Começa hoje, propriamente, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo.
Interessante não o fato de um ex-presidente sentar nos bancos dos réus.
Lula, na condição de ex-presidente, também o fez, ainda que em instancia inferior.
Foi condenado e preso por quase 2 anos, ate ser "indultado" pelo mesmo Supremo que agora julga Bolsonaro.
Interessante não o fato de um ex-presidente sentar nos bancos dos réus.
Lula, na condição de ex-presidente, também o fez, ainda que em instancia inferior.
Foi condenado e preso por quase 2 anos, ate ser "indultado" pelo mesmo Supremo que agora julga Bolsonaro.
Interessante é o fato do mesmo Jair, defensor da ditadura militar de 64, que perseguia, prendia e matava, ao arrepio da Lei, todos aqueles que se opunham politicamente à ditadura; zombador dos direitos humanos, ridicularizando, por diversas vezes, a condição de quem os revindicava, estar ele hoje denunciando sofrer do mesmo mal.
Aos olhos do presidente Trump, pelo que foi-lhe narrado de maneira desinformada pelo filho de Jair, o traidor da pátria Eduardo Bolsonaro, Jair é um perseguido politico e sofre violação dos mesmos direitos humanos, que, certa vez, declarou ser esses direitos de "esterco da vagabundagem".
Como Trump também tentou reverter sua derrota eleitoral motivando a invasão do Capitólio, embora não tenha sido levado à Justiça por isso, de maneira conclusiva, ha uma identificação com Jair Bolsonaro.
Dai sua solidariedade, com ações punitivas contra os ministros do Supremo.
Entretanto, os ministros não se intimidaram e, certamente, irão condenar Jair Bolsonaro a cumprir uma pena severa.
Ha um movimento de apoio a uma anistia a Jair Bolsonaro, por parte de seus admiradores, que se recusam a enxergar que ele tenha tentado dar um golpe de estado, mesmo tendo ele reconhecido, nos autos do processo no STF, que pensou, junto com seus assessores militares, em produzir razões legais para não entregar o poder a Lula, o vendedor da eleição.
Da mesma forma, os inconfidentes mineiros, cujo mártir foi Tiradentes, ficaram pensando e articulando, nos bastidores, um golpe de estado, quando foi revelada a trama golpista, estes sofreram julgamentos dentro da Lei vigente.
Então, não se pode falar que Bolsonaro não deveria ser julgado porque não efetivou o golpe planejado.
A pratica de julgar é pela tentativa e não pela execução.
Quanto anistiar ou indultar Bolsonaro, entendo como legitima, como decisão politica.
Entretanto, apesar dos defensores de Jair Bolsonaro, utilizarem como argumento que a anistia tem como objetivo atingir os participantes do ato de 8 de janeiro, ou os "malucos", como falou expressamente Bolsonaro, isso não é verdade.
Se houvesse real disposição de anistiar esses apenados, isso já deveria ter acontecido.
O objetivo é "descondenar" Jair.
Essa anistia ate poderá acontecer.
Mas, não é o que os aliados de Bolsonaro acreditam.
Tanto é que o governador Tarcísio de Freitas declarou, publicamente, que seu primeiro ato como presidente eleito é indutar Jair Bolsonaro.
Mesmo que Tarcísio cumpra sua promessa sera uma decisão politica legitima.
Afinal, Tarcísio estará cumprindo uma promessa de campanha, que foi aceita pelos eleitores, que o elegeram democraticamente.
O fato é que Trump não precisava ter se metido em nosso assunto domestico.
Temos meios de corrigir rumos que a maioria não concorde.
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