças e adolescentes à morte.
Por outro lado, surgiram os "sabe tudo".
Sem capacitação, sem terem obtido conhecimento apropriado, se acham donos da verdade.
Vá contraria-los.
Ficam estupidamente raivosos. 
Além disso, a vitimização se tornou mérito.
Qualquer coisa mal colocada tornou-se uma agressão cruel contra essa turma. 
Não que tudo isso não houvesse no passado.
Mas, a disseminação e absorção era mais lenta.
Não tinham o vigor que passaram a ter com o surgimento da internet e das mídias sociais.
Há um vírus circulando e tornando as pessoas acometidas de difícil convivência e, numa contradição ao meio, se tornando anti sociais. 
Para onde caminha a humanidade?






4 comentários:

  1. Certíssimo, Geraldo.

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  2. GB, hoje as pessoas vivem uma mentira e fazem com que as pessoas acreditem ser verdadeira! Foi o tempo que podíamos trocar ideias, informações e até confidências com os amigos! Não mais se fala olho no olho, muito triste ver quanto mal fez essas redes sociais. Sinceramente não consigo aproveitar nada de útil ou verdadeiro nesse novo sistema de comunicação. Vou continuar sendo antigo, pena que muitos amigos verdadeiros já se foram! Não consigo imaginar como será essa geração utilizando essas ferramentas! MP

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  3. Acrescento também que os jovens tios e mesmas crianças não aceitam ser contrariadas. Talvez isso também seja causado pelas psicólogas e psicólogos de plantão que influenciam de forma negativa a criação dos filhos de hoje. A pessoa tem que aprender a conviver com erros e acertos e correções e elogios. Mas não conseguem. Partem para a agressão quando são contrariadas e se agrupam com pessoas também agressivas. E a sociedade fica doente. Maria Alice Rezende de Campos Prado

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