terça-feira, 22 de março de 2016

Teoria da conspiração

Calma!
Não sou adepto dessas teorias.
Nem quero provocar mais uma.
Apenas quero fazer uma divagação mental em torno da Lava Jato e seus desdobramentos.
Evidentemente que há milhares de incógnitas nessa equação.
Portanto, acertar uma teoria é muito difícil.
Vamos aos fatos.
Dilma caiu em descrédito, desde que foi constatada a farsa de sua campanha eleitoral.
E não soube virar o jogo para se manter no poder.
Resultado que sofre um processo de impeachment.
O vice presidente Temer amarga uma suspeita de ter participado do esquema de assalto a Petrobrás.
Assim como, Renan e Cunha, presidentes das duas casas do Congresso, entre outras celebridades do primeiro escalão da política nacional, integram o quadro de, digamos assim, suspeitos de terem praticados crimes de corrupção.
Temer aguarda com muita ânsia o desfecho da ação contra Dilma para que possa finalmente sentar-se na cadeira de presidente.
Renan optou em ficar ao lado de Dilma.
Achou mais prudente.
Já Cunha resolveu enfrentá-la e capitanear o processo de impeachment, uma vez que seu caso ficou mais contundente pois há um processo contra ele no Conselho de Ética.
Que ele matreiramente, igual a um Highlander dos trópicos, consegue se esquivar e deixar as coisas como sempre estiveram.
Por outro lado, a sociedade quer que todos os envolvidos sejam julgados e condenados.
Mas, uma expressiva parcela entende que Cunha é útil ate tirar Dilma.
Ele mesmo sabe disso.
Esse entendimento vai alem.
Aqueles que aceitam uma sobrevida de Cunha, logo que o processo de impeachment termine, querem Cunha fora da Câmara.
Ele também sabe disso.
O que ele faz?
Joga o jogo do estica mas não solta.
Cunha sabe que sua sobrevida depende do alongamento do impeachment de Dilma.
Mas, o tempo é inexorável para Cunha.
Na virada de 16 para 17, Cunha volta a ser um lobo solitário.
Deixa a presidência da Câmara!
Ficara vulnerável.
Assim, ele precisa nesses próximos nove meses gestar uma saída honrosa.
Ai entra a Teoria da Conspiração que traço.
Um fato novo aconteceu.
Foi quebrada a blindagem de Lula!
Mais do que nunca PTista e não PTista querem se unir para estancar a sangria a que todos eles estão acometidos.
Ainda que seja um fato de que as pessoas estão se manifestando nas ruas, ninguém assegura que se feito um acórdão entre os caciques o povo vá se rebelar.
Para que o ato seja perfeito, na concepção deles, algumas coisas precisam acontecer.
Uma delas, sem que nos déssemos conta, já aconteceu.
O herói japonês da Policia Federal que prendia a todos, foi preso.
Claro que ninguém é perfeito.
Todos, sem exceção, cometemos erros.
Mas, não crime de forma deliberada.
Falha de quem ao colocar na equipe alguém investigado?
Ou foi orquestrado?
Por outro lado, o juiz Moro que é outro herói popular, também comete erros.
Erros no exercício da função.
Diga-se de passagem, todos os juízes tem esse potencial para cometê-los.
São humanos!
Daí, inclusive, a possibilidade de recursos para reparar eventuais erros de procedimentos e ate do próprio julgamento.
No caso de Moro, esses eventuais erros poderão ser fatais para ele.
Assim como há uma massa a favor dele.
Há outro tanto contra ele.
E esses sabem e jogam pesado.

Alem de integrarem importantes posições no cenário jurídico e politico.
Há uma serie de pedidos para afastá-lo do comando da investigação.
Alegam erros e ate excessos em seus julgamentos.
A fritura esta quente!
Some-se a isso a nomeação do novo Ministro da Justiça que ameaça trocar todo os integrantes da Operação Lava Jato.
Se o fizer, quebra o braço de Moro.
Por mais que o Ministério Publico seja independente, a ação da Policia Federal é de suma importância para a continuidade das investigações.
Armado o cenário para enfraquecer a Lava Jato, o que fatalmente acabara acontecendo?
Todos os envolvidos podem se safar.
Será que teremos disposição e animo para uma revolução civil?
Acho que não.
Estamos mais para engolirmos esse sapo!
Finalmente, para que essa Conspiração não aconteça, não podemos esmorecer.
Temos que continuar dia a dia a batalha para tirar Dilma.
A batalha para prestigiar Moro e não cairmos na armadilha de desonrá-lo.
E acreditar que Moro sera forte o suficiente para aguentar o tranco e não pedir o penico como Joaquim Barbosa fez.


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