terça-feira, 7 de outubro de 2014

O que nos faz pensar que vai ser melhor com Aécio?

O Brasil está péssimo com o PT?
O que nos faz pensar que vai ser melhor com Aécio?
Muitos provocam essa discussão querendo comparar o governo do PSDB com o governo do PT.
O objetivo é tentar desconstruir a tão esperada alternância de poder.
Que é democrática.
Vamos analisar à luz dos fatos.
O governo FHC teve uma realidade diferente dos governos do PT.
O governo de FHC veio de uma hiperinflação que se arrastava há anos.
Ainda que sob o controle recente do ja implantado Plano Real do governo Itamar.
Para manutenção do Plano Real FHC teve que manter uma política agressiva de juros altos.
Outros planos de estabilização, do Sarney e do Collor, duraram poucos meses.
Havia uma desconfiança que o Plano Real seria mais um.
O governo de FHC teve que desconstruir todo um habito de correção monetária.
Sim, tudo na economia era indexado.
Por outro lado, o mercado mundial não estava com vento a favor da economia brasileira.
A balança de pagamentos era insuficiente para gerar riqueza interna.
O governo Lulla pegou uma situação de estabilidade econômica herdada de FHC.
Teve a felicidade de manter os fundamentos do Plano Real.
E o Brasil foi contemplado com o mercado consumidor da China que alavancou nosso desenvolvimento, gerando empregos e melhores salários.
O que possibilitou o acesso ao consumo de grande parte da população, que tinha isso reprimido há anos.
Mas, esqueceram que foi a inflação controlada que possibilitou o endividamento da população e o conseqüente consumo.
Sem esse requisito, mesmo a pleno emprego a inflação derreteria qualquer salário.
Como fez no passado.
Com essa condição de desenvolvimento brasileiro, Dilma, ou quem quer que fosse indicado por Lulla, foi eleita.
Era imbatível.
Sua missão era consolidar a permanência do PT no poder.
Para isso ampliou e loteou ministérios para acomodar um cabide de empregos descomunal.
Nada acrescentou na qualidade do serviço publico.
Apenas onerou as contas publicas de forma perdulária.
Continuou com o PAC, um ambicioso plano de obras de infra estrutura do governo Lulla.
Um plano que se bem aplicado e com responsabilidade conduziria o Brasil a uma situação privilegiada.
Mas, a má gestão, com custos absurdamente elevados, com prazos de entrega em total descompasso com a necessidade de demanda, aumentou os gargalhos já existentes.  
Por outro lado, o lema do governo Dilma foi aumentar o tentáculo sindicalista com a contratação de milhares de petistas.
Os cargos bem remunerados e que exigiam pessoas extremamente qualificadas foram assaltados por pessoas totalmente desqualificadas.
Como se não bastasse, usaram de seus cargos para disseminar a corrupção.  
E deu no que deu.
Em especial, a grave corrupção na Petrobras.
Faltou uma oposição atuante.
Mas, diante de um governo Lulla, que navegou com ventos fortes favoráveis, isso se tornou inimaginável.
Quem o fizesse era bombardeado como inimigo publico do Brasil.
O argumento da pujança nunca antes vista neste pais era o mantra petista.
Criticar o governo do PT até 2012 era impensável.
O governo Dilma, sentindo-se a vontade para novos rumos, também quis romper com o ciclo do Plano Real.
Mas, quis manter o sonho de consumo interno que concedia altos índices de satisfação com o governo.
Entretanto, esse modelo tinha chegado ao limiar do esgotamento.
Ainda que a possibilidade de credito fácil ainda permanecesse, no principio do governo Dilma, o consumo não conseguiu manter seu desempenho.
O governo Dilma acreditou que, resgatando o plano econômico estatizante do governo militar de Geisel, atenderia a sua convicção de que um estado forte é um estado onde a presença desse estado fosse determinante.
A interferência do estado hoje esta nas empresas através do BNDES.
Como sabemos, essa equivocada estatização trouxe os mesmos erros do passado.
A volta da inflação.
Graças a uma elevação irresponsável do gasto, sem a correspondente arrecadação.
Mesmo implantando um desacertado controle de preços de combustível e eletricidade para segurar a inflação, a inflação não cede.
O fundamental dessa equação é que houve uma total despreocupação com a gestão da coisa publica.
Que motivou maquiagens nas prestações das contas.
Elas não fecham.
O governo Dilma foi obrigado a recorrer a artifícios inaceitáveis e sem transparência.
Tentou a redução dos juros da SELIC a fórceps.
Que não funciona por decreto.
O resultado é que hoje a taxa SELIC esta novamente alta.
E como de sempre se buscou um culpado.
Desta vez coube a tarefa ao Ministro da Fazenda, que foi fritado.
A promessa de Dilma de que ira trocar de Ministro foi uma jogada que acabou por despertar a percepção de que Dilma faz um desgoverno.
Gerou desconfiança dos empresários.
Que reduziram seus investimentos.
E, conseqüentemente, assistimos a um PIB pífio.
O menor de toda a America Latina, com exceção da Venezuela.
Claro, os ventos do mercado de consumo da China amainaram.
Aquele desempenho do governo Lulla não pode ser renovado.
Então a mudança para Aécio é salutar sim.
Ele resgatara os fundamentos do governo FHC que tão bem fizeram à economia brasileira.
Mas, levara tempo para os efeitos serem sentidos pela população.
Mas de imediato restabelecera a confiança nos empresários que voltarão a investir.
Isso sob o ponto de vista econômico.
Sob o ponto de vista político, devera haver uma redução significativa da corrupção.
Não só pelo governo Aécio em si.
Mas, porque haverá um PT atento fazendo oposição sistemática.

Só por esse valor a alternância de poder é salutar.

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