O Brasil está péssimo
com o PT?
O que nos faz
pensar que vai ser melhor com Aécio?
Muitos provocam essa
discussão querendo comparar o governo do PSDB com o governo do PT.
O objetivo é tentar
desconstruir a tão esperada alternância de poder.
Que é democrática.
Vamos analisar à luz dos
fatos.
O governo FHC teve uma
realidade diferente dos governos do PT.
O governo de FHC veio de
uma hiperinflação que se arrastava há anos.
Ainda que sob o controle
recente do ja implantado Plano Real do governo Itamar.
Para manutenção do Plano
Real FHC teve que manter uma política agressiva de juros altos.
Outros planos de
estabilização, do Sarney e do Collor, duraram poucos meses.
Havia uma desconfiança que
o Plano Real seria mais um.
O governo de FHC teve que
desconstruir todo um habito de correção monetária.
Sim, tudo na economia era
indexado.
Por outro lado, o mercado
mundial não estava com vento a favor da economia brasileira.
A balança de pagamentos
era insuficiente para gerar riqueza interna.
O governo Lulla pegou uma
situação de estabilidade econômica herdada de FHC.
Teve a felicidade de manter
os fundamentos do Plano Real.
E o Brasil foi contemplado
com o mercado consumidor da China que alavancou nosso desenvolvimento, gerando
empregos e melhores salários.
O que possibilitou o
acesso ao consumo de grande parte da população, que tinha isso reprimido há anos.
Mas, esqueceram que foi a
inflação controlada que possibilitou o endividamento da população e o conseqüente
consumo.
Sem esse requisito, mesmo
a pleno emprego a inflação derreteria qualquer salário.
Como fez no passado.
Com essa condição de
desenvolvimento brasileiro, Dilma, ou quem quer que fosse indicado por Lulla,
foi eleita.
Era imbatível.
Sua missão era consolidar
a permanência do PT no poder.
Para isso ampliou e loteou
ministérios para acomodar um cabide de empregos descomunal.
Nada acrescentou na
qualidade do serviço publico.
Apenas onerou as contas publicas
de forma perdulária.
Continuou com o PAC, um
ambicioso plano de obras de infra estrutura do governo Lulla.
Um plano que se bem aplicado
e com responsabilidade conduziria o Brasil a uma situação privilegiada.
Mas, a má gestão, com
custos absurdamente elevados, com prazos de entrega em total descompasso com a
necessidade de demanda, aumentou os gargalhos já existentes.
Por outro lado, o lema do
governo Dilma foi aumentar o tentáculo sindicalista com a contratação de
milhares de petistas.
Os cargos bem remunerados
e que exigiam pessoas extremamente qualificadas foram assaltados por pessoas totalmente
desqualificadas.
Como se não bastasse, usaram
de seus cargos para disseminar a corrupção.
E deu no que deu.
Em especial, a grave corrupção
na Petrobras.
Faltou uma oposição
atuante.
Mas, diante de um governo
Lulla, que navegou com ventos fortes favoráveis, isso se tornou inimaginável.
Quem o fizesse era
bombardeado como inimigo publico do Brasil.
O argumento da pujança
nunca antes vista neste pais era o mantra petista.
Criticar o governo do PT
até 2012 era impensável.
O governo Dilma,
sentindo-se a vontade para novos rumos, também quis romper com o ciclo do Plano
Real.
Mas, quis manter o sonho de
consumo interno que concedia altos índices de satisfação com o governo.
Entretanto, esse modelo tinha
chegado ao limiar do esgotamento.
Ainda que a possibilidade
de credito fácil ainda permanecesse, no principio do governo Dilma, o consumo
não conseguiu manter seu desempenho.
O governo Dilma acreditou
que, resgatando o plano econômico estatizante do governo militar de Geisel, atenderia
a sua convicção de que um estado forte é um estado onde a presença desse estado
fosse determinante.
A interferência do estado
hoje esta nas empresas através do BNDES.
Como sabemos, essa
equivocada estatização trouxe os mesmos erros do passado.
A volta da inflação.
Graças a uma elevação irresponsável
do gasto, sem a correspondente arrecadação.
Mesmo implantando um desacertado
controle de preços de combustível e eletricidade para segurar a inflação, a inflação
não cede.
O fundamental dessa equação
é que houve uma total despreocupação com a gestão da coisa publica.
Que motivou maquiagens nas
prestações das contas.
Elas não fecham.
O governo Dilma foi
obrigado a recorrer a artifícios inaceitáveis e sem transparência.
Tentou a redução dos juros
da SELIC a fórceps.
Que não funciona por
decreto.
O resultado é que hoje a
taxa SELIC esta novamente alta.
E como de sempre se buscou
um culpado.
Desta vez coube a tarefa
ao Ministro da Fazenda, que foi fritado.
A promessa de Dilma de que
ira trocar de Ministro foi uma jogada que acabou por despertar a percepção de que
Dilma faz um desgoverno.
Gerou desconfiança dos empresários.
Que reduziram seus
investimentos.
E, conseqüentemente, assistimos
a um PIB pífio.
O menor de toda a America
Latina, com exceção da Venezuela.
Claro, os ventos do
mercado de consumo da China amainaram.
Aquele desempenho do
governo Lulla não pode ser renovado.
Então a mudança para Aécio
é salutar sim.
Ele resgatara os
fundamentos do governo FHC que tão bem fizeram à economia brasileira.
Mas, levara tempo para os
efeitos serem sentidos pela população.
Mas de imediato
restabelecera a confiança nos empresários que voltarão a investir.
Isso sob o ponto de vista econômico.
Sob o ponto de vista político,
devera haver uma redução significativa da corrupção.
Não só pelo governo Aécio
em si.
Mas, porque haverá um PT
atento fazendo oposição sistemática.
Só por esse valor a alternância
de poder é salutar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem vindo!
Agradeço sua participação.