segunda-feira, 22 de setembro de 2025

O Brasil após as sanções

Trump comprou gato por lebre ao acatar a narrativa dos traidores da pátria Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que apresentaram uma realidade mentirosa de que os brasileiros vivem uma ditadura.
Não ha uma ditadura.
As eleições foram livres, houve troca de presidentes, governadores e prefeitos.
Estes não sentem-se obrigados a uma subserviência ao poder central, pois agem autonomamente em suas decisões.
Mas, ha excessos institucionais, em especial no Legislativo e mais forte no Judiciário.
Justificam os apoiadores dessa dupla, que para estes eles são heróis nacionais, que o Supremo avançou além de suas prerrogativas constitucionais.
No que estão certos.
O Supremo, realmente, interferiu no jogo politico, através do cancelamento de todo o processo criminal, que colocou Lula na cadeia, resgatando-o de la e o colocando no tabuleiro eleitoral como forte opositor a reeleição de Bolsonaro.
Aquele seria o momento certo de um contra golpe de Jair Bolsonaro e seus apoiadores, através de mobilização junto ao Senado para remover um ou outro dos ministros do Supremo.
Mas, a soberba foi maior. 
Jair Bolsonaro acreditava que seria reeleito.
Depois, inconformado com sua derrota, quis dar um golpe. 
Mas, ai, já era tarde.
Assim voltaram com a ladainha insistente de que houve fraude no processo eleitoral.
Os votos que elegeram Lula foram legítimos.
Tanto o é que foram eleitos governadores, apoiados por Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, que era uma figura politica desconhecida no estado, além de não ser um paulista!
Quanto ao Legislativo há uma percepção, não apenas dos bolsonaristas, mas de todos que conseguem enxergar excessos no Supremo, que este, por razões de interesses pessoais dos congressistas, não colocaram os devidos freios no Supremo, como é a expectativa de muitos, através da cassação de alguns ministros.
Com isso, em 2026, haverá o objetivo de eleger o maior numero de senadores capazes de promover cassações de ministros do Supremo.
Enquanto isso, quando as pessoas se vêem em situações difíceisdevido a cultura religiosa, apelam para que as estruturas divinas as ajudem a resolver seus problemas em suas vidas.
Esse procedimento não fica apenas no campo espiritual, pois há uma forte crença de que forças externas, da própria Terra, possam e devem interferir nas soluções dos problemas comuns a todos.
Essa foi a razão da ida de Eduardo para tentar buscar ajuda externa para resolver nossos problemas internos.
Penso diferente. 
Acredito que nós, brasileiros, temos que resolver nossos problemas.
Até porque Trump, ou seja la quem for no exterior, desconhece a nossa realidade mais profundamente.
Como a narrativa de Eduardo e Paulo deve ter feito Trump recordar, que agiu como mentor de Jair Bolsonaro, pois ele tentou anular a votação, que perdeu para Biden, através da invasão do Capitólio e, como saiu-se impune, acreditou ser possível que Jair conseguisse o mesmo.   
Juntando com a ideologia politica de que a esquerda brasileira é contra a democracia e pelos excessos relatados cometidos pelo Supremo, Trump sentiu-se na obrigação de impor sanções, como se fosse o Imperador do mundo.
A taxação absurda de 50% tinha como objetivo ser o catalizador para a derrubada do governo Lula.
Faltou a Trump entender que, ao punir uma nação, ha uma reação da população não contra o governo, mas contra ele, pois, no final, quem sera prejudicado é a própria população e não seu governante.
Assim, Trump, sem querer, acabou por colocar Lula no palanque de estadista mundial, o qual ele passou toda a vida almejando, embora, como governante, nunca demonstrou capacidade para tal. 
Mas, Lula desempenhou muito bem esse papel temporário em defesa da soberania nacional e na posição de protagonista na contestação ao autoritarismo de Trump, que o resto do mundo se retraiu, diante das tarifas intimidatórias, objetivando mitigar os efeitos delas, mas que no final não adiantou muito.
O fato é que Lula não tem mais  condições físicas e politicas para aguentar uma reeleição, embora aja muita gente que, aliada a aqueles que não querem um novo aspirante a presidente com vocações autoritárias e golpistas, querem que ele seja candidato.
E Lula parece aceitar, ele próprio, a incumbência, quando o certo seria ele conduzir o surgimento de seu sucessor.
Do lado contrario, ha muitos políticos se habilitando a concorrer contra Lula ou a quem ele indicar. 
Embora Jair Bolsonaro tenha sofrido derrotas judiciais, estas não foram suficientes para leva-lo ao ostracismo, local de onde nunca deveria ter saído.
Jair tem capital eleitoral para ser aproveitado, mas erra o politico que, em busca desses votos, se aproximar demais dele, pois ha uma rejeição, maior do que os votos a Jair, contra candidatos autoritários e com intenções golpistas.
Erra também Jair Bolsonaro em não retirar-se do cenário, restando-lhe apenas indicar aquele que receberia seus potenciais votos e deixar os opositores a Lula crescerem. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.