sábado, 19 de agosto de 2023

O Coliseu brasileiro

 


Assim como em Roma Antiga havia um Coliseu, onde as pessoas tinham atendidas suas necessidades de circo, aqui no Brasil também temos o nosso.
Nosso Imperador não é uma figura única, como em Roma, mas um triunvirato, no nosso caso, constituído por 11 Imperadores.
Nosso Senado romano é constituído pelo Congresso e por um Presidente, eleitos pelo povo.
E, como em Roma, nosso Senado romano indica e legitima os Imperadores.
Em nosso Coliseu também há a luta dos gladiadores, para diversão do povo.
Por aqui os gladiadores são os políticos eleitos pelo povo.
Anos atrás, para lutar no Coliseu, surgiu o gladiador Lula.
Para sua sorte, a Roma brasileira passava por um momento de prosperidade econômica, que abastecia com fartura o pão, que compunha a famosa estratégia “panem et circenses” para dominação do povo.
Assim, Lula, em sua luta, tinha a plateia o aplaudindo.
Quando os leões foram soltos para enfrentar Lula, estes estavam tão bem alimentados pela ração, que Lula providenciara a eles, antes da batalha, que dormiam na arena, para espanto e riso do publico.
Depois descobriram que a ração tinha um ingrediente poderoso: a corrupção!
Isso aborreceu a plateia, que gostava mais de ver sangue do que leões sonolentos.
Como castigo, Lula foi chamado para digladiar com Moro, que não era político, mas um bravo guerreiro.
Nas suas investidas contra Lula, Moro deu-lhe umas boas estocadas.
A plateia entusiasmada pela habilidade de Moro o aplaudia.
Moro tornou-se um ídolo nacional.
Numa ultima luta contra Moro, este conseguiu levar Lula ao chão.
Como de praxe no Coliseu, o gladiador perdedor tinha sua vida ceifada pelo vencedor.
Mas, antes, o Imperador, que assistia a luta de sua tribuna, tinha a supremacia da decisão do destino do derrotado.
Nesse caso, o Imperador levantou o polegar para cima, poupando a vida de Lula, permitindo que recuperasse de suas feridas e pudesse treinar novamente para novas lutas.
E a Moro, o vencedor, numa inversão total, foi-lhe imposta a derrota.
Nesse meio tempo surgiu o gladiador Bolsonaro.
Que prometia tornar a parte da luta com os leões com mais lisura, sem o uso da ração com corrupção.
Mas, sua ambição de tornar-se o melhor gladiador levou-o a atacar o Imperador Alexandre de Moraes.
Este reagindo ao ataque disse:
- Até tu Brutus Bolsonaro?
Nosso Julio Cesar conseguiu se safar do ataque e decidiu digladiar com nosso Brutus.
Antes, porém, houve uma batalha preliminar de Bolsonaro contra Lula, que já reabilitado, se saiu vitorioso.
Ai entrou na arena o Imperador para a batalha final.
Entretanto, Bolsonaro não teve a mesma sorte de Lula.
Para azar de Bolsonaro, como havia surgido uma pandemia, que ele não teve habilidade para enfrenta-la, parte da plateia estava contra ele.
Por outro lado, o gladiador Alexandre, que é muito mais habilidoso e preparado para a luta, começou a estocar Bolsonaro, que se defende como pode, mas dá mostra de derrotado.
A plateia quer sua cabeça.
A historia brasileira contará o desfecho.

3 comentários:

  1. Bem colocado, Geraldo. Acredito piamente que o glorioso povo brasileiro ainda escolherá coisas piores para representá-lo.

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  2. Quisera, pudéssemos aplicar no Brasil uma analogia com a História do Império que, sucedendo a civilização grega, plantou os alicerces da civilização ocidental.
    A nossa História, com raras exceções, é um roteiro de comédias e sátiras do tipo Bocaccio e Brancaleone. O episódio atual dá nossa série se passa no fosso fétido cavado pelo Bolsonarismo. Não deve ser o último. Vivemos a época mais vergonhosa da nossa História. As trapalhadas da esquerda se equipararam a batedores de carteira de estação de trem, diante da organização mafiosa que vemos em ação.
    A coluna de José Simão de hoje é fiel à tragicomédia que vivemos neste país dominado pelas organizações criminosas que infestam nossa política e se sucedem, uma de cada vez, sempre com apoio de uma sociedade viciada em ilusões.

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  3. Excelente texto Geraldinho, realmente a analogia com os prazeres e desprazeres do poder no Império Romano se assemelham e muito ao nosso panorama atual. A vergonha é tanta que talvez seja necessario aguardar um Calígula para nomear um cavalo como senador- como nomeou o seu Incitatus, e deixar no mesmo plano esse Parlamento vergonhoso, corrupto e covarde. Abraço forte meu amigo, sou seu fã.

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