sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O difícil ajuste fiscal

Nos dias de hoje o que mais se comenta é a crise que vivenciamos.
Em todas as rodas que se vai o assunto é esse.
Permeia por todas as camadas sociais.
Todos sentem as agruras da irresponsabilidade que Dilma e o PT conduziram o Brasil nos ultimo anos.
Mas, será que apenas eles são os responsáveis?
Afinal, como explicar que Lula mesmo com um Mensalão nas costas tenha conseguido se reeleger?
Ao contrario, ate, do que vaticinava FHC e parte do PSDB, que acreditavam que Lula iria sangrar ate a próxima eleição e não se reelegeria.  
Como explicar que Lula, após 8 anos de mandato tenha conseguido colocar um “poste” tanto na presidência da Republica como na prefeitura da mais importante capital de estado, a cidade de São Paulo?
Ate pouco tempo atrás, poucos, eu me incluo, falavam mal do PT!
Éramos mal vistos pela maioria.
Por que?
Porque muitos nadavam de braçada.
Lula conseguiu a façanha de agradar a muitos.
Então tudo estava bem.
Estavam todos felizes.
Bastou, agora, a coisa piorar e vir à tona tudo aquilo que denunciávamos, a opinião publica mudou.
Estamos todos contra o PT.
Essa é que é a verdade.
O fato é que cada um tem seu ponto de vista sobre o mesmo assunto.
Depende de qual posição se esteja.
Muitas vezes para um mesmo assunto ha visões antagônicas entre si.  
Não ha uma unanimidade de pensamento.
Ainda bem.
E nem uma homogeneidade.
Que de certa forma, seria proveitosa.
Nossa sociedade é pluralista em demasia.
Por uma serie de razões culturais, educacionais, religiosas e filosóficas.
Há um espectro social e intelectual de amplitude muito grande.
Não que seja contra isso.
Mas, o que me aflige é saber que ainda encontramos analfabetos numa ponta.
Assim como haver uma grande massa de analfabetos funcionais com diploma universitário!
Esse contingente, irei definir como uma maioria silenciosa.
Aceita tudo.
Desde que os farelos das migalhas lhe sejam distribuídas.
Compõe a turma do pão e circo.
Por outro lado, há os que classifico de opinião publica dominante.
Agradando seus interesses que vão alem do pão e circo, também se satisfazem.
Uma grande parte é formada pela nata dos funcionários públicos.
Que é bem numerosa.
Entre eles há ate uma casta superior.
Os Marajás.
Exclui-se dessa nata os funcionários públicos também conhecidos como barnabés, que participam da maioria silenciosa.
Nessa nata, cada um em seu feudo, são eles que determinam a qualidade dos serviços públicos prestados pelo estado.
Como falta-lhes vontade, poucos são os que fazem mudar esse estado de coisas.
Usam e abusam da desculpa de que não ha condições para mudar.
Não concordo.
Quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa.
Aliás, nos seus feudos ninguém mexe.
Eles tem musculatura para impedir isso.
Basta ver as prolongadas greves que promovem sem que o estado tenha coragem e vontade para impedir isso.
Conquistá-los é fácil.
Basta dar-lhes os melhores salários na economia.
Numa media salarial comparativa com o que se paga na iniciativa privada, são eles que recebem os melhores salários e benefícios.
Daí, inclusive, uma grande procura por concursos públicos.
O que não acontecia a 30, 40 anos atrás!
Outra parcela que compõe esse grupo são os políticos.
Que deveria ser o canal de comunicação da sociedade com o poder democrático.
Entretanto, estão distantes de atender os interesses de uma sociedade mais justa, mais homogênea, menos egoísta.
Ao contrario, enxergam apenas seus interesses pessoais imediatos.
E para agradar a platéia, vez ou outra, concedem singelos favores.
Mas, estão sempre atentos com a classe dos funcionários públicos, pois dependem deles para sua subsistência política.
Alias, há uma simbiose entre os políticos e a nata do funcionalismo publico.
Daí que um encoberta o outro.
Com raras e honrosas exceções, como, por exemplo, o comportamento do juiz Sergio Moro e os procuradores e policiais federais que participam da operação Lava Jato.
Sobra para compor esse cenário a sociedade do mundo privado.
Que contribui expressivamente com amplo espectro da sociedade.
Nesse caldo heterogêneo para que se possa mudar os rumos que a política e a economia tomaram algumas medidas teriam que ser tomadas.
Inúmero algumas, de minha opinião, que não necessariamente integra o que a maioria pensa.
1) Reduzir os salários e benefícios dos políticos e funcionários públicos para um patamar equivalente ao que receberiam na iniciativa privada.
De cara sei que haveria um levante contra isso. Se pudesse propor isso de forma efetiva, seria linchado em praça publica.
2) Reduzir o numero de partidos políticos e restringir o acesso a cargos políticos a indivíduos que atendessem ao mínimo exigido para a função, através de seletivos concursos públicos que habilitasse ou não alguém para ser politico. Afinal, um político é um servidor publico! Ah! Isso também deveria valer inclusive para preenchimento de cargos em confiança.
3) Equiparar o tempo de trabalho da mulher com o do homem. Não há igualdade entre os sexos? Então por que diferenciar. No mundo exterior não há essa diferença. Alem de aumentar o tempo para se aposentar para 70 anos.
4) Cobrar eficiência do funcionalismo publico através de avaliação de desempenho. Para isso nem precisa lei. Já esta previsto. Cabe cumpri-la!
Apenas com esses exemplos sei que haverá inúmeros pontos de vista, ate antagônicos.
Por essas e outras que antevejo muita dificuldade na implementação de ajustes fiscais que pudessem reconduzir o Brasil para o patamar que estava quando FHC deixou a presidência.

Enquanto não mudarmos nossa forma de pensar, enxergando que primeiro os deveres e depois os direitos, não avançaremos.

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