sábado, 8 de julho de 2023

O auto engano


O desabamento de um prédio no Grande Recife expõe uma chaga que permeia a sociedade brasileira:
A auto enganação.
É lamentavel a morte das pessoas que habitavam aquele prédio.
Mas, poderiam ter sido evitadas.
Era de conhecimento publico que a habitação do prédio estava interditada.
Aqueles moradores que la moravam sabiam do risco a que estavam submetidos, mas preferiram ignora-los.
Podem argumentar que moravam no local porque não havia outra alternativa para residirem.
Isso realmente é possível.
Mas, o fato de decidirem correr risco, por vontade própria, em nome de uma opção que entendiam como unica, não é racional.
E é ai que reside o erro, que resultou em mortes e feridos, alem da perda de bens que mantinham no apartamento.
Por mais otimista que se queira ser, contra fatos não ha argumentos. 
Não é possível minimizar o risco a que estavam submetidos, enganando-se com a mentira criada em suas mentes de que nada lhes aconteceria.
O risco existia e outros moradores, que tinham unidades no prédio, agiram com a prudencia necessária e se mudaram de la.
Os que morreram pagaram com a própria vida e a de seus filhos, que não tiveram escolha, por agirem com a imprudência dos que se auto enganam.
Por outro lado, o poder publico foi quem constatou o risco e decretou interdição do prédio.
Mas, não foi capaz de impedir que aqueles moradores auto enganados se mantivessem morando no prédio.
Se fosse questionado àqueles funcionários públicos, desde o fiscal ate a autoridade governante, do por que não impediram a ocupação do prédio, certamente a resposta seria a mesma da auto enganação das vitimas da tragedia:
A ruína do prédio não vai acontecer agora.
Falta pragmatismo no serviço publico.
Vidas foram ceifadas pelo auto engano.
Passado o momento da tragedia, o auto engano continuara vivo nas pessoas.





5 comentários:

  1. Nessa situação acredito na resistência do cidadão em deixar seu habitar. Se interditado tivesse, ninguém deveria está lá. Aí o poder público com sua desfaçatez joga pra Deus!
    Somos um país de irresponsaveis!
    Estava eu avaliando o comportamento do trabalhador tanto público como privado, nos dias atuais não vejo disciplina educação e comprometimento e pouco se preocupam com o semelhante, como se as pessoas fossem invisíveis, falta respeito e educação para o próximo, seja cliente ou consumidor.
    Vai ser difícil conviver com as novas gerações, que um celular vale mais que um humano!

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  2. Roberto Teixeira da Silva8 de julho de 2023 às 14:21

    As vítimas desse desabamento são vítimas da desinformação com o nível de moradores de ruas que não tem noção dos riscos de vida que estavam passando num prédio interditado. Para mim eles são vitimas por pelo menos duas a primeira são deles próprios por não entender dos riscos que estavam passando e a segunda foi os das autoridades que fecharam os olhos diante do perigo que essas pessoas estavam passando por invadir um prédio interditado.

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  3. Se houvesse uma política habitacional seria, as pessoas não se abrigariam em prédios inseguros. . Mas ouço falar em casas populares desde o antigo BNH…qdo fazem alguma coisa, é mal feita, cheia de rachaduras, no fim do mundo…
    E nenhum de nós vivenciou isso portanto não podemos julgar. Precisamos, sim, cobrar daqueles que elegemos providências para que, ao invés de roubarem, construir casas modestas mas seguras e acabar com essa desigualdade que envergonha qualquer ser humano que olha para o próximo como gente, não como um preguiçoso que não tem nada pq detesta trabalhar. Menos crítica, mais ação e maior rigidez na escolha de quem vai governar.

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  4. A questão do tipo de construção do prédio arruinado em si não foi a causa de sua ruína.
    Aqui em São Paulo, como em muitos lugares, ha prédios construídos com alvenaria estrutural, isto é, não ha uma estrutura de concreto tradicional.
    Com isso não se pode remover paredes, pois elas sustentam o prédio.
    Entretanto, a construção deve obedecer regras construtivas, que esses prédios caixões não seguiam.
    Mas, estão de pé ate hoje, ainda que não seguissem as normas atuais, pois foram bem construídos.
    O fato é que não apenas esse tipo de construção acaba sofrendo a degradação, ao longo do tempo, provocada por varias razões, como, por exemplo, infiltrações de água, que, no caso, fragilizaram o tijolo.
    Juntando-se a isso os prédios também não tiveram manutenção adequada.
    Em fotos que alguns prédios que ainda estão em pé na região é possível ver manchas provocadas por infiltrações sem que que aja uma manutenção corretiva.
    Mas, estruturas de concreto também sofrem desgastes.
    Aqui em São Paulo, um viaduto caiu parcialmente na marginal Pinheiros próximo a CEAGESP. por falta de manutenção preventiva.
    Em resumo, toda construção tem que sofrer manutenção ao longo de sua vida!

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  5. Ou a fiscalização não existe ou ela ganha suborno. Vejo construções em todos os lugares mas nunca viajo fiscais passando fiscalizando. Aqui em Ribeirão Preto a Encol deixou vários prédios só com o esqueleto e moradores de rua e drogados estão se abrigando nesses esqueletos. acredito na probabilidade de propina para os fiscais. Os chefes de estado, no caso o presidente, da exemplos de subornar para conseguir seu intento.Além de existir nessas construções citadas no texto O perigo físico ,Ainda proporciona um grave problema social

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