Vejo nos jornais manchetes que classifico como me engana que
eu gosto.
“Governo barra pauta-bomba”.
Cantam vitoria do governo.
Para quem não acompanha os fatos pode ate parecer que se
trata de um vitoria.
Na verdade, é uma vitoria de Pirro.
Sim, pois se alguém acreditou que com essas ações o Governo
esta resolvendo o equilíbrio fiscal, enganou-se.
De fato, isso não aconteceu.
Os problemas fiscais continuam firmes e fortes.
O que de fato aconteceu foi que meses atrás, o Congresso
brasileiro votou matérias que agradavam parte do eleitorado.
Foram promovidos, por algumas categorias, verdadeiros lobbies
políticos!
Outros promoveram manifestações publicas favoráveis.
O Congresso, atendendo as reivindicações, então, aprovou!
Entretanto essas matérias, também conhecidas como pautas-bombas,
foram o bode na sala!
Com a aprovação dessas Leis, o Orçamento Publico ficou
submetido a uma futura e próxima grande sangria nos cofres públicos.
Como agradava alguns, ninguém reclamou.
Os mais sensatos não acreditavam no que estava acontecendo.
Enxergavam a ruína do governo.
O fato é que não adianta acreditar que o Orçamento Publico é
uma peça de ficção, que tudo pode ser agregado a ela, que não tem problema.
Não!
O Orçamento Publico é constituído de receitas e despesas.
As receitas são os impostos que pagamos.
As despesas são aquelas determinadas por lei ou pela vontade
da autoridade, mas, dentro da lei.
Então, muda-se a lei e a despesa fica legal?
Fica!
Mas, cabe dentro do Orçamento?
Não!
Se não couber no Orçamento não pode ser incluído nele.
Criar despesas não pode ser um ato de irresponsabilidade.
Por mais merecido que sejam os beneficiários dela.
A menos que, na contrapartida, se crie também mais impostos
para subsidiá-la.
Ai é que a porca entorta o rabo.
Ninguém quer mais impostos!
Chegou ao limite!
Alguns, na época das votações, acharam que o Congresso havia
endoidado.
Não!
Fazia parte da velha tática usada e abusada por certos funcionários
públicos.
O de criar dificuldades...
Para vender facilidades!
Criaram um problema para Dilma.
Que já estava com seus problemas financeiros, que ela mesmo
causara em seu governo anterior.
Diante de uma sangria iminente e maior, Dilma precisou vetar
essas Leis.
Mesmo a contragosto o fez!
Entretanto, após seu veto, o Congresso podia apreciar seu
veto e derrubá-lo.
Ai é que entrou a venda de facilidades.
Dilma teve que reorganizar os ministérios e nomear mais
aliados, para conquistar votos no Congresso, que permitissem que os vetos
fossem mantidos.
Claro, que há também um componente político nisso tudo.
A culpa pela rejeição à Lei benéfica!
Que vai acabar no colo de Dilma.
Enquanto isso, as reformas necessárias para o equilíbrio fiscal
ficam esquecidas!
Mas, outro componente entre em cena.
A grande massa da população ficou orgulhosa com a atitude de
Dilma na busca do equilíbrio fiscal.
Com isso, abre-se a porta para recompensar Dilma em seu
grande esforço!
Como ela fez a lição de casa direitinho, pode-se implantar a
CPMF!
O povo não enxerga as entrelinhas!
Bem ao menos se tirou o bode da sala!
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