Acho interessante essa discussão sobre como resolver o
problema de falta d’água.
Vejo especialistas e as pessoas falarem de várias propostas.
Propõe que se faça uso consciente e disciplinado...
Que as empresas que prestam os serviços de água adotem o
reuso...
Que os governos aumentem a capacidade das represas...
Que se faça dessalinização da água do mar...
E até buscar água a quilômetros de distancia.
Claro, devemos sim adotar essas praticas.
Mas, não devemos esquecer que algumas dessas soluções têm um
custo elevado.
Talvez não caibam nos orçamentos públicos.
Tenho outra visão.
A questão deveria ser analisada sob o ponto de vista macro.
O que acontece é que as cidades cresceram
muito...verticalmente.
Muita gente concentrada...
Demandando não só água.
Demandando, também, mais esgoto, mais eletricidade, mais via
publica, mais transporte publico, mais destinação para lixo.
E como conseqüência mais poluição.
Na verdade, é um problema de planejamento municipal.
Enquanto continuarmos tolerando o crescimento das cidades de
forma desordenada, mais problemas enfrentaremos pela frente.
Os planos diretores preocupam-se apenas com a questão urbanística.
Não ha um olhar critico para como atender todas as demandas consequentes da ocupação do solo.
Os governos municipais não têm coragem para enfrentar de
frente o problema.
Sabem que os orçamentos públicos são insuficientes para
atender com um mínimo de satisfação as demandas impostas pelo crescimento.
Mas, não impedem o crescimento da construção imobiliária.
Hoje a cidade de São Paulo ultrapassou a fronteira do tolerável
para se habitar.
Figueiredo Ferraz ha 40 anos atrás dizia que São Paulo
precisava parar.
Ninguém deu ouvido a ele.
Mas ele tinha razão.
De la para ca São Paulo cresceu assustadoramente.
Nós que participamos ativamente da discussão política nas
eleições devemos continuar com nossos posicionamentos, agora olhando o lado
pratico da política.
O lado que nos afeta diretamente.
Precisamos discutir o nosso cotidiano.