quarta-feira, 5 de abril de 2023

Derretimento glacial em foco

 


Como entretenimento, para conhecer o mundo em viagens de trem, assisto ao programa “Grandes Jornadas Ferroviárias”.
Recomendo.
O apresentador Michael Portillo, com suas roupas e ternos super coloridos, tem a habilidade de apresentar o programa mostrando muitas curiosidades, que ele obtém através da leitura de seus guias de viagem.
Como consequência, ao longo do trajeto da linha férrea, ele faz paradas em diversas estações para conhecer as peculiaridades das cidades que visita.
No programa dedicado à America do Norte, em sua viagem ao Alaska, no episodio de Ninilchik ate Wasilla, numa dessas paradas do trem, Michael vai ate o Portage Valley.
Chegando a beira do lago Portage, portando o Guia Appleton, escrito por Eliza Scidmore, Michael leu que “Os antigos moradores da região insistem que o clima esta mudando e que os verões estão mais quentes e secos, que o rápido recuo de todas as geleiras durante 20 anos é a prova disso.”
Ele fica impressionado que o tema do aquecimento global foi tratado no livro escrito há mais de um século!
Assim entrevista a geóloga glaciologista Kristine Crossen, que afirmou que no Alaska o recuou das geleiras começou entre 1850 e 1890.
Ela disse que em 1700 todas as geleiras estavam avançando e atingiram a extensão máxima.
E que os anos 1800 foram um período bem frio e que as geleiras começaram a recuar entre 1890 e 1910.
Disse ainda que em 1899, quando o guia foi escrito, o lago Portage não existia, pois a geleira estava no lugar dele.
O lago começou a se formar em 1915.
A glaciologista Kristine acredita que estava em curso naquela época uma mudança climática.
Disse que elas acontecem a curto e longo prazo.
Suas causas tem mais a ver com a rotação da Terra ao redor do sol e que há varias evidencias que estão relacionadas às erupções solares, que são grandes tempestades que ejetam energia no sistema solar.
Alem disso ha as erupções vulcânicas, que também influenciam a mudança climática.
Ela disse que quando falamos de mudança climática, em geral, associamos apenas aos seres humanos através da emissão de CO2, do uso de combustíveis fosseis.
Mas, que na verdade o fator humano só aconteceu com vigor nos últimos 50 anos.
Comparado aos milhares de anos da vida do planeta o fator humano se trata de um tempo pequeno.
Ela acredita que aja impacto dos combustíveis fosseis e dos seres humanos para o aquecimento global.
Mas que a pequena Era Glacial é ação da natureza, na qual as geleiras avançam e recuam, e acontecem independentemente da ação humana.

5 comentários:

  1. É uma visão que conforta os antiecologistas. Não estarei aqui para ver nada. (Dalva)

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  2. Excelente! Tem muito sentido. Converge a uma das linhas de análise cientifica que eu sigo e que foi traçada por estudiosos do ecossistema Terra.
    Meu 1⁰ contato com essa visão foi em Oslo, em 2003. A Escandinávia é berço de cientistas de alto escalão da cosmologia e da física moderna. A maioria deles não acredita na causa puramente humana da termodinâmica planetária, como bradam os ativistas coletores de recursos econômicos para as Causas da moda.
    Esses cientistas demonstram o outro lado com teses robustas. A 1ª delas é que a somatória da energia gerada e consumida pela humanidade inteira, por todos os tipos de geradores, é infinitesimal, e desprezível, em relação ao potencial do Sistema Terra.
    Basta lembrar quando um vulcão na Islândia soltou um punzinho (2009?) e seus efeitos fizeram parar o planeta inteiro por alguns dias.

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  3. .... recuo cíclico, acelerado pela incauta e inconsequente atividade humana !!!...destruímos no ar, na terra e no mar !!!

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  4. É verdade, mas o ser humano é um catalisador das mudanças climáticas em potencial
    Eu também notei no Serro Tronador na Argentina que quando fui a primeira vez com os filhos havia um grande paredão de gelo e quando voltei no mesmo local, para minha surpresa havia desaparecido e nos lagos chilenos de Atacama idem as geleiras desapareceram e o lago aumentou

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