Parabéns pelo excelente trabalho das forças policiais federais que conseguiram recapturar os fugitivos de Mossoró.
Só a eles meus parabéns.
Aos governantes não.
Quem faz funcionar o aparelho estatal são os funcionários públicos, como bem fizeram as forças policiais que participaram da operação.
A ação ou omissão do funcionalismo independe de quem é o politico governante.
A ação ou omissão do funcionalismo independe de quem é o politico governante.
Por isso, faço minhas criticas duras ao restante do funcionalismo publico, que, em sua maioria, não age com a vontade de fazer bem o seu serviço.
Fazem o feijão com o arroz, quando fazem, e acreditam que cumpriram com sua obrigação.
Como aconteceu no presidio de Mossoró, ha uma expressiva parcela do funcionalismo que age no dia a dia com negligencia.
Se todos os funcionários do presidio tivessem vontade de fazer sua função corretamente, esses fugitivos nunca seriam manchetes.
Não teriam fugido.
Ah! Mas, os equipamentos estavam com defeitos ou quebrados.
Como foi dito pelas autoridades, parece que sim.
Então, que cada funcionário responsável pelo seu uso comunicasse a seu superior imediato e estes a seus superiores ate que chegasse ao conhecimento das autoridade competentes a necessidade de manutenção.
Mas, não basta comunicar que os equipamentos estão com problemas.
Enquanto não for atendido, tem que exigir dos superiores e das autoridades, com afinco, os reparos.
Cobrar faz parte do trabalho, sim.
Tem que, diariamente, cobrar ate sua solução.
Por outro lado, ha os protocolos de vistorias e outros mais, que se tivessem sido exercidos, impediria a fuga.
Não o foram por que?
Desleixo.
Ah! Esta tudo normal, não precisamos vistoriar nada.
Não!!
Vocês foram contratados para exercer sua função e não para decidir se devem ou não cumpri-las.
O fato é que a grande maioria do funcionalismo publico age assim.
Se acham donos do cargo e agem como bem entendem e quando querem.
A situação do serviço publico só não esta pior porque ainda restam aqueles preciosos que procuram agir dentro das regras funcionais, que merecem aplausos.
Mas, também, ha outro fator ignorado.
Pensar.
Compete a direção dos serviços a obrigação de pensar.
Pensar no sentido de avaliar se os protocolos existentes são suficientes e se os disponíveis estão surtindo os efeitos desejados.
Quando não, deveriam propor novas soluções e mudanças nos atuais.
Essa questão, infelizmente, é deficitária no Brasil.
Pouquíssimos dirigentes são os que pensam.
Inclusive os políticos que nos representam não pensam.
Ou melhor, só pensam em se manter no poder e auferir o máximo de privilégios para si, seus familiares e restrito rol de amigos próximos.
Ha uma acomodação geral.
Gostaria de lembrar que governantes também são funcionários públicos, porém com um defeito adicional: raramente aceitam reclamos de funcionários subalternos e odeiam os que passam por cima dele quando o subalterno tenta acionar alguém acima dos dois. Outra coisa, não dá para parabenizar os responsáveis pela busca de dois fugitivos. Também dá para imaginar que a captura dos dois fugitivos tenha sido feita por policiais incautos que desconheciam os interesses desse governo, notadamente facilitador das atividades do crime organizado.
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