segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Por que o serviço publico não tem qualidade?

Enquanto o Congresso fica discutindo detalhes do ajuste fiscal, como teto de gastos públicos, veto para aumento do funcionalismo publico, que são detalhes contábeis, embora importantes, sim, deixa de discutir o principal.
Quais ferramentas os estados terão disponíveis para o ajuste fiscal.
Essa é a parte mais importante, pois limitar, ainda que seja o ponto de partida, não é o suficiente.
E ninguém toca no assunto.
Ainda no âmbito do ajuste, o Estado precisa se desvencilhar dos gastos obrigatórios.
Despesas carimbadas são gastas sem o menor critério de eficiência.
Ninguém faz um balanço das ações tomadas.
Se foram eficazes e eficientes.
Não.
Foca-se exclusivamente no gasto,
Se foi gasto ou não dentro das determinações legais.
Não importa a qualidade do serviço.
Mas, não fica apenas nesse quesito.
Como cortar as despesas não vinculadas, mas obrigatórias como a folha de pagamento?
Que diga-se de passagem consome a maior parte do Orçamento Publico.
A questão do veto do aumento do funcionalismo publico é apenas um detalhe da equação.
Tem-se que demitir!
Não apenas aqueles que ocupam cargos de confiança.
Muitos deles são importantes para que a maquina publica saia da zona de conforto, ainda que a fórceps.
Mas, tem-se que demitir funcionários públicos efetivos que prestam um serviço de péssima qualidade.
Mas, esse assunto é tabu!      
Temos que quebrar esse tabu por duas razões fundamentais.
Primeiro, não é porque o sujeito é bom de concurso que é bom trabalhador.
Sua eficiência deveria ser medida e aqueles que não atenderem o mínimo deveriam ser demitidos.
Alias, isso esta previsto na Lei.
Mas, não há coragem política para implementar.
Segundo, ao ser empossado no cargo, ele se sente dono do cargo.
Ou de um feudo, como costumo classificar.
E nesse feudo ninguém pode interferir mais.
Por uma questão de confiabilidade empresarial não posso dar nomes aos bois.
Mas, o fato vou relatar.
Uma determinada secretaria de estado, respondeu a um pedido de um aditivo contratual de prazo, que se justificava pela essência do serviço, que não o poderia fazê-lo, pois não tinha tempo para analisá-lo.
Isso porque foi e voltou varias vezes para corrigir detalhes que bastariam uma boa vontade dos agentes públicos para retificar.
Essa resposta foi escrita no processo quando faltavam três dias para conclusão do prazo do contrato vigente.
Melhor seria se nada tivesse respondido.
Mas, não.
Escreveram isso textualmente.
Tempo para escrever asneiras, teve.
Para solucionar, não.
Acabou acontecendo o inevitável.
O contrato originário venceu e o aditivo não foi feito.
Resultado.
Paralisação dos serviços.
Isso é mais do que uma irresponsabilidade.
É ma fé!
O fato é que essa atitude acaba proporcionando prejuízo financeiro.
Tanto para o governo, que tem seu investimento não concluído.
Como para o contratado, que pela descontinuidade do contrato tem que promover com terceiros rescisões não desejadas, nem planejadas.
E o que acaba acontecendo com os funcionários públicos envolvidos?
Absolutamente nada!
Tinham que ser demitidos a bem do serviço publico.
Mas, diante das Leis que o protegem, alem do espírito corporativo que predomina, alguém tem coragem para fazer alguma coisa?
Isso tem que mudar.
O estado não pode ficar na mão dessas atitudes, que se replicam Brasil afora.
Esta entendendo porque o serviço publico não tem qualidade?   

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