Temer seria o terceiro nome?

 

Embora por conveniência o “centrão” esteja apoiando Bolsonaro, como já o fez com Lula, acredito que estejam nos bastidores construindo a candidatura de Temer como alternativa ao embate Bolsonaro versus Lula.
Ate porque sabem que Bolsonaro não terá tempo para uma tentativa de recuperação do desgastado prestigio que ele mesmo conquistou.
E acham que Lula não lhes dará o mesmo espaço.
É de conhecimento que o PT já esta se articulando para apresentar varias candidaturas ao Congresso em 22, com nomes que tem grandes chances de se elegerem.
Ou seja, a intenção do PT é formar sua própria base de apoio no Congresso.
Temer não é aquele tão sonhado estadista que tanto precisamos.
Não adianta sonharmos um “príncipe encantado”.
Isso so acontece em contos de fada.
Temos que nos contentar com o que temos pra hoje.
Vejo Temer como um bom nome.
Tinha um plano de governo adequado, quando substituiu Dilma.
Ele teria feito um bom governo e ate teria conseguido se reeleger, se não tivesse ocorrido a armação com a participação de Joesly, arquitetada por Janot, PTista, que queria uma vingança contra o impeachment de Dilma.
Apesar desse infortúnio, pelo menos Temer conseguiu avançar, com todas as dificuldades, em algumas reformas necessárias.
Pode ser que agora avance mais.

Tem tranquilidade, capacidade de articulação e sabedoria para escutar assessores qualificados. 

Como evitar o retorno de Lula em 22

Não entendi a lógica de Bolsonaro ao aumentar o IOF.
Primeiro prejudicara a economia, pois com aumento do imposto os financiamentos ficaram mais caros.

Com isso torna-se um fator de desestimulo ao consumo, deixando de gerar empregos e renda.
Alem de impulsionar a já alta inflação.
Mas, o mais absurdo é que esse aumento é provisório para custear uma despesa permanente, no caso o novo Bolsa Família!
Como fara apos cessar o tempo de duração para continuar custeando a despesa permanente?
A mim, fica obvio que se tornara definitivo, como sempre aconteceu no passado.
E toma-se aumento de imposto, quebrando-se mais uma promessa de campanha!
E quer se reeleger!

Gostando ou não do resultado das pesquisas eleitorais ela esta ai.
Hoje Lula venceria Bolsonaro.
Como não quero Lula voltando ao poder entendo que é preciso que se estabeleça uma estratégia para mudar esse resultado.
Certamente não será com Bolsonaro, pois durante seu mandato ele foi perdendo apoio daqueles que um dia votaram nele em 18, que se decepcionaram com suas ações, omissões e crises desnecessárias.
Assim, acho que dificilmente Bolsonaro recuperara a confiança desses.
A persistir em Bolsonaro, infelizmente permitiremos que Lula seja eleito.
A solução que vejo é Bolsonaro deixar a presidência agora.
Dessa forma será aberto espaço para que um novo nome possa aparecer, crescer e ganhar a eleição.

A historia do Golpe frustrado e o Contragolpe exitoso

O que deu errado para que Bolsonaro não concretizasse seu tão sonhado golpe?
O que efetivamente aconteceu para que os planos golpistas fossem frustrados?
Seria apenas um erro de cálculo de Bolsonaro?
Seria o fato de o Brasil ter "instituições fortes"?
Muitas versões serão divulgadas do que aconteceu no dia 7 de setembro de 2021.
Há os fatos que aconteceram, que é de conhecimento publico, e os bastidores que, como toda versão, é mera especulação.

Os fatos:

Jair Bolsonaro convocou o povo brasileiro para uma manifestação de apoio a seu governo com antecedência de meses.
Aguardava reunir pelo menos um milhão de pessoas em Brasília.
Para sucesso desse objetivo, diversos apoiadores bolsonaristas disponibilizaram recursos, para que interessados em participar da manifestação, fossem a Brasília com as despesas pagas e, segundo alguns relatos, ate um premio de R$100,00 foi pago a esses manifestantes.
Entretanto, o ministro Alexandre de Morais, do Supremo, de posse das informações de inteligência, mapeava o financiamento dos movimentos e bloqueava as contas certas e as chave-pix, asfixiando os financiadores de Bolsonaro.
Muitas "caravanas" de locais perto de Brasília não puderam sair por conta da falta de dinheiro.
O resultado foi o número reduzido de apoiadores.
Mesmo assim, desde o início da semana, os hotéis de Brasília foram sendo ocupados.
Especialmente os mais baratos, que abrigaram os manifestantes financiados.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha Junior, bolsonarista declarado, resolveu se ausentar do estado.
A partir das 12horas do dia 6, a Policia Militar do Distrito Federal iniciou os planos de isolamento da Esplanada dos Ministérios, como parte do plano de segurança que é imposto compulsoriamente em dia de manifestações.
Por volta das 18h, do dia 6, um grupo de cerca de 600 pessoas passou a retirar as barreiras e abrir espaço para que os grandes caminhões, que já estavam na cidade, rompessem o bloqueio.
Esse "destacamento avançado", com missão de reconhecimento, foi abrindo espaço sem a resistência da Policia Militar do Distrito Federal.

A especulação:

A ausência do governador facilitaria uma pequena indisciplina da Policia Militar de Brasília, pretexto para que se incendiasse o país inteiro.
A fúria com que os bolsonaristas progrediam destruindo as barreiras na Esplanada, seguidos da complacência inicial da Policia Militar,chegou ao conhecimento do presidente do Supremo, Luiz Fux, que, com a corte em uníssono, entrou em contato direto com a Policia Militar do Distrito Federal exigindo providências.
A resposta inicial da Policia foi protocolar.
O STF não é a autoridade imediata a quem a Policia seria obrigada a responder.
Fux ligou direto para os comandantes militares, ainda durante a madrugada, avisando que caso a Policia seguissem o comportamento leniente, ele chamaria a GLO- Garantia da Lei e da Ordem, convocando as Forças Armadas para deter os manifestantes.
As Forças Armadas esperavam primeiro a mobilização popular prometida, para então apoiarem o levante.
O que o STF fez foi precipitar uma tomada de decisão do Exército Brasileiro.
Se as Forças Armadas negassem a ordem de Fux o golpe estaria consumado.
Entretanto, como o apoio a Bolsonaro não era uma decisão previamente acertada entre eles, prevaleceu a prudência.
Os comandantes militares não quiseram correr o risco de serem processados por insubordinação, caso o golpe não desse certo..
A exigência da decisão ainda no dia 6 quebrou o plano bolsonarista.
Na falta do governador Ibaneis, seu vice, Paco Britto, atuou diretamente com a Policia exigindo que esta contivesse os mais exaltados.
Com a recomposição das linhas hierárquicas do Exército e com a lealdade da Policia garantidas, a margem de sucesso do golpe de Bolsonaro ficou pequena.
No final do dia 6, percebendo os planos naufragar, os filhos do presidente foram até os manifestantes que faziam a "frente" para o movimento na tentativa de insuflar o apoio necessário para a sedição no dia seguinte.
Era preciso que Brasília, pela manhã, desse o tom do golpe.
Não funcionou.
Tirando os apoiadores mais exaltados, os restantes dos apoiadores de Bolsonaro, mais racionais, não quiseram ser buchas de canhão.
A tensa madrugada do dia 06 de setembro, que virou com fogos de artifício o tempo todo, determinou o fracasso do golpe do dia 7.
O golpe naufragou.
Ate a próxima tentativa!

Déjà-vu

Acordo em 8 de setembro de 2021.
Vejo nas midias que a manifestação de 7 de setembro foi estrondosa, com grande presença de membros das forças armadas e policiais militares, que declararam apoio irrestrito a Bolsonaro.
Diante disso, o presidente Bolsonaro decretou o Ato Institucional nº 1 que contem os seguintes termos:
1) Anulação da eleição de 2022 e prorrogação do mandato de Bolsonaro por 10 anos, podendo ser renovado por mais 10.
2) Dissolução do Supremo Tribunal Federal, com fechamento de suas atividades ate nomeação de novos ministros.
3) Cassação do mandato do governador de São Paulo e nomeação de Flavio Bolsonaro como interventor.
4) Cassação do mandato de todos os senadores que o compõe o G7, com encerramento da CPI da covid e anulação de todos os seus atos e decisões.
5) Cassação do mandato da deputada Joice Hasselmann.
6) Determinação de prisão de todos os jornalistas da rede Globo e Folha de São Paulo, do ministro Alexandre de Morais, do governador Doria e dos congressistas cassados.
7) Extinção do estado laico, tornando os evangélicos como religião oficial do estado brasileiro, com obrigatoriedade de todos pagarem o dizimo.
Vejo fotos dos invasores que tomaram o prédio do STF no dia 7 fazendo uma grande fogueira com processos de lá retirados, na esplanada dos ministérios.
Não leio noticias de que tenha havido qualquer reação da OAB, FIESP, FEBRABAN,CNBB, Congresso .
O jornal Estado de São Paulo publica receitas de bolo na primeira pagina.
Leio que Doria convocou o comando da policia militar do estado para resistir à intervenção, mas houve motim e ele acabou fugindo em seu avião para local não sabido.
A Bolsa de valores abre o pregão em queda livre e fecha em seguida aguardando maior tranquilidade do mercado.
O dólar dispara para R$10,00, com tendência de mais alta.
Volto pra cama.
Acordo em 8 de setembro de 2021.
Leio no jornal que a manifestação de 7 de setembro foi estrondosa, com grande presença de membros das forças armadas e policiais militares, que declararam apoio irrestrito a Bolsonaro.
Diante disso, o presidente Bolsonaro decretou o Ato Institucional nº 1.
Há contestação da OAB, FIESP, FEBRABAN,CNBB, Congresso, do grupo que compôs os 25 governadores que pediram conversa com Bolsonaro.
Afirmam que o ato é inconstitucional e recorrem ao STF.
Há reunião de emergência no STF que declara por unanimidade que o ato é inconstitucional, anulando seus efeitos.
Vejo fotos dos invasores que tomaram o prédio do STF sendo presos pela Policia Federal.
Leio que Doria convocou o comando da policia militar do estado para resistir à intervenção e coloca todo o estado de prontidão.
O Comandante do II Exército pede calma.
A Bolsa de valores abre o pregão em queda livre e fecha em seguida aguardando maior tranquilidade do mercado.
O dólar dispara para R$10,00.
Volto pra cama.
Leio no jornal que a manifestação de 7 de setembro foi estrondosa, com grande presença de membros das forças armadas e policiais militares, que declararam apoio irrestrito a Bolsonaro.
Mas, a vida segue normal, com Bolsonaro continuando com suas ameaças ao STF, às mídias e às eleições de 2022.
Igual aquele pastor que gritava no campo “olha o lobo, olha o lobo” e se divertia vendo os demais pastores correrem ate ele para socorrê-lo ate o dia em que de verdade o lobo surgiu, ele gritou e ninguém mais correu para socorrê-lo.