Foi julgado no Congresso, por maioria, que as demarcações de terras indígenas não devem ter como referencia a data da promulgação da constituição de 1988.
Meu entendimento é que deveria ser discutido não o momento da ocupação.
Ate porque houve uma dinâmica na ocupação dessas terras.
Mas, o quanto de área deve ser de propriedade dos índios.
O argumento de que colonizadores europeus invadiram e ocuparam as terras dos ancestrais indígenas, que aqui viviam, é um fato consumado e não tem volta.
Pretender-se que nós, que não temos nada com isso, compensemos os índios atuais pelos atos cometidos no passado, para mim, é uma ilusão.
Ilusão que só serve para aplacar o sentimento de culpa daqueles que sentem-se culpados por atos de terceiros.
Nunca reescreveremos a historia.
Não podemos voltar no tempo e impedir tais atos.
Eles aconteceram porque era assim que se fazia naquele tempo.
Muito menos compensar os índios de hoje fara com que os índios antepassados sejam recompensados pelos atos cometidos.
O fato é que a maioria dos índios não vivem mais de maneira selvagem.
Ainda que mantenham suas tradições e cultura, integraram-se, ao longo do tempo, e hoje vivem como nós.
Falam a nossa língua portuguesa!
Quantas vezes vimos cenas de índios usando rolex e dirigindo Hylux?
Quantos índios estiveram em Brasilia, no julgamento do Supremo, e, outras vezes, no Congresso para alguma manifestação de sua causa?
Foram todos para la de avião!
Ate no ministério do governo Lula tem uma índia!
Obvio, que como todo ser humano, o índio merece respeito.
Assim como os produtores rurais, que encontram-se ha anos cultivando as terras, que supostamente seriam de índios, também, merecem respeito.
Toda propriedade tem uma sucessão de donos.
Minha interpretação sobre o tema é que se mantenha a propriedade de áreas que estejam ocupadas por índios ou descendentes deles de verdade.
E não por impostores, se passando por índios, que tem o objetivo de locupletarem de terras.
Reconheça-se, sim, o direito de propriedade e seja outorgada escritura publica aos índios.
Se possível individualizada.
Como se faz com assentados no INCRA.
Mas, as propriedades devem ter dimensões proporcionais ao número de índios residentes e que seja suficiente para que possam explora-la comercialmente como produtores rurais ou extrativistas de minérios existentes na propriedade, como dispõe legislação pertinente.
E se houver justificada demanda de terras necessárias para integrar a propriedade indígena e que estejam ocupadas por produtores rurais, estes devem ser indenizados pelas terras que serão perdidas..
É preciso entender que a humanidade não começou como vivemos hoje.
Nossos antepassados longínquos viveram a idade de pedra lascada e sofreram todo processo de evolução ate chegarmos onde estamos.
E não temos que indenizar aqueles ancestrais por nada.