quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Janot agiu sob a égide do oficio?


Que fique bem claro minha perspectiva sobre a denuncia contra Temer.
Temer não é inocente.
Participou, sim, do butim junto com Lulla, Dilma e todos os membros de partidos que apoiavam o PT.
É preciso que ele e todos envolvidos sejam exemplarmente punidos.
Sou a favor da Lava Jato.
Dito isto, entendo que essa denuncia contra Temer, que foi rechaçada pela Câmara Federal, teve interesse politico, sim.
Não ha como negar que atendeu expectativa do PT, que foi quem colocou Janot no cargo de Procurador-Geral da República do Brasil.
O objetivo da denuncia foi sobretudo revidar o impeachment de Dilma, que foi capitaneado por Temer.
Traição paga-se com traição.
É o que diz o adagio popular.
Essa tese fica nítida na medida que Janot fez um acordo de delação super privilegiado com a diretoria da JBS.
A diretoria da JBS foi inocentada.
Sem um julgamento!
Foi inédito nos acordos de delação firmados ate agora um inocentamento de um réu antes de um julgamento!
Janot foi procurador, advogado e juiz da JBS.
Isso não existe, no meu entendimento.
A Procuradoria da Republica não pode se tornar soberana sobre tudo.
Cada parte deve cumprir seu papel.
Entendo que todo acordo de delação deve pressupor um julgamento do réu delator.
Afinal, a diretoria da JBS cometeu ou não um crime?
Ou era apenas uma testemunha ocular do fatos?
Se cometeu um crime, como aliás reconhecem os próprios delatores, deveriam ser julgados.
É o que diz a Lei.
Se a diretoria da JBS fosse levada a um Tribunal, certamente, no minimo, seria condenada a uma prisão domiciliar.
E teria em seu prontuario deixado de ser réu primário.
Por outro lado, Janot fez esse acordo açodado para ter elementos básicos para oferecer uma denuncia relâmpago.
Sabia que, se não fosse ligeiro, perderia não o tempo.
Mas, a oportunidade de oferecer a denuncia, pois tinha indícios de que não continuaria no cargo.
O foco nunca foi descobrir a corrupção praticada pela JBS e seus tentaculos.
O único foco foi atingir Temer.
A denuncia apresentada contra Temer faltou substancia jurídica, demonstrando mais uma vez um açodamento em apresenta-la.
Janot, no caso Temer, agiu sob interesses do ego, oportunísticos e políticos, como a maioria dos seres humanos faz.
Janot, definitivamente, não agiu estritamente sob a égide do oficio.

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